quinta-feira, 31 de agosto de 2017

ANDA TUDO DOIDO...


Hoje fecha o mercado de jogadores de futebol; que todos estão à venda a quem mais der, num negócio similar ao dos antigos escravos. Com a (enooorme) diferença, porém, de que estes atletas de alta competição podem render milhões e mais milhões; que lhes enchem os bolsos. Os deles, os dos clubes envolvidos nesses faraminosos negócios e, sobretudo, o dos intermediários (com 'jogadas' nem sempre claras), dos agentes, dos caixeiros-viajantes deste moderno comércio de carne humana. Tudo isto desvirtua o futebol e justifica o afastamento de antigos e fervorosos adeptos da modalidade; que já não reconhecem nas agremiações desportivas que, outrora, vitoriavam e defendiam, o SEU clube... Enfim, nesta guerra deixou de haver moral. A não ser a 'moral' do dinheiro. O que, está bem de ver, justifica as queixinhas de certos energúmenos de trazer por casa e a excitação de certos presidentes de clubes, que tão facilmente e despudoradamente perdem as estribeiras. -Haverá solução para isto, ou, doravante, a palhaçada vai agravar-se ? Responda quem souber.


O ditador da Coreia do Norte continua a fazer das suas e a provocar a comunidade internacional, incomodando, inclusivamente, alguns dos seus amigos. Que, tal como a China, começam a tecer-lhe duras críticas por comportamento suicida; que não descarta a eventualidade de uma guerra nuclear devastadora e com consequências imprevisíveis. A última 'brincadeira' de Kim Jong-un foi a de despachar um míssil de longo alcance (com capacidade para transportar ogivas atómicas) na direcção do Japão, cujo território esse engenho sobrevoou. Isso, numa clara e inútil provocação aos seus vizinhos; que a ONU e praticamente toda a comunidade internacional veementemente condenou. -E agora, em que ficamos ?


Estou a seguir, com alguma curiosidade, as consequências visíveis do último grande caso de racismo ocorrido nos EUA, o de Charlottesville. Que consiste em retirar de todas as cidades do sul dos 'states' (outrora apoiantes da causa confederada) as estátuas erguidas à memória do general Robert Lee, comandante-chefe dos 'rebeldes', durante a mortífera Guerra Civil (1861-1865); que, na opinião de estudiosos e de historiadores, terá causado entre 500 000 e 1 milhão de mortes. Ora Lee, segundo fontes fidedignas, sempre manifestou a sua hostilidade à escravatura -praticada, em maior escala, nos estados sulistas- e se optou, enquanto militar, pela Confederação e por contestar o governo de Lincoln, foi mais por razões patrióticas (ele era da Virgínia) do que por motivos políticos. Perdeu a guerra, mas não perdeu a dignidade. Daí ter sido, desde 1865 e do episódio de Appomatox, alvo de admiração de muitos dos seus conterrâneos e partidários; que lhe levantaram estátuas e deram o seu nome a escolas e a outras instituições. Eu -que, juro, não sou racista- não concordo com o bota-abaixo generalizado que se está a viver no sul dos Estados Unidos. Porque não é assim que se vai erradicar o ódio aos negros e às comunidades que não pertencem à casta tontinha dos WASP. Acho que a luta contra o racismo começa por exigir (até à vitória definitiva) a proibição e a acção odiosa de grupos supremacistas brancos, tais como o partido nazi norte-americano e a famigerada organização de criminosos que se intitula KKK. Finalizo dizendo que, para mim, Robert Lee poderá ter sido um factor da desunião política dos americanos, mas nunca símbolo do racismo; que é uma das maiores pechas de um povo multirracial, que terá de aprender a viver harmoniosamente, independentemente do facto de ter muitas origens e inúmeras religiões.

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