quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

COISAS BOAS DA VIDA...


Com o Inverno que, finalmente, bateu às nossas portas, já apetecem coisas como este apetitoso e consistente 'Chili com Carne'; que, se for bem feito e condimentado à maneira, pode ser uma excelente alternativa a nossa típica feijoada. Aconselha-se a comer 'isto' ao almoço, regado com um bom vinho tinto da nossa terra. E depois, para bem digerir esta especialidade da cozinha 'Tex-Mex' e para quem tem bom senso,  recomenda-se uma boa caminhada...

FABULOSOS AUTOMÓVEIS DOS ANOS 50

Este é o Cadillac 'Sedan de Ville' de 1959. A parte mais exuberante deste espectacular veículo era, efectivamente, a rectaguarda do tipo 'rabo de peixe', como popularmente se lhe chamava; ou de inspiração aeronáutica, como pretendiam outros. Fabricado por uma das mais prestigiosas marcas de Detroit, o 'Sedan de Ville' era um carro de gama alta, que, nos Estados Unidos dos tempos da economia triunfante, era reservada a uma classe de cidadãos endinheirados e não, obviamente, para usufruto da maioria dos americanos.

BOAS FESTAS

Boas Festas de passagem de ano.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

AS ABELHAS DO BÁLTICO

Estes aviões fazem parte da patrulha acrobática 'Baltic Bees' (Abelhas do Báltico), que funciona no seio da força aérea da Letónia. São aparelhos L-39, utilizados, geralmente, na formação e treino de pilotos militares. Foram fabricados pela indústria bélica da extinta Checoslováquia, que os exportou para vários países. A decoração destes aviões por parte dos 'Baltic Bees' foi particularmente feliz, como as imagens, aqui apresentadas, documentam.

NO MEIO DO INVERNO...

«E no meio do Inverno eu soube, finalmente, que havia dentro de mim um Verão invencível».

** Albert Camus (1913-1960), escritor francês laureado -em 1957- com o Prémio Nobel de Literatura **

FOTOGRAFIAS COM HISTÓRIA (57)

Duas grandes figuras da literatura russa e europeia estão reunidas nesta fotografia : Leão Tolstoi e Máximo Gorki. Este retrato dos 'pais' dos inolvidáveis romances «Guerra e Paz» e «A Mãe», data de ano indeterminado do início do século XX e foi tirado em Yasnaia Polyana, a propriedade de Tolstoi (situada a 12 km da cidade de Tula), aquando de uma amistosa e respeitosa visita do segundo. O conde Leão Tolstoi (1828-1910) foi um dos mestres da literatura russa (quiçá o maior de sempre) e levou a sua vida a escrever e a trabalhar (correndo e assumindo riscos) em prol da emancipação dos camponeses do seu país. Trocou correspondência com Gandhi, que o considerava um verdadeiro «apóstolo da não-violência» e um dos seus inspiradores. Quanto a Máximo Gorki (1868-1936), é, também ele, um dos grandes nomes da literatura russa. Contrariamente a Tolstoi, nasceu pobre e exerceu, durante muitos anos, profissões subalternas e duras para ganhar a vida. Preocupado com a sorte (miserável) imposta pelos sucessivos governos do czar às classes laboriosas do seu país, apoiou a Revolução Russa de 1917, tendo, ele próprio, sido um consequente activista político. Os seus escritos são de cariz realista e social, muito tendo contribuído para criar uma consciência nova na classe operária; não só na da Rússia, mas na do mundo inteiro.

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

O NOSSO MUNDO É BELO (25) : NOVA ZELÂNDIA

BELO E ENRIQUECEDOR ESPECTÁCULO !

Assisti no passado domingo, dia 27 de Dezembro -no Cine Teatro de Nisa- a um excelente concerto de Natal, organizado pela Sociedade Musical Nisense. Durante duas horas (que pareceram curtas aos espectadores que encheram, por completo, o supracitado espaço), o Orfeão de Comenda 'Estrela da Planície' (dirigido pelo maestro Domingos Redondo) e a Banda de Nisa (conduzida pelo seu conceituado regente António Maria Charrinho) ofereceram ao público presente o melhor que sabem fazer. Quer dizer, um conjunto de cantos (na circunstância natalícios) e um belo sortido de peças de música ligeira. Garanto que foi uma tarde agradabilíssima, inolvidável, mesmo para os toscos que, como eu, nada percebem destas lides. Aqui fica, pois, o registo de que, mesmo nestas regiões geograficamente afastadas dos grandes centros urbanos, também é possível desfrutar de eventos artísticos com incontestável qualidade. Obrigado às duas formações citadas, assim como à escolinha da S. M. N., que, também ela, nos encantou e enterneceu.

