terça-feira, 28 de junho de 2011

DÁLIA AZUL, DÁLIA DE FOGO


A dália é, sem dúvida, uma das rainhas dos canteiros. Para gozo dos nossos olhos...

segunda-feira, 27 de junho de 2011

CADERNO DE RASCUNHOS EM PELE NATURAL


Este horror está na moda. Além de inestético (esta é a minha opinião), não deve ser lá grande coisa para a saúde tratar a pele -órgão sensível- como se fosse uma sebenta ou um caderno de rascunhos...

ÁGUA MINERAL


«Maravilhosamente gazosa, rigorosamente natural». Era assim que a publicidade dos anos 30 (presumivelmente) apresentava as águas minerais da nascente Brault. Repare-se na ligeireza e na graça das sereias evoluindo em torno da taça de cristal...

OS FILMES DA MINHA VIDA (55)


«COMBOIO PARA LESTE»

FICHA TÉCNICA
Título original : «Action in the North Atlantic»
Origem : E. U. A.
Género : Guerra
Realização : Lloyd Bacon
Ano de estreia : 1943
Guião : John Howard Lawson
Fotografia (p/b) : Tony Gaudio
Música : Adolph Deutsch
Montagem : George Amy e Thomas Pratt
Produção : Jerry Wald
Distribuição : Warner Bros.
Duração : 127 minutos

FICHA ARTÍSTICA
Humphrey Bogart …………………………………………… tenente Joe Rossi
Raymond Massey …………………………………………….. capitão Steve Jarvis
Alan Hale ………………………………………………………….. ‘Boats’ O’Hara
Julie Bishop …………………………………..…………………. Pearl O’Neil
Sam Levene ………………………………………………..……. Abel ‘Chips’ Abrams
Dane Clark ……………………………………………..………… Johnny Pulaski
Peter Whitney ………………………………………………… Whitey Lara
Ruth Gordon …………………………………………..………… Sarah Jarvis
Dick Hogan ……………………………………………….……… cadete Robert Parker
Íris Adrian …………………….……………………………….. Jenny O’Hara

SINOPSE
No Atlântico norte, durante a Segunda Guerra Mundial. A tripulação sobrevivente de um petroleiro americano afundado por um submarino alemão regressa aos Estados Unidos, onde aguarda novo embarque. Dela faz parte o 1º oficial Joe Rossi, que aproveita a oportunidade dessa folga para contrair casamento com uma cançonetista. De novo mobilizados, esses marinheiros vão integrar a equipagem do «Seawitch», um novo cargueiro da classe ‘Liberty’, que carrega armamento pesado destinado a Murmansk, na Rússia. A travessia do oceano é feita em comboio, protegido por navios de guerra das nações aliadas. Apesar dessa escolta, o comboio é atacado pelos temíveis submersíveis germânicos, que afundaram vários mercantes. O «Seawitch» desgarra-se do comboio e vê-se constrangido a retomar a sua rota sem a mínima protecção; a não ser a das armas de autodefesa que leva a bordo. Perseguido encarniçadamente por um ‘U-boot’ e por aviões nazis, o navio norte-americano consegue chegar a bom porto, mercê do saber, da abnegação e do sacrifício dos seus oficiais e marinheiros. Em Murmansk, navio e tripulação são recebidos entusiasticamente pela população russa, cuja sobrevivência depende, em parte, dos mercantes em proveniência do Ocidente e da valentia de homens dos comboios do Atlântico norte : como o veterano capitão Steve Jarvis, gravemente ferido pelo inimigo, ou como o jovem cadete Robert Parker, morto em combate, ou ainda como o imediato Joe Rossi, que, apesar de todas as contrariedades de tão aventurosa travessia, conseguiu manter o espírito de coesão da tripulação e levá-la a atingir o seu objectivo.

