segunda-feira, 30 de abril de 2018

CINE- NOSTALGIA (83)

«A ODISSEIA DO SUBMARINO 96» («Das Boot») é um filme com acção ambientada na Segunda Guerra Mundial. Foi realizado em 1981 por Wolfgang Petersen; que se inspirou num livro escrito por Lothar-Günther Buchheim. É, sem favor, uma das películas mais impressionantes que alguma vez se fizeram sobre a arriscada vida dos submarinistas (alemães) e sobre os perigos incorridos pelos ditos durante a chamada batalha do Atlântico e, posteriormente, no Mediterrâneo. Que dizimou grande parte dos efectivos dos famosos (e temidos) 'lobos cinzentos' da frota nazi. Nesta fita -que, pela veracitade e dramatismo dos factos relatados, foi aplaudida pela crítica e pelos cinéfilos, sobretudo pelos amadores de temas náuticos- conta-se a odisseia de um capitão e da sua equipagem, confrontados com os mil e um perigos representados pela coexistência de algumas dezenas de homens num espaço reduzido e gerador de discórdia, pela acção de navios e aviões do inimigo, especializados na luta anti-submersíveis, etc. Tudo isto se vive num ambiente angustiante, que, em muitas ocasiões, dá cabo dos nervos dos espactadores. Este filme -que foi o mais caro produzido pelo cinema alemão até ao seu ano de estreia- custou 30 milhões de marcos e concorreu para os Óscares de 1983 em cinco categorias. Não logrou alcançar nenhum desses prémios, mas foi galardoado (em 1985) com um Emmy. É uma produção europeia, mas que foi distribuída internacionalmente pelo consórcio Warner-Columbia. Os autores principais do elenco são Jürgen Prochnow, Herbert-Arthur Gronemeyer, Klaus Wennemann, Hubertus Bengsch e Martin Semmelrogge. «A ODISSEIA DO SUBMARINO 96» foi exibido em versões de várias durações, que vão dos 149 aos 293 minutos. Uma edição videográfita desta excelente película foi distribuída (DVD) no mercado português. Considero (e refiro uma vez mais) que esta obra do cinema bélico é um filme indispensável.

MÓRMONS, COLONIZADORES DO UTAH

Esta sugestiva tela -da autoria do pintor norte-americano Jim Carson- representa uma caravana de emigrantes Mórmons a caminho da Terra Prometida; que muitos deles acharam corresponder à região do Grande Lago Salgado, no actual estado de Utah. Região que eles desbravaram e desenvolveram economicamente. Fundada em 1830 no leste do país -por Joseph Smith- a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (seu nome oficial), cedo começou a ser alvo de violentas perseguições por parte dos seguidores de outros ramos do Protestantismo. Por razões de ordem doutrinária, mas, também e sobretudo, devido a comportamentos que a Cristandade (no seu todo) condenava; como, por exemplo, a prática generalizada da bigamia. Prática que, mais tarde, os discípulos de Brigham Young (sucessor de Smith e primeiro governador do estado de fixação) acabariam por abandonar. Estive no Utah em 1999 e tive a ocasião de entrar em contacto com esta comunidade; que me pareceu ser bastante industriosa e com uma queda particular para o comércio. Infelizmente, aquando dessa viagem, não tive a oportunidade de visitar (como eu tanto desejava) Salt Lake City, santuário Mórmon e capital do estado...

domingo, 29 de abril de 2018

VISITAR AVEIRO É BOM !

Enfim, chamar-lhe a 'Veneza Portuguesa' é, quanto a mim (que já tive a oportunidade de visitar demoradamente a 'Cidade dos Doges'), um exagero. Mas lá que Aveiro é uma das mais bonitas terras de Portugal é verdade ! Porque também lá estive várias vezes e gostei muito de ver a 'Cidade da Ria'. De passear de barco pelos canais, de me misturar com a população local (que é das mais simpáticas), de provar as iguarias regionais e de visitar os seus monumentos. Em relação a estes, é necessário dizer, que, de entre todos eles, eu tenho grande apreço pelo mosteiro de Jesus; onde se pode admirar, entre muitas mais maravilhas, aquela obra-prima da nossa arte tumular, onde jaz Santa Joana Princesa. Que era filha d'el rei D. Afonso V e mana do seu sucessor, D. João II, o 'Príncipe Perfeito'. Sim, visitar Aveiro é uma excelente experiência, é um real prazer.