O SEGREDO DE LUCILLE

«O segredo para permanecer jovem é viver honestamente, comer devagar e mentir acerca da idade».

** Dixit Lucille Ball (1911 - 1989), conhecida estrela de cinema de Hollywood **

DOS JORNAIS

Diogo é um menino de Mirandela, invisual, que estuda (com reconhecido aproveitamento) numa escola de Vila Real. Para tanto, ele percorre, todos os dias do ano escolar, uma distância de 120 km. Ou seja, despende 2 horas do seu tempo livre para ir frequentar o estabelecimento de ensino onde está matriculado e para regressar ao lar. Diogo -que tem 7 anitos- está, quanto a mim, a ser vítima da malfadada acção de Nuno Crato, antigo ministro da educação, que, com a sua política economicista, fechou escolas por todo o lado. E despojou outras do ensino especial, que requeria a situação deste menino. Espero que, num futuro muito próximo, o novo governo lhe faça justiça, assim como a todas aquelas crianças que receberam este tratamento inqualificável, que frisa a barbárie. Resta-me desejar felicidades ao Diogo; que eu considero um herói da vida quotidiana. Um daqueles heróis que não terão direito a inscrever o seu nome nos livros de História, mas que merecem mais o nosso apreço -pela sua coragem perante o infortúnio e a injustiça- do que a maior parte das figuras recentemente medalhadas pelo actual presidente desta (quase) república das bananas.

LIQUIDÂMBAR DA AMÉRICA

Esta espécie vegetal -uma árvore de grande porte- é originária de certas regiões das Américas central e do norte. Em geral, as espécies transplantadas raramente atingem alturas superiores a 15 metros; mas, na natureza, já se têm observado exemplares que atingem ou ultrapassam as quatro dezenas de metros, medidos desde a base do seu tronco até ao topo da copa. O botânico sueco Lineu referenciou a 'Liquidambar styraciflua' em 1753. As cores das folhas desta árvore, que passam sucessivamente do verde ao vermelho vivo, são uma das características mais visíveis desta espécie ornamental. Que pode viver até aos 400 anos e que é muito apreciada pelos jardineiros.

TODAS AS ESPANHAS CABEM NA PENÍNSULA IBÉRICA

É sabido que o nome de Espanha (ou coisa parecida) foi dado à península -que nós partilhamos com outros povos ibéricos- desde a antiguidade pré-romana. Os estudiosos não se entendem quanto ao significado do vocábulo, que, segundo uns, quererá dizer 'país dos coelhos' (devido à importante população de roedores dessa espécie então existente no território) e, que, segundo outros, significa 'terra dos fundidores de metais'. Mas há, ainda, quem defenda outras teses, nomeadamente aqueles que acreditam que a palavra se deva traduzir por 'terra das serpentes'. Deixemos essa quezília aos especialistas, para nos centrarmos no facto dos Fenícios -que por cá passaram e fundaram colónias- usarem o termo 'i-spn-ea' para se referirem à península a que os filhos de Roma haveriam de chamar, mais tarde, Hispânia; e que, naturalmente, designava todo o território peninsular; dos Pirenéus ao Atlântico e da costa cantábrica até ao litoral mediterrânico. Desses vocábulos deriva o nome de Espanha, que até aos tempos do imperador Carlos V (que reinou no país vizinho com o nome de Carlos I) foi sinónimo de Ibéria; que é, este último, um termo que nos vem dos Gregos. O título de rei de Espanha (significando soberano de toda a península), só encontrou verdadeira legitimidade, quando, em 1580, Filipe II (filho do precedente) cingiu também -nas circunstâncias que todos conhecem- a coroa de Portugal. E que, desde logo, passou a ter autoridade sobre todo o território peninsular. Depois de 1640, com a Restauração, o título de rei de Espanha voltou (tal como antes) a ser contestado pelos Portugueses. A esse propósito, deixo aqui um texto respingado de um 'site' espanhol da Internet. O dito (escrito, obviamente, em língua castelhana) chama-se «Tinaja de Diogenes» e é animado pelo professor Cayetano Gea. Diz o seguinte sobre este assunto : «Filipe V, trás la Guerra de Sucesión em 1714, recibió una amonestación del monarca portugués, quien le recriminaba que se titulase rey de España, pues solo era rey de Castilla y de Aragón, pero no de Portugal». Isto vem confirmar que houve, pois, usurpação do nome de Espanha por parte dos mandantes vizinhos; que, na sua ânsia de reinar sobre todas as Espanhas, se apropriaram do nome de uma terra que -só por 60 anos- viria a ser integralmente sua. 

ATENÇÃO : PERIGO !