O MEU COMENTÁRIO
Quero referir, antes de mais, que não tenho a certeza de ser este o título de exploração comercial da película no nosso país. E acrescentar, mesmo, que nem sequer sei se esta fita de Lloyd Bacon alguma vez chegou a estrear nas salas portuguesas. As fontes de informação de que disponho são escassas e imprecisas nesse ponto. É, pois, possível que o título em língua portuguesa («Comboio para Leste) seja exclusivo do Brasil.
Isto dito, tenho «Action in the North Atlantic» por um excelente filme de guerra, com realização esmerada de um dos bons artesãos da Hollywood do tempo. A fita contém sequências de guerra naval bem feitas e ‘cuts’ provenientes de documentários do tempo, que ainda dão mais credibilidade ao que se vê. Trata-se, finalmente, de uma daquelas películas destinadas a galvanizar o espírito dos não-combatentes, que, na retaguarda, eram constantemente solicitados a contribuir para o esforço colectivo da guerra contra o nazismo e a rever-se no espírito de sacrifício e na glória dos combatentes. Por outro lado, «Comboio para Leste» pretendia aproximar a opinião pública norte-americana do novo (e agora indispensável ) aliado dos E.U.A., que era a Rússia soviética. Nesse aspecto, a fita de Bacon apresenta-se como uma obra curiosa, rara e pouco duradoura, já que, com a derrota de Hitler, a U.R.S.S. voltou ao seu antigo estatuto de ‘inimigo de estimação’ do governo de Washington. A tal ponto que, uma década mais tarde, a histeria anticomunista descambou no movimento MacCarthysta de triste memória.
Antes de terminar estas linhas, acho justo realçar o trabalho, correcto, dos dois principais actores do elenco –Humphrey Bogart e Raymond Massey- mas também o dos secundários.
Aqui há tempos, lancei neste blogue um ‘procura-se’ sobre este filme. Depois disso, não tardei a encontrá-lo em Espanha, país onde a respectiva cópia DVD foi lançada comercialmente com o título «Acción en el Atlántico Norte».

(M.M.S.)


Outro cartaz norte-americano

Suporte publicitário do filme, supostamente de origem argentina


Cartaz japonês


Tripulação em alerta a bordo do cargueiro «Seawitch»


Outro sugestivo cartaz original da película de Lloyd Bacon


A aviação alemã provocou mortos e feridos a bordo do «Seawitch», entre os quais figura o capitão Steve Jarvis (Raymond Massey). O comando passa a ser da responsabilidade do tenente Joe Rossi, imediato do navio


Humphrey Bogart é a vedeta do filme e ocupa o espaço de honra deste cartaz

domingo, 26 de junho de 2011

ADAMASTOR


.........................

E logo se ouve o gageiro
estas palavras gritar :
-Já vejo agora o Gigante,
capitão, vou-o avistar !
É mais alto que uma torre
que sobe direita no ar;
e está-nos ele ralhando
e, só de ouvi-lo ralhar,
o mar ondula profundo
e o vento ulula a soprar !

.........................

E Bartolomeu que viu ?
Que descobriu o valente ?
-que o gigante era um penedo
que tinha forma de gente !

(Afonso Lopes Vieira, in «Bartolomeu Marinheiro»)

MATERIAL FERROVIÁRIO... A JACTO


Esta automotora foi experimentada pelos caminhos-de-ferro da U.R.S.S. nos anos 70 do século passado. O veículo estava equipado com dois reactores Ivchenko, iguais aos que motorizavam o avião comercial Yak-40. Mas se esses engenhos propulsavam a supracitada aeronave à velocidade de cruzeiro de 550 km/h, o mesmo não aconteceu com a automotora acima representada, que raramente ultrapassou os 150. O projecto foi, naturalmente, abandonado

IMORTAL FRIDA KAHLO


Disse Frida Kahlo (1907-1954) : «Pinto-me a mim própria porque estou sozinha e porque sou o tema que eu melhor conheço»


Estas melancias foram pintadas por Frida Kahlo, um dos grandes nomes da arte pictural mexicana. A artista -que foi esposa de Diego Rivera- deu a este seu trabalho o título de «Viva la Vida»


Este é um dos inúmeros auto-retratos de Frida


«Natureza morta com papagaio»


Outro auto-retrato da artista. A pintora, que era deficiente profunda, escreveu sob a sua imagem algumas notas biográficas : «Aqui me pinté yo, Frida Kahlo, con la imágen del espejo. Tengo 37 años y es el mes de Julio de mil novecientos cuarenta y siete. En Coyoaçán, México, lugar donde nací»

Saturada pelo sacrifício quotidiano imposto pela sua deficiência (provocada por uma queda de um autocarro em andamento) e por desilusões de natureza sentimental, Frida Kahlo escreveu no seu diário, pouco tempo antes de morrer : «Espero alegre la salida y espero no volver jamás»

1966 : O ANO DO BRILHARETE


Cartaz oficial do Campeonato do Mundo de Futebol (1966)


A selecção portuguesa; que só não foi campeã mundial, devido às habilidades e malabarismos dos organizadores britânicos do torneio. No mundo do futebol -ontem como hoje- nem sempre o mérito sai vencedor...