O BENFICA FOI A PIQUE. E DESILUDIU-NOS

O Benfica foi, ontem, derrotado no seu reduto da Luz pela modesta -mas aguerrida e meritória- formação do Tondela. Essa derrota dos encarnados acaba, definitivamente, com toda veleidade do S. L. B. no que respeita a conquista do actual campeonato e, obviamente, do penta. A nível internacional, o Benfica foi o que se viu, tendo sido afastado das competições europeias prematuramente e sem glória. E, a nível doméstico, duas derrotas consecutivas no seu estádio determinaram o fim de uma época em que tudo se perdeu. Enquanto adepto, acho que o Benfica -se quer novamente ganhar títulos- tem de rever a sua política de venda e compra de jogadores. Senão, corremos o risco, nas temporadas mais próximas, de repetirmos as desilusões deste ano. O Porto ganhou bem na Luz (e merece o título de Campeão Nacional) e o Tondela deu ao Benfica uma lição de realismo. E venceu, porque não teve medo de enfrentar uma equipa sem imaginação, sem vontade, ineficiente. Numa altura em que isso não poderia ter acontecido. Aqui manifesto a minha grande, a minha enorme decepção; esperando que o descalabro não leve o Benfica a um vexatório 3º lugar na classificação. O que ainda pode vir a acontecer...

NO RESCALDO DE ALJUBARROTA...

Na tarde da decisiva batalha de Aljubarrota, o condestável dos exércitos del-rei D. João I -sentado e cabisbaixo- medita e reza. Atrás de D. Nuno, a sua guarda pessoal vela, enquanto dois dos seus capitães lançam aos pés do herói do dia os despojos do inimigo derrotado. Esta é uma das imagens tradicionais que nos foi oferecida sobre a gloriosa jornada de 14 de Agosto de 1385. Um dos acontecimentos mais marcantes de toda da nossa História. Mas, também e sem dúvida, da História da Europa e do mundo, se considerarmos o papel ímpar representado por Portugal, durante a dinastia de Avis.


Estes são os brasões de armas das vilas da Batalha e de Aljubarrota. O simbolismo de cada um deles está, claramente, associado ao evento. O brasão de Calvaria de Cima (que aqui não pudemos reproduzir), a cuja freguesia pertence a aldeia de São Jorge -em cujos terrenos se desenrolou a batalha de Aljubarrota- também lembra o histórico recontro entre os exércitos portugueses e castelhanos.

sábado, 28 de abril de 2018

VERMELHO É BELEZA E PAIXÃO



Malaguetas; Ferrari; Onda Benfiquista; Baton; Rubis; Romã; Marte.

-SABIA QUE ?...

-Sabia que a segunda maior cidade do Texas e a sétima metrópole mais populosa dos Estados Unidos deve o seu nome a um lisboeta ? Pois é verdade ! San Antonio -fundada em 1718- foi assim chamada porque o dia da descoberta, por exploradores espanhóis, de uma aldeia de índios (na imensidão do Texas e no sítio onde seria implantada a futura cidade), coincidiu com o santo festajado nessa data : santo António de Lisboa, então mais conhecido pelo nome e epíteto de santo António de Pádua. Essa cidade texana tem, actualmente, na sua área urbana, mais de 2 100 000 habitantes. Entre os factos históricos importantes que por lá ocorreram desde a sua fundação, destaca-se o famoso assédio a Forte Álamo; que, apesar da derrota ali sofrida pelos partidários de Sam Houston, está na origem da independência do Texas e da sua futura integração no território dos EUA. Esse símbolo (Forte Álamo) está patente no brasão de armas da cidade, assim como a referência latina «Libertatis Cunabula», que, na nossa língua, significa 'Berço da Liberdade'.

