sábado, 30 de abril de 2011

O SAAB 'SEA GRIPPEN'


Este moderno caça-bombardeiro de concepção e fabrico suecos descola de um porta-aviões, mostrando a sua diversificada -e mortífera- panóplia de armas. Repare-se, também, na originalidade da camuflagem

TODA A FILMOGRAFIA WESTERN DE DOROTHY MALONE


Dorothy Malone nunca teve, em Hollywood, o estatuto de diva. Na ‘Meca do Cinema’ e no mundo do celulóide ela foi, apenas, uma das actrices mais graciosas e apreciadas do seu tempo. A sua filmografia comprende muitas dezenas de filmes (77) de todos os géneros; películas que ela sempre valorizou com a sua beleza discreta e com um ‘savoir-faire’ incontestado, que lhe valeram um ‘oscar’ em 1957, pela sua participação no filme «Escrito no Vento», de Douglas Sirk. Nascida a 30 de Janeiro de 1925, na cidade de Chicago, aquela que se chamou, verdadeiramente, Dorothy Eloise Maloney, foi uma das mulheres que as pessoas da minha geração mais admiraram nas pantalhas. Não vou aqui debruçar-me sobre a integralidade da sua carreira artística; vou lembrar, somente, as 17 fitas do género western que ela rodou por conta de diversos estúdios californianos e para grande alegria dos fãs (envelhecidos, mas ainda numerosos) daquele que foi «o cinema americano por Excelência».


«FRONTIER DAYS» (1945) : nunca chegou a estrear em Portugal. Era uma fitinha com cerca de 20 minutos de duração, que se integrava numa série de oito, produzidas (a cores) pela Warnes Bros. Dorothy contracenava com Robert Shayne, que, no papel de um intrépido xerife, dava caça a uma perigosa quadrilha de ladrões de gado. Jack Scholl foi o realizador.


«MERCADORES DE INTRIGAS» («South of St. Louis», 1949) : com realização de Ray Enright, este filme charmoso tem por vedeta Joel McCrea, uma das referências do cinema do género. Conta a história de três companheiros da guerra civil que tentam descascarar o homem que, na sua ausência, queimou o rancho que lhes partencia.


«GOLPE DE MISERICÓRDIA» («Colorado Territory», 1949) : grande sucesso de Raoul Walsh, seu realizador, e do par constituído por Joel McCrea e por Virginia Mayo. Dorothy Malone representa um papel secundário e pouco simpático nesta película que se inspirou no guião do clássico «High Sierra», dirigido pelo mesmo cineasta em 1941. Excelente fita.


«THE NEVADAN» (1950) : outro filme de Dorothy que nunca estreou nas salas portuguesas. O que não é um mal em si, já que esta película de Gordon Douglas, com Randolph Scout no principal papel, é um western de péssima qualidade.


«SADDLE LEGION» (1951) : mais uma fita do género que o público português desconhece, por ser inédita no nosso país. Foi realizada por Lesley Selander e tem Tim Holt e Dorothy Malone nos principias papéis. Confesso que nunca vi este western de série Z.


«OS GUERRILHEIROS» («The Bushwhackers, 1952) : este também nunca vi. E lamento, porque existem boas referências sobre esta obra de Rod Amateau, com John Ireland. Dorothy, a heroína, representa aqui o papel da filha de um editor de jornal, vítima da brutalidade de um déspota. Tom Gries foi co-autor do argumento.


«DUELO DE MORTE» («Law and Order», 1953) : com realização de Nathan Juran (um bom cineasta), esta película coloca, frente a frente, Dorothy e o futuro presidente dos Estados Unidos da América, Ronald Reagan. Facto que não dá maior brilho a esta fita de série B, que nos apresenta a história (muitas vezes contada) do xerife que pacificou Tombstone.


«JACK, O SANGUINÁRIO» («Jack Slade, 1953) : fita de Harold Schuster, com Mark Stevens e, naturalmente, a nossa amiga Dorothy. Trata-se de um filme de boa factura e muito original do ponto de vista temático, que nos confronta com o destino trágico de um rapaz, que, involuntariamente, se torna num fora-da-lei. Pena é que este western ainda não tenha merecido a honra de ser editado em DVD. Os cinéfilos teriam tudo a ganhar com isso.


«THE LONE GUN» (1954) : também ele inédito nas nossas salas de cinema, este filme (realizado por Ray Nazarro) não é de qualidade excepcional, mas também não é nada de rejeitar. Foi, recentemente, editado em DVD com título («O Rifle Solitário») e legendas na nossa língua. Malone contracena com George Montgomery e com um dos ‘bad boys’ mais conhecidos do cinema western, a saber Skip Homeier.