'CLIPPERS'


Veleiros esguios e rápidos, os 'clippers' fizeram história na segunda metade do século XIX; época em que foram, incontestavelmente, os reis dos oceanos...

Velame erguido, desafiando o vento
Correm os corcéis de Poseídon
Pelas rotas do chá ou do poente
Rumo à China, Valparaíso ou Porto Bom...

ANTUÉRPIA-HOBOKEN, NO ELÉCTRICO Nº 4


Quando eu era jovem trabalhei no estaleiro naval belga que havia construído, entre outros, os paquetes portugueses «Santa Maria» (o tal que foi capturado, em 1961, pelo capitão Henrique Galvão) e «Vera Cruz». Eu morava, então, provisoriamente, com a minha família, numa das ruas que partiam da margem direita do rio Escalda e ia desembocar na famosa Groenplaats (a Praça Verde), um dos corações da cidade. Era daí, defronte da estátua do pintor Rubens, que, todos os dias úteis, eu partia -bem cedinho- no eléctrico da linha 4 para Hoboken, a localidade dos arrabaldes onde se situava o estaleiro da firma John Cockerill Yards. Os eléctricos de Antuérpia tinham música ambiente, o que permitia tornar a viagem suportável, sobretudo nas frias manhãs de inverno. Recordo-me que, durante o ano em que eu lá trabalhei, uma das canções em voga (e de transmissão diária e obrigatória no eléctrico) era cantada pelo francês Michel Delpech e intitulava-se «Pour un Flirt». E ainda hoje fico pasmado quando recordo isso, já que os flamengos detestavam ouvir falar a língua de Vítor Hugo, chegando ao ponto extremo da má fé em que fingiam não perceber-me, assim como os meus colegas francófonos, quando nós nos expremíamos nesse idioma


O nº4 na sua paragem (terminus) de Hoboken. Lembro-me que havia por ali, perto dos portões de entrada do estaleiro, um café muito frequentado pela malta trabalhadora. Chamava-se (no início da década dos 70) 'Congo Boat', se a memória não me atraiçoa...

Pour un flirt avec toi
Je ferais n'importe quoi
Pour un flirt avec toi
Je serais prêt à tout
Pour un simple rendez-vous
Pour un flirt avec toi...

Porque será que os chatos dos velhos estão sempre a evocar os tempos da mocidade perdida ?

sábado, 25 de junho de 2011

OS FILMES DA MINHA VIDA (54)


«HONDO»

FICHA TÉCNICA
Título original : «Hondo»
Origem : E. U. A.
Género : Western
Realização : John Farrow
Ano de estreia : 1953
Guião : James E. Grant
Fotografia © : Robert Burks e Archie Stout
Música : Emil Newman e Hugo Friedhofer
Montagem : Ralph Dawson
Produção : Robert Fellows/Wayne-Fellows
Distribuição : Warner Bros.
Duração : 83 minutos

FICHA ARTÍSTICA
John Wayne …………………………………….. Hondo Lane
Geraldine Page ………………………………… Angie Lowe
Ward Bond ………………………………………. ‘Buffalo’
Michael Pate ……………………………………. Victorio
James Arness …………………………………. Lennie
Leo Gordon ………………………………………. Ed Lowe
Paul Fix …………………………………………….. major Sherry
Rodolfo Acosta ……………………………….. Silva
Tom Irish …………………………………………. Tenente McKay
Lee Aaker …………………………………………. Johnny Lowe

