sábado, 12 de agosto de 2017

TUPINAMBÁS

Este temível guerreiro Tupinambá -que combatia apenas 'vestido' de tatuagens e pinturas rituais- exibe um 'ivirapema', uma moca tradicional que servia para esmagar o crâneo dos seus inimigos. Também usava arco e flechas e armas cortantes, com as quais ele decapitava os seus adversários; prática documentada nesta imagem. Quando, em inícios do século XVI, os Portugueses chegaram ao território que é, hoje, o Brasil, os Tupinambás ocupavam duas vastas faixas litorâneas, que se estendiam da margem sul do rio São Francisco até ao Recôncavo Baiana, a primeira delas, e, a segunda, que ia do cabo de São Tomé (no actual estado do Rio de Janeiro) até ao rio Juqueriquerê, já em terras paulistas. Os índios do grupo meridional também receberam o nome de Tamoios. Apesar de pertencerem à mesma família, estes grupos, divididos em tribos, não tinham pejo em lutar entre si, no decorrer de guerras sangrentas; durante as quais os actos de antropofagia eram correntes. No conflito que os opôs aos Portugueses, os Tupinambás aliaram-se aos Franceses e, com estes, foram derrotados numa guerra sem quartel. Que valeu aos lusos a acusação de praticarem (sobretudo em relação aos ameríndios) uma guerra de terra queimada e de recorrerem à política do 'fio de espada'. Como aliás referiu nos seus escritos o padre José de Anchieta. O número dos Tupinambás dos nossos dias anda à volta de 22 000 indivíduos, que vivem, essencialmente, no estado da Baía; onde, alguns deles, tentam resistir à pressão cultural dos brancos. No litoral de São Paulo também perduram algumas (poucas) famílias desta etnia, que vivem com os Guaranis Mbyá e que falam uma língua pertencente ao ramo linguístico tupi-guarani.

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