segunda-feira, 14 de agosto de 2017

EMBLEMA DE VENEZA

Nos tempos áureos da República Sereníssima de Veneza, esta bandeira flutuava sobre a Cidade dos Doges e sobre as suas  colónias : que, nos séculos XV e XVI, eram constituídas -para além de vastos territórios no nordeste da actual Itália- por possessões na margem oriental do Adriático e por muitas terras, nomeadamente ilhas do Mediterrâneo oriental, tais como Cândia (a Creta dos nossos dias) e Chipre. Isso, sem falar nas zonas de influência comercial desse império, que se estendiam do mar Negro até ao Oriente; onde Veneza era aliada de poderosos potentados locais. Mas voltemos à bandeira, que é o tema (breve) deste texto. De forma rectangular, com 6 decorativos apêndices (ou cadilhos) do lado oposto ao da haste, apresentava cores vivas -vermelho e ouro- sendo o seu elemento principal o famoso Leão de São Marcos; cujas patas dianteiras seguram (quase sempre) uma Bíblia e uma espada. Este símbolo também foi largamente difundido sob a forma da altos e baixos relevos, estátuas, pinturas, etc. Também os navios da numerosa frota veneziana desses tempos usavam este sinal de identificação, arvorando-o em pavilhões e flâmulas ou, até e ocasionalmente, pintado nas velas. a República de Veneza dispunha, então, de esquadras de guerra poderosas (essencialmente constituídas por galés, galeaças por naves de alto bordo) e -como não podia deixar de ser- de frotas mercante numerosas, a condizer com o poderio comercial da Cidades dos Doges.

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