«OS PISTOLEIROS MALDITOS» («Five Guns West», 1955) : esta primeira fita de Roger Corman conta-nos a história de cinco bandoleiros comissionados pelos Confederados para pilharem uma diligência carregada de ouro nortista. O par vedeta é composto pelo quase desconhecido John Lund e, naturalmente, por Malone.


«TALL MEN RIDING» (1955) : este é mais um western com Dorothy Malone (e com Randolph Scott) que não mereceu o interesse dos distribuidores nacionais de fitas americanas. A película, realizada por Lesley Selander, é banal, mas perfeitamente suportável.


«AMEAÇA DE MORTE» («At Gunpoint», 1955) : obra de Alfred Werker com Fred MacMurray e Dorothy. Película original e com interesse, que nos conta os dissabores de um honesto comerciante que abateu um famoso bandoleiro e é, por essa razão, alvo da sanha dos seus apaniguados.


«O TERROR DESCEU À CIDADE» («Tension at Table Rock», 1956) : filme realizado pelo veterano Charles Marquis Warren, com Dorothy, Richard Egan, Cameron Mitchell e a (quase) principiante Angie Dickinson. A história fala-nos, ‘grosso modo’, de um pistoleiro profissional que quer romper com o seu passado de violência.


«PILARES DO CÉU» («Pilars of the Sky», 1956) : a agitação pele-vermelha numa reserva do noroeste vista pelos olhos do consagrado George Marshall. Guerrilla amorosa entre os dois principias protagonistas, que aqui são encarnados por Jeff Chandler e por Dorothy Malone. Western militar, pouco banal.


«QUANTEZ, A CIDADE PERDIDA» («Quantez», 1957) : novo encontro entre Fred MacMurray e a bela Dorothy Malone. Desta feita, numa película de Harry Keller (que eu nunca vi, infelizmente), que se debruça sobre um grupo de foras-da-lei, que, depois de terem pilhado um banco, se refugiam numa cidade abandonada e assediada pelos índios.


«O HOMEM DAS PISTOLAS DE OURO» («Warlock», 1959) : western psicológico com assinatura do prestigiado cineasta Edward Dmytryck. Dorothy Malone tem aqui um excelente papel ao lado de vedetas consagradas que se chamam Henry Fonda, Anthony Quinn e Richard Widmark. Considerado um clássico do género e um filme imperdível.


«DUELO AO POR DO SOL» («The Last Subset», 1961) : esta excelente fita de Robert Aldrich é, porventura, aquela que tem a mais sólida interpretação westerniana de Dorothy Malone. A actriz encarna aqui a figura de Belle Breckenridge, uma mulher dividida entre o amor de três homens (cujas figuras são protagonizadas pelos actores Kirk Douglas, Rock Hudson e Joseph Cotten) e pela felicidade da sua filha.


Toda a beleza e toda a graça desta estrela do cinema hollywoodiano estão patentes nestas velhas fotografias. Dorothy Malone tem, hoje, 86 anos de idade...

sexta-feira, 29 de abril de 2011

CURIOSIDADE NÃO SATISFEITA


A revista norte-americana «The Popular» apareceu com esta capa no seu número de 20 de Agosto de 1927. Presumo que para ilustrar (como tudo o deixa supor) um texto de Fred MacIsaac intitulado «Scum of the Sea» ('A Espuma do Mar'). Até aqui tudo bem. O curioso é que o navio em instâncias de naufragar (e que é socorrido por uma lancha salva-vidas) hasteia, à popa, a bandeira portuguesa. Não a usada nos nossos dias, mas aquela (azul e branca) que precedeu o símbolo verde-rubro actual. Pergunta-se : que navio é este ? -Trata-se de pura invenção do autor do texto, ou a imagem reproduzida corresponde a um naufrágio real ? -E neste último caso, qual ? -Confesso que muito gostaria que alguém me desse uma explicação plausível sobre este assunto que me intriga

FALCAO


O falcão peregrino é a mais rápida ave de rapina existente na natureza. Apareceu agora o falcão goleador (não menos veloz), originário dos estádios da Colômbia. Com um falcão destes, não há submarino (amarelo ou de outra cor), nem águias que resistam ! Curiosidade : falcão é, igualmente, o nome de uma antiga peça de artilharia. Com um nome assim, nem de propósito...

