sábado, 16 de junho de 2012

OS FILMES DA MINHA VIDA (109)


«A RAINHA DO MAL»  

FICHA TÉCNICA
Título original : «The Maverick Queen»
Origem : E. U. A.
Género : Western
Realização : Joseph Kane
Ano de estreia : 1956
Guião : Kenneth Gamet e DeVallon Scott
Fotografia (c) : Jack A. Marta
Música : Victor Young
Montagem : Richard L. Van Enger
Produção : Herbert J. Yates
Distribuição : Republic Pictures
Duração : 92 minutos

FICHA ARTÍSTICA
Barbara Stanwyck ………………………………… Kit Banion
Barry Sullivan ………………………………………… o pseudo Jeff Younger
Scott Brady ……………………………………..……. Sundance Kid
Mary Murphy ……………………………………..….. Lucy Lee
Wallace Ford ………………………………….…….. Jamie
Howard Petrie …………………………………..…… Butch Cassidy
Jim Davis ……………………………………….………. o verdadeiro Jeff Younger
Emile Meyer……………………………………….…… Malone
Walter Sande ……………………………………….  o xerife Wilson
John Doucette …………………………….………… Loudmouth

SINOPSE
Arruinada durante a guerra civil, a virginiana Kit Banion instala-se no território do Wyoming, onde, por cupidez, se associa ao bando de malfeitores chefiados por Butch Cassidy e por Sundance Kid; que atentam contra a economia da região e contra as leis nacionais, roubando gado, pilhando bancos, assaltando comboios.
Mas Kit, que é cortejada pelo tenebroso Sundance, acaba por se apaixonar por um forasteiro, que se lhe apresenta sob a identidade de Jeff Younger, um ex-membro da extinta quadrilha dos irmãos James.
Graças ao apoio da crédula Kit, o pretenso Jeff Younger –que é, na realidade, um detective da agência Pinkerton- introduz-se na temida ‘wild bunch’, que ele deseja neutralizar.
Objectivo que ele acabará por atingir, à custa de muita violência (matando, nomeadamente, o seu rival Sundance) e de muito sofrimento, já que Kit, que ele muito aprecia, apesar do seu comprometimento com os bandoleiros, acaba por ser mortalmente abatida pelos seus antigos cúmplices.
A paz volta de novo à cidadezinha de Rock Spring e à sua região, agora libertadas da incomodativa e perigosa presença dos bandidos que assolavam o Wyoming.

O MEU COMENTÁRIO
Inspirado numa novela do celebérrimo Zane Grey, «A Rainha do Mal» é um dos inúmeros westerns levados à pantalha pelo realizador Joseph Kane. E é, porventura, um dos melhores da vasta filmografia deste realizador especializado no género. É verdade que esta película colorida (e em formato Naturama) beneficiou muito com a participação de grandes actores (Stanwyck, Sullivan, Brady e outros), mas também com o concurso de bons profissionais no campo técnico, nomeadamente no que respeita a fotografia (belíssima, embora o Trucolor não tivesse a qualidade do Technicolor…), que tem a assinatura de Jack A. Marta. Nota alta merecem, igualmente, a música de fundo do grande compositor Victor Young (outro nome consagrado por Hollywood) e a bonita canção «The Maverick Queen» magnificamente interpretada por Joni James, cuja autoria é, naturalmente, de Young (música) e de Ned Washington (letra).  Quanto à história contada, há que convir que é bastante convencional e que se ambienta no Wyoming de finais do século XIX, no seio da quadrilha de malfeitores denominada ‘a horda selvagem’ (‘the wild bunch’), chefiada por Butch Cassidy e por Sundance Kid. Quadrilha essa que o cinema já havia evocado antes da realização desta fita e também, várias vezes depois. Basta lembrarmo-nos, por exemplo, da excelente e oscarizada obra que George Roy Hill realizou em 1969 com Paul Newman e Robert Redford : «Butch Cassidy and the Sundance Kid». Enfim, gostei desta fita -que já há muito conhecia- da qual adquiri recentemente, em Espanha (onde a película se intitula «Los Indomables»), um DVD com imagens de boa qualidade. Ficamos à espera que um dos editores nacionais de material videográfico nos ofereça, brevemente, a versão legendada em língua portuguesa. M.M.S. ///////// Cartaz francês ///////// Tal como em vários outros dos seus westerns de sucesso («Almas em Fúria», «Homens Violentos», «40 Cavaleiros», etc), Barbara Stanwyck encarna aqui a figura de uma mulher de carácter forte e inflexível ///////// Cartaz espanhol ///////// A heroína da fita numa pose de manifesta altivez ///////// Mais uma reprodução de um dos cartazes originais ///////// Cartaz itlaliano ///////// A Joseph 'Joe' Kane, o realizador desta fita, são atribuídos muitas centenas de filmes. Grande parte deles são westerns... ///////// Cartaz de provável origem australiana