Será esta a herança -a de um planeta sufocado por fumos industriais, por produtos tóxicos altamente perigosos e pelo lixo- que queremos deixar às gerações futuras ? - Estas fotos, todas elas captadas na China (um dos maiores poluidores da actualidade), são o exemplo das nossas más práticas em matéria ambiental. Não sendo excessivamente pessimista quanto ao futuro da Terra -a casa comum de todos os seres vivos- acho, no entanto, que já se foi longe demais nas agressões ao nosso planeta. Que não aguentará todos estes crimes, que se cometem, quase todos eles, em louvor do deus dinheiro que nos domina. Não sei grande coisa sobre assuntos desta índole, mais estou convencido de que estamos a seguir uma via pavimentada de grandes riscos. Sejamos mais responsáveis e exigentes com aqueles que nos governam hoje. Porque, não tenho dúvidas, que é no cumprimento dessas exigências que está a chave do futuro e do bem-estar da nossa descendência.

NAS MONTANHAS ROCHOSAS...

Nas montanhas Rochosas, em pleno inverno, este guerreiro ameríndio procura traços da presença de intrusos no território da sua tribo. De cavalo (um 'apalloosa') pela rédea e armado com uma lança, o homem veste um espesso casacão de lã, proveniente, pela certa, de uma troca efectuada com um mestiço do Canadá. Com um desses 'coureurs de bois' originários do Quebeque, com os quais as nações pele-vermelhas do Oeste americano estabeleceram relações comerciais desde inícios do século XVIII. Esse comércio consistia, na sua quase generalidade, na permuta de produtos manufacturados e importados da Europa (tecidos, recipientes de ferro, facas, machados e até armas de fogo) por peles de castor e direitos de caça. Sabe-se que esses contactos acabaram com a invasão branca do chamado Faroeste e com o quase extermínio da população ameríndia; que, em finais do último quartel do século XIX, foi subjugada militarmente e internada nas famigeradas reservas. (Clicar com o rato na imagem, para a ampliar).

EUREKA ! ESTÁ ENCONTRADA A SOLUÇÃO PARA A (NOSSA) CRISE

Titulo de hoje (em gordas e na primeira página) do jornal «I» : «Raspadinha : a nova paixão dos Portugueses, que ganharam 2,2 mil milhões em prémios». Tal e qual, à excepção da pontuação que é deste escriba. Enfim, está encontrada a solução para os nossos problemas. Para quê, de futuro, andarmos com chatices à procura dos políticos sérios e sem vícios, que assegurem estabilidade ao nosso país e que pugnem por mais justiça, mais saúde, mais educação e por ordenados e pensões de reforma decentes para todos nós ? -Quando, finalmente, a solução estava na raspadinha !... «Oh Zé da tasca, 'amanda' prá cá um bagaço, 2 pés-de-meia, 1 Super Diamante e 3 Trevos da Sorte. E cala o bico, se eu ganhar o cacau e entrar pró clube dos milionários. Tás a perceber ?».

sábado, 26 de dezembro de 2015

O NOSSO MUNDO É BELO (24) : GRÉCIA

DELÍCIAS DE NATAL

Estas (foto de topo) são as filhós tradicionais da minha aldeia alentejana. A sua realização obedece a regras simples, estabelecidas há séculos. São aquelas de que eu mais gosto, embora não desdenhe provar as mil e uma outras receitas que existem por todo o país e que dão mais gosto às festas de Natal dos Portugueses. Há, no entanto, cuidados a tomar, antes de saborearmos todas estas guloseimas : a primeira de todas elas é não cometer abusos; que podem redundar em problemas graves para a nossa saúde. Tal como os álcoois (que por vezes as acompanham), estas 'delícias' (muito ricas em gorduras e açúcares) são para consumir com moderação...

O MAIOR DRAMA JAMAIS REPRESENTADO NO TEATRO FORD (WASHINGTON D. C.)

Foi nesta modesta sala de espectáculos da cidade de Washington (hoje renovada e classificada como Património Histórico Nacional), que, na noite de 14 de Abril de 1815, foi ferido traiçoeiramente -com um tiro de pistola na nuca- o presidente dos Estados Unidos da América, Abraão Lincoln. Que, poucos dias antes da sua trágica morte (ocorrida na manhã do dia seguinte), fora o aclamado vencedor da Guerra Civil. Da qual decorreu a reunificação territorial e política do seu país. Isto, naturalmente, sem falar de um grande avanço para a civilização ocidental, que foi o da libertação oficial de todos os escravos negros a viver na América do norte. O assassino de Lincoln foi um obscuro actor de nome John W. Booth -simpatizante da causa confederada- que, após o seu acto tresloucado, foi alvo de uma das mais ferozes caças ao homem da História do 'states'. O assassino de Lincoln foi abatido por uma patrulha do exército federal, 11 dias após o seu insano acto, numa zona rural próxima da capital.


