segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

O NOSSO MUNDO É BELO (40) : TIMOR LESTE

O MILAGRE DAS ROSAS

Esta bonita medalha (face e verso) foi editada em 1984 por ocasião das festas realizadas, na cidade de Coimbra, em honra da Rainha Santa Isabel. Que é uma das figuras históricas da Idade Média mais queridas dos Portugueses. A face da medalha em questão ilustra o mítico milagre das rosas e evoca o diálogo que terá mantido el-rei D. Dinis com a sua bondosa esposa : «Quid portas ?» - «Rosas Domine !». Já no verso da medalha figuram, entre outros motivos, as armas da rainha e as da cidade de Coimbra. (Clicar com o rato na imagem para a ampliar e melhor distinguir os motivos da medalha).

CARTAZ POLÉMICO

Embora eu me considere ateu, sempre fui contra manifestações que possam ofender, de qualquer modo, a sensibilidade dos crentes. E sou assim em relação a todas as religiões. É por isso que, como tantas outras pessoas deste país, eu achei que o cartaz do B. E. acima representado poderia vir a ser incompreendido e contestado pelos cristãos portugueses. Que jamais admitiriam que o Criador bíblico e Jesus Cristo fossem mobilizados para figurar num cartaz destinado a reforçar a aceitação do casamento 'gay' e, sobretudo, a facilitar a adopção de crianças por casais do mesmo sexo. É evidente que 'isto' acabaria por dar bronca. O que o próprio Bloco de Esquerda até já admitiu, retirando o dito cartaz de circulação. O que eu nunca esperei foi a atitude da igreja católica, excessivamente agressiva (quanto a mim),  como se tal atitude do supracitado partido (com o qual eu não tenho, refiro, a mínima afinidade) fosse o fim do mundo. É que eu penso que essa instituição religiosa -que aliás criou o mito da dupla paternidade de Jesus- deveria estar preocupada com coisas muito mais importantes. Como, por exemplo, com os casos de pedofilia que continuam a ser uma realidade no seio dessa instituição da igreja católica. Ou com a feroz oposição que, em Roma, a facção mais conservadora da igreja move contra o papa Francisco, no seu intento de mudar as coisas por dentro. E mais não digo.

CUIDADO COM A LÍNGUA !

Cristiano Ronaldo -que ainda é um dos melhores futebolistas da actualidade- deu, neste último fim-de-semana, um fortíssimo pontapé  na sua própria reputação; ao pronunciar umas palavras infelizes (perdoai o eufemismo) sobre os colegas de equipa, que, com ele, sofreram uma vexante derrota no Santiago Bernabéu, num confronto com os 'colchoneros'.  Derrota essa que colocou o Real Madrid a muitos pontos de distância dos seus principais rivais na corrida ao título de campeão de Espanha, competição que, para os 'merengues', já está perdida... Depois das bacoradas proferidas, o 'puto maravilha' (que já tem 31 anos de vida e idade para ter juízo) ainda tentou emendar a mão, mas sem resultados práticos. A imprensa desportiva espanhola (mas não só) caiu-lhe em cima, comentando amplamente o caso, aliás em termos pouco abonatórios para o 'crack' funchalense. Isto, porque nunca houve alguém que tenha ensinado a Cristiano aquela sentença básica do saber-viver, que diz : «A maior virtude dos que falam, é calar o que não devem dizer». Penso que este caso, associado ao facto de Cristiano estar a passar por um (normal) momento de baixa de forma, vai afectar a sua imagem em Espanha. E que, nestas circunstâncias, será bom para o goleador português começar a pensar em trocar o seu actual clube por outra formação desportiva (na Inglaterra, em Itália ou algures), onde ele possa exercer o seu talento até à reforma; que se aproxima a passos largos. E, já agora, ele que me permita dar-lhe este conselho, que é de borla : cuidado com a língua !