sexta-feira, 27 de abril de 2018

MARANHOS, PRATO TRADICIONAL DO SUL DA BEIRA BAIXA

Confesso que só os provei por três ou quatro vezes. E que os melhores que degustei foi, aqui há meia dúzia de anos, num restaurante da Sertã. Vila onde os maranhos são um símbolo gastronómico e até têm direito a um festival anual. -Mas, afinal, o que é um maranho ? O maranho é uma espécie de enchido confeccionado com carne de cabra, carne de porco (nomeadamente toucinho, chouriço e presuntp), arroz, hortelã, alho, sal e pimenta. Pode conservar-se cerca de um mês, antes de ser cozido em água a ferver. Prove (acompanhado por hortaliça, batatas fritas e/ou cozidas) e descobrirá um novo e deleitante sabor. Que não se confunda o maranho com o bucho recheado, característico da mesma região; porque essa iguaria é totalmente diferente. Diz-se que o maranho já se saboreava na região sul da Beira Baixa (na actualmente chamada zona do Pinhal) no século XVI. Mas a verdade é que foi no decorrer do século passado que ele ganhou pergaminhos no seio da culinária regional.

O NOSSO MUNDO É BELO (152) : NICARÁGUA

A ESSÊNCIA DOS NOSSOS POETAS

NA AMPLA PRAÇA HÁ APENAS PLÁTANOS


Na ampla praça há apenas plátanos.
Nem crianças a correm de tão fria,
nem estátuas a comovem bronzeadas.
Das margens secas, com ilhas e outras casas,
janelas, se as há, são quase setas.
O frio perfurou tábuas e latas.
Um vento seco corta junto aos olhos.

O espaço é recomposto agora mesmo: na praça
estou na sombra dos plátanos
e tudo vejo com vontade e amor.
Mas não chega a presença ou a vontade.
Outros não chegam, ou aparecem apressados.
Nomes se referem. Desenha-se um olhar.
Apenas gesto, memória, sombra rara.

Envolvo-me na praça. Os plátanos cobrem-me.
Das margens sempre vem algum calor.
Renascem os olhos. Os plátanos movem-se.
As casas iluminam-se. Um grito
cobre a sombra e assim anima
a ampla solidão de todos nós.


** Eduardo Guerra Carneiro, in «Algumas Palavras». Poeta português, natural de Trás-os-Montes, Guerra Carneiro (1942-2004) foi jornalista, escritor, tradutor. No campo da poesia, seguiu, inicialmente, a escola surrealista e, mais tarde, o seu trabalho identificou-se com o chamado lirismo neo-romântico. Deixou vasta obra publicada, nomeadamente uma dezena de livros de poemas **

ROSAS

Rosas : uma beleza cromática e um cheiro, um perfume, inconfundíveis. -Será por essas razões que lhe chamam a Rainha das Flores ? Na minha humilde opinião, não seriam necessárias outras mais...

PERPETUANDO A MEMÓRIA DE ELVIS PRESLEY, O REI

Este selo, emitido pelos correios dos Estados Unidos da América, perpetua -de bonita maneira- a memória de Elvis. Que foi um dos homens que, na segunda metade do passado século, mais popularizou o rock and Roll e outras músicas populares daquele país. Os milhões de discos (e de outras gravações) que ele vendeu, chegaram a todas as regiões do planeta; mesmo às mais recônditas; e Elvis Presley ganhou, ainda em vida, o estatuto (não usurpado) de ídolo universal.

'HISTÓRIA A HISTÓRIA' : ÚLTIMOS DVD's DA PRIMEIRA SÉRIE

Já estão à venda nas bancas de jornais os dois últimos DVD's da colecção 'História a História' (1ª série), apresentada por Fernando Rosas. O quinto desses vídeos oferece-nos documentários versando sobre os temas «Fuga das Prisões Políticas do Estado Novo» e «A Máquina a Vapor». E o número 6 (que sai hoje com o jornal «Público») aborda os assuntos seguintes : «A CUF do Barreiro - Um Século de Indústria» e «Faina Maior - A Pesca do Bacalhau». Fazemos votos para que esta tão interessante colecção não se quede por esta primeira série; e que outras se lhe sigam nas semanas vindouras. Cada DVD custa o insignificante preço de 5 ou 6 cafés...