O BRASÃO DE ARMAS DE LISBOA

///////// Pintura antiga ilustrando a chegada -ao estuário do Tejo- de uma nau com o corpo do mártir São Vicente. As figuras principais desta lenda (nau, mártir, corvos) serviram aos lisboninos para elaborarem o brasão de armas da sua cidade. E para escolherem o padroeiro da 'Princesa do Tejo'; que é São Vicente e não Santo António, como ainda muita gente pensa ///////// ///////// Estilização do brasão de armas da nossa bela capital. Mas o santo esfumou-se. Para onde terá passado ?

DJANGO ESTÁ A CHEGAR !!!

Apesar da sua estreia, na Europa, só estar programada para inícios do próximo ano, a verdade é que o filme «DJANGO UNCHAINED» já constitui um acontecimento de relevo no pequeno mundo da westernofilia; cujos membros continuam a atravessar um longo período de míngua, de vacas magras. O título desta fita (que lembra o de um banal 'western spaghetti') não é lá muito encorajador para os puristas, que só põem as mãos no lume por obras com o label 'made in USA'. Mas que descansem os dubitativos, porque esta película é mesmo de origem norte-americana, apesar do seu título e do facto do seu realizador -Quentin Tarantino- ter algumas gotas de sangue latino. Segundo o pouco que ainda sabemos sobre este novo western, a história desenrola-se no sudoeste dos 'states' alguns anos antes de ter rebentado a guerra civil, provocada em parte, e como se sabe, pela política do presidente Abraão Lincoln relativa à emancipação dos escravos. Django (a figura central da fita) é um desses homens subjugados pela lei infâme, que é comprado por um caçador de recompensas, que o vai utilizar no seu arriscado, mas proveitoso 'negócio'. Em troca, Django vai exigir, no fim do contrato que o liga ao patrão branco, a sua colaboração para encontrar a sua mulher, que é cativa -em parte incerta- de um senhor de escravos sulista Esta obra de Tarantino (que vai estrear no dia de Natal, nos Estados Unidos) tem como principais protagonistas Jamie Foxx, Christoph Waltz, Leonardo di Caprio (na foto acima) e outros nomes conhecidos; nomes que garantem ao filme -pelo menos a nível da qualidade interpretativa- a eficácia esperada Será que a abundândia e variedade de cartazes promocionais deste filme -ainda por estrear- é um bom augúrio ? -Esperamos que sim, que seja um bom sinal... Os dois principais protagonistas de «Django Unchained» cavalgando, lado a lado, e enquadrados numa belíssima paisagem nevada Mais um cartaz do esperado «Django Unchained»

TINTOL PARA MILIONÁRIOS

Cada uma destas 'meninas' custa milhares de Euros. O Petrus (um Pomerol) é, pois e sem exagero, um vinho reservado aos milionários. É para endinheirados antigos ou para novos ricos, daqueles que têm prosperado à custa da crise... dos outros. Escusado será dizer, que pelas goelas abaixo do escriba de serviço jamais deslizou uma gota deste precioso néctar. Mas ele até gostaria de experimentar. Não heverá por aí um mecenas, um benfeitor, uma alma caridosa, que lhe queira pagar um copo ?