Este é o aspecto exterior actual do Teatro Ford. Que foi reactivado na década de 60 do passado século e reinaugurado (depois de ter sofrido grandes melhoramentos) em 12 de Fevereiro de 2009, aquando das comemorações do bicentenário de Abraão Lincoln. Também recuperada (contígua ao teatro, à direita na imagem) foi a Pensão Petersen ('Petersen House'), para onde o presidente foi levado, depois de ter sido baleado. E onde faleceu.

AI VIRA, QUE VIRA E TORNA A VIRAR...

O Vira do Minho é uma das nossas danças populares que melhor resistiu à inexorável e arrasadora passagem do tempo. Isso, mercê (em grande parte, estou convencido) da acção das centenas de grupos folclóricos que, no país e nas comunidades lusas do estrangeiro, o vão dançando, acarinhando e perenizando. A propósito destas últimas comunidades, as do estrangeiro, quero dizer que vivi largos anos numa cidade do norte de França, onde ainda hoje existe uma forte comunidade de emigrantes lusos, muitos deles originários de Entre Douro e Minho. E posso garantir que, ali, chegaram a coexistir (nem sempre pacificamente, a verdade seja dita) três associações recreativas; que todas elas tinham o seu rancho folclórico e que todos eles se apoiavam na execução dessa dança tão típica do norte de Portugal. Segundo ouvi dizer, há em França mais ranchos folclóricos portugueses do que no nosso próprio país. E eu estou em crer que sim... Até porque a França é, e sempre foi, um país de paradoxos. Sabiam, por exemplo, que existem -na velha Gália- mais 'pizzerie' do que em Itália ? -E mais corridas com toiros de morte do que em Espanha ? -Pois bem, se isso já não é verdade, chegou a sê-lo. Garantidamente !

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

BOAS FESTAS !

CINE-NOSTALGIA (40)

Inspirado nas páginas de um dos mais famosos romances de Eça, o filme «O PRIMO BASÍLIO» teve realização de António Lopes Ribeiro. Estreou em 1959 e contou com as participações de António Vilar (o mais internacional de todos os actores portugueses), Danik Patisson (com voz dobrada por Carmen Dolores), Paiva Raposo, Cecília Guimarães, João Villaret, Fernando Gusmão, Ribeirinho, Manuel Lereno, Aura Abranches, Carmen Mendes, Elvira Velez, etc. A história contada decorre na Lisboa de finais do século XIX e narra-nos as atribulações de uma burguesa, casada, que se compromete com um amor proibido. Chantageada por uma sua serviçal, que usa cartas que a comprometem para lhe extorquir dinheiro, Luísa acaba por adoecer gravemente... Esta é uma película de onde transparece todo o saber e experiência de um veterano do cinema português. Mas também a classe de alguns dos melhores comediantes lusos do tempo. De assinalar, é, por exemplo, o facto de Cecília Guimarães -que aqui encarna a vil figura de Juliana, a criada indelicada- ter sido laureada com o Prémio do SNI, que recompensou a melhor actriz desse ano cinematográfico. «O PRIMO BASÍLIO» tem a chancela da Tóbis Portuguesa e foi exibido, pela primeira vez e em simultâneo, no dia 1º de Dezembro de 1959, nos cinemas lisboetas São Luiz, Alvalade e Politeama. Tem fotografia a preto e branco e uma duração de 138 minutos. Apesar das suas reais qualidades, esta fita de António Lopes Ribeiro foi um enorme fracasso comercial. O que terá levado este grande homem de cinema a não mais realizar outras longas metragens. Não conheço deste filme, infelizmente, cópias videográficas disponíveis. A não ser, uma cassete VHS que foi editada no nosso país há muitos, muitos anos...

DA NOSSA HISTÓRIA...

O condado de Coimbra foi uma entidade político-administrativa instituída pelo antigo reino das Astúrias, que integrava as terras de Coimbra, mas também as de Viseu, Lamego e Feira. Devido aos avanços e recuos da Reconquista, esse território só se tornou definitivamente cristão em 1064, após a conquista de Coimbra por Fernando I, rei de Leão. Por essa razão, o tal condado -que foi fundado no século IX- teve três períodos de governação distintos, sendo Martín Muñoz o seu derradeiro titular, entre 1091 e 1093. A estátua deste último conde de Coimbra (que aqui vemos) é da autoria do artista espanhol Joaquín Lucarini e pode ser admirada na cidade de Burgos.