SINOPSE
Hondo Lane, batedor e estafeta ocasional do exército dos Estados Unidos, passa pelo rancho da família Lowe, implantado numa região recuada do Arizona, cuja posse exclusiva é reivindicada pelos Apaches do temível caudilho Victorio.
Prevendo a iminência de um raide dos pele-vermelhas, Hondo propõe à proprietária do lugar (que ignora o paradeiro do marido) e a Johnny, o seu filho de 6 anos, escoltá-los até Fort Seddon, onde ficariam em segurança. Diante da recusa obstinada de Angie Lowe, que diz não temer agressões dos Apaches, por manter com eles, desde sempre, boas relações de vizinhança, Hondo prossegue o seu caminho até ao posto militar, com a intenção de comunicar ao major Sherry informações sobre a rebelião dos autóctones. Chegado ao forte, Hondo é provocado por um desconhecido, que, mais tarde, ele terá que balear em estado de legítima defesa. A morte do provocador, que não era outro senão o marido de Angie, e o terno sentimento que esta lhe havia inspirado, incitam Hondo a voltar ao rancho dos Lowe, numa última tentativa de proteger os sobreviventes da família. Isto, numa altura em que os ataques dos Apaches haviam redobrado de violência, devido à influência nefasta de Silva, um guerreiro arrogante e sanguinário.
Depois de um combate decisivo com a cavalaria dos Estados Unidos e com a morte dos seus aguerridos chefes tribais, os Apaches dispersam-se e uma paz relativa volta ao Arizona. Mas, a morte de Ed Lowe (cujas circunstâncias Hondo confessou a Angie) e a promessa de uma nova onda de violência, convencem a viúva e o pequeno Johnny a acompanhar o ex-batedor até à Califórnia, terra onde reina a paz e onde Hondo Lane possui um formoso rancho.

O MEU COMENTÁRIO
O guião deste filme, da lavra de James Edward Grant, inspirou-se num romance do celebrado Louis L’Amour, grande nome da literatura western e autor de inúmeras obras que conheceram a glória da adaptação cinematográfica e/ou televisiva. A popularidade deste escritor foi (e ainda é) tão grande nos Estados Unidos, que o próprio presidente Ronald Reagan (antigo cowboy das pantalhas) o condecorou, em 1984, com a Medalha da Liberdade, uma das distinções norte-americanas mais cobiçadas.
Inicialmente, a produção quis atribuir o papel de Hondo Lane, o herói da fita, a Glenn Ford, mas este actor de origem canadiana recusou o papel pelo facto de não se entender muito bem como realizador John Farrow, com o qual ele havia trabalhado anteriormente, aquando da rodagem de «Plunder of the Sun», uma fita de aventuras filmada no México.
Foi por essa razão que John Wayne (com interesses na produção do filme e que se mostrara fascinado com o argumento de «Hondo») acabou por se impor como intérprete da personagem principal deste western, que foi (refiro-o a título de curiosidade) um dos poucos filmes que os estúdios de Hollywood produziram em 3-D, um novo sistema de cinema em relevo. Lembro que esta técnica teve vida efémera e constituiu uma das armas à qual a indústria cinematográfica californiana recorreu na sua guerra sem quartel contra a concorrência da televisão. Guerra que o cinema só ganharia com a combinação do cinemascópio e do technicolor.
Ainda a propósito da relação especial que John Wayne manteve com esta fita, lembro que a dita marcou o ‘Duke’ a tal ponto, que, vinte anos mais tarde, num outro dos seus filmes do género («O Trunfo é Perder», produzido pelo seu filho Michael), o grande John se ilustrou no papel de um certo Lane, enquanto Raquel Welsh, co-vedeta da película em causa, encarnava a figura de uma finória dama chamada Lowe; apelidos das inesquecíveis personagens de «Hondo».
Faço ainda notar, para finalizar, que «Hondo» permitiu a essa senhora actriz que se chamou Geraldine Page (que até então se consagrara exclusivamente ao teatro) de se impor no difícil mundo da 7ª Arte. É verdade que a sua interpretação do papel de Angie Lowe foi, simultaneamente, sóbria, comovente e convincente.

(M.M.S.)


Eis aqui um dos cartazes que promoveram este filme de John Farrow em França



Batedor da cavalaria dos Estados Unidos, Hondo Lane anda sempre acompanhado por um cão feroz e desconfiado


Cartaz espanhol, da autoria do reputado artista catalão Soligó


Hondo Lane (John Wayne) e Angie Lowe (Genevieve Page) amam-se (timidamente) desde o seu primeiro encontro


Cartaz italiano de «Hondo»


De pé, da esquerda para a direita : Silva (Rodolfo Acosta) e Victorio (Michael Pate).
Sentado : Hondo (John Wayne). Capturado pelos Apaches, o batedor só fica a dever a vida ao facto de passar pelo suposto marido de Angie Lowe


Cartaz editado na Alemanha, aquando da estreia do filme nesse país. Curiosidade : os cinéfilos alemães são, muito provavelmente, aqueles que, na Europa, mais apreciam o género western...