quarta-feira, 27 de abril de 2011

A IMAGEM DO PAÍS NUMA RUA DE LISBOA


Recordam-se daquele pregão : «Amolam-se tesouras, faacas e navaaalhas !» ? -Pois é. Parece que a crise o vai trazer, de novo, às ruas das nossas cidades e vilas. Já agora, pergunta-se : para quando as chusmas de pedintes a mendigar de porta em porta ?
Onde o nosso país chegou... Felizmente que temos por cá os mais credenciados economistas da Europa e a fina flor da política comunitária... Que, com a sua ciência e a sua arrogância fizeram desta terra (que eles não amam) uma nação triste, desprestigiada e sem crédito. Em suma, lixo ! Como dizem agora as agências de 'rating'. E ninguém vai parar à cadeia... E ninguém lhes apaga o sorriso insolente que passeiam a toda a hora pelas televisões, como se eles (esses figurões) nada tivessem a ver com a pobreza e com o desassossego dos Portugueses. Fora com essa cambada de incompetentes, de oportunistas, de aldrabões, que lança o descrédito sobre a política ! Política para onde ela (a cambada) foi parar com a única intenção de ganhar protagonismo e de enriquecer à sombra e à custa do Estado. Façamos das eleições que se aproximam a oportunidade para dizer basta, àqueles que, há mais de três décadas, enganam o povo desta terra com promessas que nunca tiveram a intenção de cumprir (e foram tantas...) e transformaram o nosso país naquilo que está à vista de todos : uma nação empobrecida e enxovalhada.
Se não tivermos a coragem e o bom senso de o fazer, então bem merecemos o título de bananas, de gente que se acomoda ao sofrimento, à humilhação, ao 'diktat' dos malfeitores da política e para quem a luta por uma sociedade melhor não faz o mínimo sentido...

Se formos néscios e incapazes de lutar pela sobrevivência e dignidade do nosso país e pelo bem-estar do nosso povo, então sugiro que adoptemos este símbolo nacional. Que será, porventura, um dos mais adequados à nossa situação actual e futura

segunda-feira, 25 de abril de 2011

PORTUGUESES ESQUECIDOS PELA LUSA GENTE


Esta belíssima estátua equestre foi levantada na cidade de Monterey (capital do estado mexicano de Nuevo León) à glória de um certo Luis Carvajal de la Cueva, que era, na realidade, o português Luís Carvalhal, transmontano dos sete costados, natural de Mogadouro. A sua glória advém-lhe do facto de ter reconquistado a dita cidade, depois de um breve período de domínio dos índios da região. Curiosamente, foi um outro filho de Portugal -Alberto do Canto e Dias de Vieira, nascido na cidade de Praia da Vitória, ilha Terceira, no ano da graça de 1547- que ajudara a fundar Monterey (em 1577) com o primitivo nome de Santa Lúcia. Este último ilustre desconhecido foi, também, o fundador de Saltillo (estado de Coahuila), cidade cujo nome os Portugueses conhecem bem, graças a questões ligadas ao futebol e à participação da selecção das quinas no Campeonato do Mundo de 1986. Refira-se ainda, a título de curiosidade, que Carvalhal chegou ao México em 1582 à frente de cem famílias de colonos portugueses, que povoaram o nordeste do país. E que foi ele quem deu à cidade co-fundada por Dias Vieira o mome de San Luis Rey de Francia, do qual deriva o actual topónimo de Monterey. Urbe a não confundir com uma cidade homónima da Califórnia, que o bloguista já teve a felicidade de visitar e de admirar

25 DE ABRIL SEMPRE !


E sempre !


Contra o poder do dinheiro, que engendra injustiças, corrupção, miséria


Imagem perfeita da tal canção de José Barata Moura, que dizia :

Cravo vermelho ao peito
A todos fica bem
Sobretudo faz jeito
A certos filhos da mãe...

Não importa quem eles eram
Não importa quem eles são
Nem todo o mal que fizeram
Mas sempre a bem da nação...

E chegado o dia novo
Chegada a bendita hora
Vestiram uma pele de povo
Ficou-lhes o rabo de fora...