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

UM FILME IMPERDÍVEL

Há muito tempo que eu desejava ver «Mil Vezes Boa Noite» («A Thousand Times Good Night»), filme realizado em 2013 por Erik Poppe. Que conta a pungente história de uma repórter de guerra obsecada pela sua profissão, cujo exercício ela favorece em prejuízo da vida familiar. É verdade que não fiquei indiferente a esse drama, apesar do dito ser recorrente nas nossas sociedades urbanas, onde as mulheres -finalmente emancipadas- são chamadas a desempenhar funções e ofícios que, ainda há poucas décadas atrás, eram apanágio do impropriamente chamado sexo forte. Mas, finalmente, no filme em causa o que mais me impressionou, o que mais me chocou, foi todo aquele ritual (testemunhado pela heroína da fita) feito à volta dos homens e das mulheres-bomba; que aceitam, em nome de uma causa e de uma crença (sejam elas quais forem, tenham elas a legitimidade que tiverem), fazer dom da sua própria existência, ceifando outras vidas... Impressionante ! «Mil Vezes Boa Noite» é, não tenho dúvidas quanto a isso, um filme imperdível. Excelentes interpretações do elenco, especialmente da actriz Juliette Binoche, que aqui encarna o papel da repórter fotográfica supracitada. Vi a versão francesa do filme («L'Épreuve»), por não ter encontrado a edição videográfica em Portugal. O que é pena...

DE ILHA EM ILHA, ESCREVENDO A HISTÓRIA...

Foi a partir do século XIV, ainda no reinado de D. Afonso IV,  que os Portugueses se lançaram verdadeiramente na exploração do Atlântico. Cujo primeiro passo se deu com o envio de duas expedições (em 1336 e 1341) ao arquipélago das Canárias. Ilhas que, ao tempo, eram reivindicadas por várias nações europeias e a cuja posse os nossos maiores acabaram por renunciar -a favor do reino de Castela- aquando do Tratado de Alcáçovas-Toledo, firmado a 4 de Setembro de 1479. Abrindo mão das Canárias, os Portugueses viram, em contrapartida, reconhecidos os seus direitos exclusivos sobre a Guiné, a costa da Mina e outros territórios africanos situados a sul do paralelo 27. Na posse dos nossos, ficaram também os arquipélagos da Madeira e dos Açores, localizados a norte dessa linha, mas já ocupados e colonizados pela nossa gente há mais de meio século. A Madeira fora descoberta, com efeito, em 1418 e as primeiras ilhas dos Açores (São Miguel e Santa Maria) haviam sido visitadas desde 1427 pelos marinheiros do Infante. Em 1444, prosseguindo o seu avanço para sul, os Portugueses descobriram o arquipélago de Cabo Verde.  E, 30 anos volvidos, os navios da Cruz de Cristo franquearam a linha do equador e, nessas distantes e rudes paragens, visitaram o arquipélago de São Tomé e Príncipe e as ilhas de Fernando Pó e Ano Bom. Em 1501, já depois do Gama ter aberto a rota marítima para o Oriente e de Cabral nos ter contemplado com a descoberta oficial do Brasil, os mareantes lusos descobriram as ilhas de Ascensão e de Santa Helena. E, finalmente,  em 1506, foi a vez do arquipélago de Tristão da Cunha (o território habitado mais remoto do planeta) ser revelado ao mundo pelo navegador manuelino que lhe deu o nome. Assim, menos de um século após o achado da 'Pérola do Atlântico' por João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, todas as ilhas do centro e leste do vasto oceano que banha a Europa e a África ocidental foram reveladas aos geógrafos; que as colocaram nos mapas. Depois desta saga -só realizável por gente intrépida e sabida nas artes da navegação- quem ousa contestar-nos um lugar da maior importância na História do Mundo ? -E isso foi apenas o começo de uma epopeia mais grandiosa, que levou os Portugueses a todos os mares do globo, na execução de uma aventura de dimensão planetária ímpar, jamais igualada.