quinta-feira, 26 de abril de 2018

AS PEDRAS MAIS PRECIOSAS

Talvez por causa de uma lição de geologia (numa aula de ciências naturais mal assimilada), eu julgava saber que as pedras preciosas eram em número de quatro : o diamante, o rubi, a esmeralda e a safira. E que todas as outras gemas -mesmo as mais resplandecentes- eram pedras semi-preciosas ou pedras ornamentais. Mas parece que não; pois há gemas muito mais raras e, por via de circunstância, muito mais caras do que aquelas que acima referi. Repare-se, por exemplo, na tanzanite ou no berilo vermelho, cujos preços ultrapassam -no mercado mundial especializado- o das atrás referidas pedras... As ilustrações mostram duas dessas gemas, já lapidadas e destinadas, obviamente, à indústria da joalharia.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

'VERSAILLES' SOBRE RODAS

Este é o sumptuoso 'Versailles' (modelo de 1977) da marca Lincoln. Mesmo nos 'states' dos tempos faustosos, este palácio sobre rodas era reservado a uma elite dourada. Naturalmente ! Hoje, os norte-americanos 'normais' contentam-se com automóveis mais modestos e de origem europeia ou asiática. E os ricos compram as suas viaturas à Mercedes ou à BMW. Enfim, na vida, com o tempo, tudo muda. -Quem nos pode garantir a nós Portugueses que, num futuro muito próximo, não nos passearemos todos de helicóptreo ?... Há que ter confiança em Deus e no Costa !

RADIOSA ESTRELA


Os olhos, o nariz e a boca de Elizabeth Taylor (actriz londrina do cinema hollywoodiano), quando a diva estava no auge da sua carreira e da sua beleza. Ela já não pode ter saudades desse tempo e desses seus belos atributos naturais, porque faleceu em 23 de Março de 2011; mas eu -que ainda guardo memórias- tenho...

COM A AJUDA DE ÉOLO...


Com as velas prenhas de vento e de esperança, rumo ao infinito...
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«Homme libre, toujours tu chériras la mer».
(dixit Charles Baudelaire)

ABRIL ETERNO

quarta-feira, 18 de abril de 2018

O ALECRIM

Toda a gente conhece, aqui para as nossas bandas, o alecrim; planta perfumada da família das lamiáceas, utilizada comummente em culinária. Desde há muitos séculos, em toda a região mediterrânica. O que muita gente desconhece é que 'Rosmarinus officinalis', sua designação científica, significa 'orvalho do mar', em latim. Belo nome para uma planta, que também é utilizada -desde a Antiguidade- como remédio (para curar várias doenças e achaques) e para perfumar templos e outros lugares de culto.

«SEIRYU»


O «Seiryu» é um submarino de ataque da armada japonesa. Pertence à classe 'Soryu' e é a nona unidade de uma série de 13 navios destinados à marinha de guerra nipónica. Diz-se que a corrida aos armamentos que, actualmente, agita a Ásia, resulta da modernização da frota chinesa; que parece meter medo a muita gente, nomeadamente aos aliados dos EUA naquela região do mundo. Mas também à Índia, que tem afirmado, internacionalmente, o seu desejo de neutralidade. Esperemos que a acumulação dessas mortíferas armas não descambe, no futuro, em conflitos regionais, que ponham em causa a paz na zona Índico-Pacífico. O poderoso submarino aqui apresentado foi construído nos estaleiros da firma Kawasaki, de Kobe, e terá entrado ao serviço da armada imperial no passado mês de Março. É um navio concebido para a guerra moderna, que mede 84 metros de comprimento e que desloca (em imersão) 4 200 toneladas. -Será utopia pensar que os homens acabarão um dia por entender-se e que deixarão de desafiar-se ? Esperamos que não...

A POUPA, POUPINHA, POUPADA QUE BATE, BATE


Ora bate, bate, já canta a poupinha,
Ora bate, bate, no ninho sozinha,
Ora bate, bate, já canta a poupinha,
Poupai, poupai, que sou pobrezinha.