O prestígio desta fita foi tão grande em França e nos países francófonos, que várias revistas procederam à sua novelização. Uma delas foi «Cinémonde»...


...outra foi «Mon Film»


Capa da cópia DVD editada no Brasil. Para quando uma edição no nosso país ?


Cartaz estadunidense colocando em valor a técnica 3D


Estatueta de John Wayne, representando o actor numa pose de «Hondo»

ADEUS INSPECTOR !


Tomei conhecimento, há instantes, da morte de Peter Falk, ocorrida no dia 23 do presente mês. E quero aqui prestar homenagem a esse grande actor, que todos conhecem pelo seu papel de inspector Columbo numa extensa série televisiva norte-americana que durou de 1968 até 2003. Pena é que este comediante, que tem dezenas de películas na sua filmografia e que trabalhou com alguns dos mais conceituados realizadores do seu tempo (Capra, Ray, Kramer, Edwards, Dmytryk, Pollack, Casavetes, Wenders, Altman, Allen, Hill, etc), só perdure na nossa memória pelo facto de ter encarnado a figura desse tal tenente de polícia -sagaz e desleixado- que percorria Los Angeles num velho e algo desengonçado Peugeot 403 'cabriolet'. Peter Falk contava 83 anos de idade e foi vitimado (segundo a imprensa) por uma forma agressiva da doença de Alzheimer

sexta-feira, 24 de junho de 2011

DIA MUNDIAL DO CIGANO

Vi, num qualquer canal de televisão (em nota de roda pé), que se comemora hoje o Dia Mundial do Cigano. Comunidade polémica, devido à sua maneira singular de estar na vida, a 'nação' cigana merece-me respeito, mesmo se, por vezes, também não concordo com actos que lhes são muito próprios e que chocam com a intolerância (porque, afinal, é disso que se trata) da maioria da população nacional. Em sua homenagem, aqui deixo algumas imagens. Umas agradáveis, outras arripiantes


«Acampamento cigano próximo de Arles», quadro de Vincent van Gogh



Este cartaz (editado, em meados do século XIX, num país do leste da Europa) propunha a venda em hasta pública de um 'lote' de escravos ciganos. Além do acto repugnante da comercialização de seres humanos, o que mais choca é saber que o vendedor era um... mosteiro católico


Envergando garridos e belos trajes tradicionais, estas jovens ciganas exibem-se num espectáculo de rua (algures na Europa de leste)


Anos 40 do século XX : este grupo de ciganos aguarda, aparentemente resignado, a sua sorte trágica num campo de concentração nazi. Mas, quem fala, hoje, no seu genocídio ?

CINE DIGITAL


A Cine Digital é uma editora nacional de DVD's, que teve a boa (a excelente) ideia de lançar no mercado português cópias dos «melhores filmes clássicos de sempre». É, pois, bom lembrar que ela existe ! Todos esperamos que continue a surpreender-nos. Citem-se algumas obras-primas que já constam do seu catálogo : «O Caso Paradine», «O Vale Perdido», «Cães de Palha», «E Deram-lhe uma Espingarda», «Johnny Guitar», «Duelo ao Sol», «A Flecha Sagrada», «Quem Ventos Semeia...»

PORTO SEGURO (BAHIA)


Tal como o proclama este cartaz turístico, foi em Porto Seguro que nasceu o primeiro núcleo habitacional do Brasil. O lugar foi descoberto em 21 de Abril de 1500 por Cabral...


...que, à testa de uma armada constituída por navios deste tipo, aí fez aguada


Mas a povoação (que cresceu e que ostenta hoje, orgulhosamente, o lema «Antes do Brasil : Eu»), só foi fundada em 1534 por obra e graça de Pero do Campo Tourinho, primeiro capitão donatário da região, e pelos seus companheiros. Estava-se no reinado de D. João III


Pero Tourinho era natural de Viana do Castelo, onde, em sua memória, os seus conterrâneos lhe levantaram este monumento. Em Porto Seguro existe um busto similar


Outra recordação dos pioneiros portugueses que fundaram a primeira povoação brasileira é a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Pena, aqui representada em toda a sua singeleza. Foi construída em 1535