RARA ARARA

A arara-azul ('Anodorhynchus hyacinthinus') -que hoje só se pode ver, na Natureza, em limitadíssimas áreas da Amazónia brasileira e boliviana, onde é uma espécie protegida- é a maior ave da sua família. Pode chegar a medir 1,20 m e pesar 2 kg. Geralmente, as araras-azuis vivem em bandos que comportam um máximo de 30 indivíduos e quando acasalam é para toda a vida. A dieta destas magníficas aves é constituída por frutos, nozes (que elas quebram facilidade com o seu descomunal bico), folhas e sementes. Vítimas, durante muito tempo, do tráfico ilegal de animais, as araras azuis estão em vias de rápida extinção.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

DE LISBOA PARA A OUTRA BANDA

Esta fotografia foi tirada na Lisboa ribeirinha e parece datar de 1899; que foi, curiosamente, o ano de nascimento do meu avô materno. É, pois, de um tempo em que grande parte das ligações com a outra banda ainda se fazia em grandes botes à vela. Que só em inícios do século XX seriam destronados pelos cacilheiros a vapor, embarcações de maior capacidade, mais rápidas e mais seguras...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

MÍTICA WINCHESTER 73

O 'post' que aqui deixo não é, de todo, apológico das armas de fogo. Cuja detenção por particulares, nos E.U.A., tem sido responsável por inauditos actos de violência; que, ao longo dos anos, provocaram a morte de milhares de pessoas inocentes. Isso, devido a uma lei excessivamente permissiva, que o presidente Obama já quis combater, sem grande êxito. Mas não se pense que é só naquele grande país da América do norte que o uso abusivo das armas de fogo provoca aqueles dramas atrozes noticiados pelos jornais. No nosso país, por exemplo, assiste-se, igualmente, a crimes da mesma natureza, porque a proliferação das armas de fogo (devidamente autorizadas ou clandestinas) é excessivo, parecendo que em Portugal as ditas se contam por milhões. Eu sou, pois, contra o facilitismo que permite que essas armas se mantenham nas mãos de particulares. Isto dito, gostaria aqui de vos falar brevemente da carabina Winchester 73, que foi nos tempos da conquista do Oeste, uma das armas preferidas dos americanos. Era uma arma ligeira, podendo carregar 15 munições, que foi desenhada, em 1873, por Oliver F. Winchester e por Benjamin T. Henry. De 1873 até 1919 saíram das fábricas  da companhia Winchester Repeating Arms cerca de 720 000 exemplares deste modelo, que teve quatro calibres distintos e foi usada por civis, mas também por vários exércitos, nomeadamente da Europa. O cinema de Hollywood divulgou esta quase lendária carabina de repetição, que foi, a par do revólver Colt 45, a arma preferida dos vaqueiros do Oeste, dos guardas de diligências, de xerifes, de caçadores de recompensas, de belicosos guerreiros índios e de outras figuras carismáticas do cinema western. A Winchester 73 é uma carabina apetecida pelos colecionadores de armas, que pagam caro pelas originais e/ou adquirem réplicas extraordinariamente bem feitas. Sobretudo em Itália.



Esta Winchester 73 não é uma carabina original; mas uma cópia perfeita fabricada em Itália pela firma Uberti.

O NOSSO MUNDO É BELO (39) : ÍNDIA

MOINHOS DE ALBURRICA

Barreiro, moinhos de Alburrica... Fazem parte das minhas mais longínquas lembranças. Porque, quando menino, morei ali para aquelas bandas. Na rua da Recosta, num velho prédio situado ao lado do desaparecido quiosque do Zé Coxo, quase em frente do quartel dos bombeiros do Sul e Sueste. Numa zona da hoje cidade, que desapareceu para dar lugar ao gigantesco parque de estacionamento do complexo fluvial-rodo-ferroviário. Que substituiu a antiga estação do Barreiro-Mar. Parece que estes moinhos de Alburrica vão ser definitivamente salvaguardados, através de um programa elaborado pela Câmara local... Ainda bem ! Espero que sobrevivam ao tempo, porque fazem parte da memória da gente dessa terra situada entre Tejo e Coina.  Da qual eu guardei gratas recordações, apesar de mais de meio século de ausência...