-ENZIMA GLUTONA ? ESPEREMOS QUE SEJA VERDADE !

Refere a imprensa desta semana (nacional e internacional, nomeadamente o jornal «The Guardian»), que cientistas britânicos e norte-americanos desenvolveram uma enzima que demonstrou ter capacidades para digerir plástico. A ser verdade, estamos perante uma descoberta fundamental para proceder à limpeza do planeta Terra; que com aquele produto, derivado do petróleo, nós temos poluído de maneira verdadeiramente demencial. Exemplo : só numa área do oceano Pacífico, compreendida entre as costas da Califórnia e as ilhas Hawai, os detritos de plástico ocupam o equivalente a 3 vezes a superfície da França. Essa 'mancha' é, segundo os cientistas que a observam e estudam, constituída por umas 80 000 toneladas de detritos de plástico. Que, até agora, não se sabia como destruir. Esperemos que a tal enzima seja capaz de 'degluti-la' (assim como outros pólos de poluição) e de, futuramente, resolver um problema que não tinha solução à vista. Se isso se confirmar, eu voto para que os tais investigadores sejam galardoados com o Prémio Nobel. Porque terão prestado à Humanidade um serviço de importância vital

LEONOR DE AVIS, RAINHA DE PORTUGAL

Este selo dos Correios de Portugal lembra a rainha D. Leonor de Avis. Assim chamada por pertencer à família que fundou a nossa 2ª dinastia e, também, para a distinguir de outras soberanas que -com esse nome- reinaram no nosso país; nomeadamente D. Leonor de Aragão, esposa de el-rei D. Duarte. Natural de Beja (onde lhe seria erigida uma estátua), D. Leonor de Avis -uma das mulheres mais ricas da Europa do seu tempo- teve papel importante na nossa História, pela obra social que nos legou, fundando (com outros) as Misericórdias de Portugal. Era irmã daquele D. Diogo, duque de Viseu, que seu esposo -D. João II- executou por suas próprias mãos, por ter chefiado uma conspiração contra a sua real pessoa. E também mana do futuro rei D. Manuel I, um dos mais poderosos soberanos do século XVI. Mas, apesar de todas as virtudes que lhe apontaram os seus contemporâneos, D. Leonor nunca respondeu aos repetidos rogos de seu marido -vítima de um envenenamento- para que aparecesse em Alvor, onde, em grande sofrimento, o 'Príncipe Perfeito' veio a falecer no dia 25 de Outubro de 1495. -Terá sido com remorsos dessa sua atitude muito pouco cristã, que D. Leonor passou a sua longa viuvez (de 30 anos) a espalhar caridade, mandado construir hospitais para os pobres e erguendo igrejas e mosteiros por todo o país ? É provável. A 'Princesa Perfeitíssima', como chegaram a chamar-lhe, finou-se no seu Paço de Xabregas (então situado nos arrabaldes da capital do Reino) no dia 17 de Novembro de 1525, quando contava 67 anos de idade.  Dera indicações para ser sepultada, em campa rasa, no próximo convento da Madre de Deus; num lugar de passagem para que todos a pisassem. Isso, segundo rezam as crónicas, para dar um sinal da sua própria pequenez, perante a eternidade. Nota : O retrato da rainha D. Leonor reproduzido no selo (imagem de topo), é da autoria de C. Costa Pinto, artista que se inspirou numa ilustração decorando o rico Livro de Horas da soberana. A magnífica tela que (em baixo) a representa, é obra do notável pintor caldense José Malhoa.

POURTANT, QUE LA MONTAGNE EST BELLE !...



Ils quittent un à un le pays
Pour s'en aller gagner leur vie
Loin de la terre où ils sont nés
Depuis longtemps il en rêvaient
De la ville et de ses secrets
Du formica et du ciné...

Pourtant, que la montagne est belle
Comment peut-on s'imaginer
En voyant un vol d'hirondelles
Que l'automne vient d'arriver ?...

** Jean Ferrat (1930-2010) **