quarta-feira, 9 de agosto de 2017

SELOS DE CORREIO E HISTÓRIA

A temática histórica em filatelia -nomeadamente bélica- tornou-se muito popular; e é corrente ver estampada nos selos de correio dos mais variados países, alusões a situações e conflitos que, à primeira vista, nada têm a ver com a sua própria vivência enquanto nações. Sabe-se muito bem porquê. A primeira das razões é que o comércio filatélico é bastante proveitoso, fazendo entrar divisas estrangeiras fortes nos cofres dos estados emissores dessas tais séries de selos. E não há que criticar tal atitude, até porque muitos desses países são parcos em recursos económicos e as vendas de selos sempre ajudam... E também não é pecado, que se saiba, o facto de uma nação africana (por exemplo) divulgar, através das estampilhas postais que emite, a História dos outros. Diga-se, por outro lado e a seu favor, que os correios dessas nações têm tido a preocupação de recorrer a grandes especialistas do assunto (especialmente ilustradores) e que os ditos selos são, regra geral, exemplos de grande rigor estético. Deixo aqui alguns testemunhos, que nos vêm de nações de soberania recente, como o são a Guiné-Conacri e a Guiné-Bissau. Que, ainda não há muito tempo, ofereceram -aos coleccionadores/amadores da temática referida- dois exemplos de guerras com as quais essas repúblicas africanas não têm afinidades : a Guerra Civil americana e a Primeira Guerra Mundial. Embora nos conflitos em questão estivessem em jogo a emancipação dos escravos afro-americanos, por um lado, e a definição das fronteiras coloniais (mormente em África) de territórios administrados por beligerantes como a Alemanha, como o Reino Unido, como a França ou como Portugal, por outro lado. E, nessa óptica, chegamos à surpreendente conclusão de que, como diz o outro, «isto, afinal, anda tudo ligado». E que, nessas circunstâncias, os confrontos da também chamada Guerra de Secessão (1861-1865) e a batalha naval de Dogger Bank (travada no dia 24 de Janeiro de 1915, entre unidades da 'Royal Navy' e navios da marinha imperial alemã) também tiveram a ver com o 'Continente Negro' e com as suas gentes. (Clique com o rato nas imagens para as ampliar).

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