sábado, 16 de abril de 2011

«INDOMÁVEL», UMA TREMENDA DESILUSÃO


Esperámos com muita curiosidade -e até com alguma impaciência- o momento de poder ver o último filme dos irmãos Ethan e Joel Coen : «Indomável». E confessamos ter apanhado uma tremenda desilusão, já que esta nova adaptação cinematográfica do romance «True Grit» (da autoria de Charles Portis) não suporta comparações com aquela que, com o título «A Velha Raposa», foi realizada em 1969 pelo veterano Henry Hathaway. Versão precursora que valeu, muito merecidamente, ao saudoso actor John Wayne o único 'oscar' da sua longa e bem preenchida carreira. Apesar do elenco de luxo reunido pela produção de «Indomável», os actores Jeff Bridges, Matt Damon, Josh Brolin e outros dos seus colegas nunca puderam (diga-se isto muito sinceramente) alçar-se à altura da equipa de comediantes reunida à volta de Hathaway em 1969. Nem mesmo a jovem Hailee Steinfeld (apontada como uma futura vencedora dos 'oscares') nos pareceu ter a mesma força demonstrada por Kim Darby, a sua juvenil predecessora no papel da obstinada miúda Mattie Ross. Quanto à estética do filme dos manos Coen, também ela não aguenta o confronto. «Indomável» é uma fita sombria ao lado de «A Velha Raposa», que é (no que respeita as imagens) um poema glorioso (e luminoso) à natureza do Oeste selvagem e intocável... Enfim, a nossa desilusão é completa

PARABÉNS F. C. BARREIRENSE e C. O. B.


O Futebol Clube Barreirense, essa prestimosa agremiação desportiva da 'Outra Banda' está actualmente a comemorar o 100º aniversário da sua fundação. O que é obra ! Parabéns, pois, e longa vida ao clube alvi-rubro. Na cidade do Barreiro, uma outra colectividade está a festejar, também ela, o seu centenário. É a popular e solidária C. O. B. «Os Corticeiros», uma cooperativa operária muito estimada pela população local. Igualmente, e com muito gosto, assinalamos o evento e, da mesma maneira, lhe desejamos muitos mais anos de vida. Para bem da gente camarra

ADEUS SIDNEY LUMET...


Estas últimas semanas ficaram marcadas pela morte de várias grandes figuras ligadas à Sétima Arte. Primeiramente, desapareceram Annie Girardot (a inesquecível intérprete de Nadia, do filme «Rocco e os seus Irmãos», de Luchino Visconti) e a outrora escultural Jane Russell, que deixaram os seus inúmeros admiradores a sós com as suas recordações. Seguiu-se, depois, o falecimento de Elizabeth Taylor, uma das estrelas maiores do firmamento hollywoodiano. Finalmente, no dia 9 de Abril, deixou-nos (fisicamente) o grande realizador norte-americano Sidney Lumet, que em 2005 recebeu um 'oscar' pelos «brilhantes serviços prestados aos guionistas, aos artistas e à arte cinematográfica». Da sua obra fílmica -de grande qualidade- lembramos os três títulos que mais nos marcaram : «Doze Homens em Fúria» («Twelve Angry Men», 1957), «Fail-Safe» («Missão Suicida», 1964) e «Um Dia de Cão» («Dog Day Afternoon», 1975). Para recordar Lumet (e, assim, prestar homenagem, à nossa maneira, a este imenso cineasta) já preparámos o DVD do segundo filme citado, que veremos esta noite. Com incontido prazer (apesar do pessimismo do tema) e já com muitas saudades. Adeus mestre !


Cartaz original do filme «Doze Homens em Fúria», primeiro filme de Sidney Lumet e seu primeiro sucesso mundial


Cartaz belga da fita «Missão Suicida», um 'suspense' arripiante sobre a chamada Guerra Fria e os perigos da bomba atómica


Cartaz espanhol de «Um Dia de Cão», película que nos conta a história do assalto a um banco que correu mal...

RIDENTE COSTA BASCA


Há muitos anos que não parava nesta região do País Basco francês... Ao ponto de quase ter esquecido quão bonito é. Estive lá há duas semanas e os dois dias passados nessa terra devolveram-me à memória gratas recordações... Este postal mostra as praias de Hendaia, cidade fronteiriça. Ao fundo pode ver-se o rio Bidassoa, que separa a França do reino de Espanha


Aqui é Saint-Jean-de-Luz, antigo porto de caçadores de cetáceos, que se tornou numa estância turística importante, situada entre a aristocrática Biarritz e a fronteira franco-espanhola. As montanhas, que se avistam em segundo plano, pertencem à cordilheira pirenáica e escondem belezas naturais inauditas

domingo, 3 de abril de 2011

«THE BLUE DAHLIA»










Todo o 'charme' do cinema policial norte-americano dos anos 40 está patente neste sortido de imagens do filme «THE BLUE DAHLIA », realizado por George Marshall em 1946; no qual Alan Ladd e Veronika Lake dão corpo e voz às principais personagens e William Bendix e Howard da Silva representam dois dos mais importantes papéis secundários