OS TEMPOS DE BUCHA E ESTICA

Os actores Stan Laurel (Estica) e Oliver Hardy (Bucha) constituíram uma dupla cómica do cinema hollywoodiano, que fez rir várias gerações de cinéfilos. Inclusivamente a minha. Que saudades eu tenho dos tempos em que -na primeira parte das sessões duplas- a programação nos gratificava com uma fita destas impagáveis personagens... Que, com as suas facécias, nos faziam rir até às lágrimas.

UNIFORMES SEM... UNIFORMIDADE

Durante a Guerra da Independência dos Estados Unidos da América, as forças armadas que se opuseram aos exércitos britânicos eram, no essencial, constituídas por milícias oriundas das Treze Províncias e de outros territórios revoltados contra a autoridade do rei de Inglaterra. Assim, não havia uniformidade nas fardas que os chamados 'continentais' envergavam. Esta estampa atesta o que aqui se diz. Da esquerda para a direita podem ver-se combatentes pertencentes aos Regimentos da Pensilvânia, da Geórgia e da Nova Jérsia. Que todos eles lutaram pela mesma causa, contra os temíveis 'casacas vermelhas'.

URSO DE OURO

Parabéns à jovem cineasta portuguesa Leonor Teles, que conquistou o Urso de Ouro do Festival de Cinema de Berlim na categoria de curtas metragens. O seu filme (com 11 minutos de duração) intitula-se «Balada de um Batráquio» e aborda o tema dos sapos em cerâmica, que certos comerciantes colocam à porta dos seus estabelecimentos para interditar a entrada dos ditos aos ciganos; que, por superstição, evitam cruzar-se com esse bicharoco. Sublinho que a laureada Leonor Teles, natural de Vila Franca de Xira, tem apenas 23 anos de idade e muito tempo à sua frente para tornar a surpreender-nos. Bravo !


O Urso de Ouro é um dos mais prestigiosos prémios do cinema europeu e mundial.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

APOIO À SAÚDE NA NAÇÃO NAVAJO

Esta moderna ambulância pertence ao INEM da nação Navajo; cujo território cobre vastas áreas dos estados do Arizona, do Utah, do Novo México e do Colorado, numa extensão total de 69 000 km2. Longe vai, pois, o tempo em que este povo ameríndio do Oeste dos 'states' -com tradições de pastorícia e de trabalho artesanal derivado dessa actividade ancestral- vivia como as populações pré-históricas do chamado Velho Mundo. Aparentados aos Apaches, os Navajos foram vencidos por Kit Carson durante as guerras de ocupação branca (na década de 60 do século XIX) e, muitos deles, foram deportados para infames reservas, onde morreram, aos milhares, de fome e de epidemias várias provocadas pelas condições desumanas que lhe foram impostas. Hoje, este povo de 250 000 almas, que vive essencialmente das 'royalties' vertidas pela exploração do petróleo e do gás existente nas suas terras, da indústria do turismo e da venda de peças do artesanato que produz (tapetes, cerâmicas, joias, etc.), construiu um curioso sistema de saúde, onde a medicina ritual convive (sem problemas) com a medicina científica. Esta ambulância faz parte da sua rede de apoio à saúde.

AZUL MIRÍFICO COM ESTRELINHAS A ENFEITAR

.......... Esta manta de retalhos que é a Europa dita comunitária, hoje algo esfarrapada pelas iniquidades impostas  pelos países poderosos (ligados à finança internacional) aos outros membros, que, tal como Portugal andam a mando de Berlim e de Bruxelas, ultrapassou, anteontem, uma nova e importante etapa. Uma etapa de especiais cedências e favores feitos ao senhor Cameron e ao Reino Unido, que acelerará um processo de deliquescência da comunidade, que já há muito tempo se observava a olho nu. Isto, antes de -num futuro muito próximo- os britânicos, que vão a referendo sobre a sua permanência na Europa, digam definitivamente um rotundo não a uma caranguejola que  não anda nem desanda. Nem a nível económico, nem a nível social. Eu vivo há mais de 50 anos no espaço comunitário europeu e ainda me lembro do tempo em que o cidadão comum tirava algum proveito do facto de trazer no bolso o passaporte azul. Agora, isso já nada me diz. Até porque a estabilidade e o bem-estar esperados pelo conjunto dos povos continentais se esvairam há muito tempo e que, agora, nem sequer esperanças há para que se regresse a uma situação de normalidade. A pobreza e a desigualdade são as novas marcas de grande parte das nações que apostaram no cavalo errado; montada que é de um azul mirífico e que está enfeitada com estrelinhas de ouro. Eu estou totalmente desiludido e digo-o francamente : já tanto se me dá que a Europa -tal monstruoso «Titanic»- se afunde num naufrágio monumental ou que ela encalhe nos escolhos que ela própria semeou e se vá escavacando aos poucos. Mas, ainda assim, pergunto aos donos disto tudo : porque será que, tantos de nós, cidadãos europeus, chegámos a este ponto de total desilusão ?...

sábado, 20 de fevereiro de 2016

LEMBRAR PEYROTEO

Fernando Peyroteo (1918-1978) foi um dos maiores goleadores (senão o mais prolífico de todos e de sempre...) do futebol português. Verdadeiro chefe de orquestra dos famosos 5 Violinos -a histórica linha avançada sportinguista- este prodigioso atleta foi uma máquina de fazer golos. Ei-lo aqui agarrado à monumental 'Taça d'O Século', um troféu oferecido por um matutino lisboeta aquando da disputa de um torneio. Pena é que esta figura desportiva (e outras do seu gabarito) quase tenha caído no esquecimento dos apreciadores do chamado Desporto-Rei...

ADIO UMBERTO ECO

Faleceu ontem em Milão, com 84 anos de idade, o escritor italiano Umberto Eco. Autor das ficções «O Nome da Rosa», «O Pêndulo de Foucault» e «O Cemitério de Praga» -mundialmente conhecidas e apreciadas- Eco era uma das grandes figuras das literaturas transalpina e europeia do nosso tempo; que com o seu desaparecimento ficam indubitavelmente mais pobres. Fica, para sempre, a sua obra !

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

O NOSSO MUNDO É BELO (38) : RÚSSIA

BOA MEMÓRIA...

«Muitas pessoas se gabam da sua boa memória, lembrando-se de coisas que mais valia serem esquecidas».

** Dixit Sydney J. Harris (1917-1986), jornalista, escritor, crítico de teatro, professor e conferencista norte-americano de origem inglesa **

ARTE EM MOVIMENTO


Bonito arabesco tricolor desenhado pelos jactos 'Hawk' da patrulha acrobática Red Arrows (da R.A.F.). Quem disse que há incompatibilidade entre as máquinas e as artes ?...

TABAGISMO

......... A prática do tabagismo é péssima para a saúde e para a carteira... Neste último capítulo, a imagem fala por si e dispensa outros comentários.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

LUÍS XI CONTRA CARLOS O TEMERÁRIO

Este mapa (ilustração de topo) mostra a Borgonha no tempo de Carlos, o Temerário. Que, no século XV, era constituída pela integralidade dos actuais Países-Baixos, Bélgica, Luxemburgo e por substanciais territórios (que se estendiam do Pas de Calais até às fronteiras da Suíça, incluindo a vasta e rica Alsácia-Lorena) que pertencem, hoje, à República Francesa. O derrube desta nação do centro-ocidental da Europa foi obra do matreiro e calculista rei Luís XI, de França; que na batalha de Nancy -ocorrida no frígido mês de Janeiro de 1477- venceu o mais famoso de todos os príncipes borgonheses e lhe retalhou o ducado. O borgonhês arriscou tudo nesse confronto e tudo perdeu. Inclusivamente a própria vida, pois, na sequência da referida batalha de Nancy, o seu cadáver foi encontrado, fora das muralhas da cidade, meio devorado pelos lobos. Cujas matilhas esfomeadas se alimentaram dos despojos dos combatentes. Os dois selos de correio também aqui apresentados (abaixo), foram emitidos pelas administração postal francesa para lembrar esse trágico acontecimento. Mas do qual a França tirou grande proveito.