terça-feira, 30 de agosto de 2016

CUIDADO COM A ONÇA !

Displicentemente estirada sobre o tronco caído de uma árvore da floresta amazónica, Sua Majestade a onça dorme a sesta... Cuidado, porém, com o despertar da fera e com o seu instinto de caçador nato. Que não tem rival em agilidade e em força nas selvas cerradas do Brasil e de outros países das Américas do Sul e Central. Este belíssimo felino (foto de topo) é chamado no Brasil onça-pintada, preferindo nós, portugueses, chamar-lhe jaguar. Na realidade, trata-se do mesmo bicho ('Panthera onca'), que, no seu 'habitat', pode excepcionalmente atingir o tamanho (comprimento sem a cauda) de 1,85 m e o peso anómalo de 158 kg. Os animais adultos mais comuns ficam-se, no entanto, pelo 1,40 m e pelos 75 kg. O que já é temível para um predador, a quem nada faz medo e que tudo pode enfrentar. Chegando, com se vê (na foto abaixo), a medir-se com jacarés, que ele facilmente subjuga e mata.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

GUERREIROS NORMANDOS

Guerreiros normandos da Idade Média. Reparai nas cotas de malha, nos capacetes com protecção nasal e, sobretudo, nos característicos e famosos escudos de forma oblonga. Este material de defesa também foi utilizado em Portugal pela gente de armas de D. Afonso Henriques, aquando das guerras pela independência do condado Portucalense e da reconquista de territórios aos muçulmanos.

HÁ BANCOS E BANCOS


A modernidade também já chegou ao chamado mobiliário urbano; nomeadamente aos bancos de parques e jardins públicos. Veja-se e admire-se estes exemplos, que rompem -definitivamente e para melhor- com os corriqueiros assentos de ripas, invariavelmente, pintados de verde... Que tal ?

O NOSSO MUNDO É BELO (77) : ESLOVÉNIA

LEITURAS ÚTEIS


-Quem foi D. Manuel II, que nada, nem ninguém havia preparado para ser rei; mas que, ainda assim, cingiu a coroa dos Braganças, após a morte trágica (em 1908) de D. Carlos I e do príncipe-herdeiro D. Luís Filipe ? -Como viveu o derradeiro de todos os reis de Portugal o seu exílio em Inglaterra ? É o que nos conta, num relato apaixonante, Ricardo Mateos Sáinz Medrano no seu livro «D. Manuel II, o Último Rei de Portugal». Esta obra (que se recomenda) já foi editada há uns tempos, mais ainda se mantém nas livrarias, ao dispor de todos os apaixonados pela nossa História.

FABULOSO 'EL DORADO'

Este espantoso veículo é um Cadillac 'El Dorado' de 3ª geração; que saiu da linhas de montagem da luxuosa marca de Detroit nos anos 1958-59. A firma Cadillac (assim chamada para homenagear o explorador francês do mesmo nome, que fundou a futura 'capital do automóvel') ofereceu um destes modelos ao general Dwight Eisenhower, aquando da sua passagem pela  Casa Branca (1953-1961) na qualidade de 34º presidente dos Estados Unidos da América. -O que não se diria hoje, sobretudo aqui na Europa, se um político aceitasse -de uma marca comercial- tão sumptuoso presente ? Outros tempos... (Clique com o rato na imagem para a ampliar e, assim, poder admirar mais detalhadamente esta maravilha da técnica e do 'design' automóvel de há mais de meio século).

domingo, 28 de agosto de 2016

RESTOS DO IMPÉRIO...

Estas imagens mostram a cidade marroquina de Arzila. A de topo é uma ilustração (alemã) da praça no tempo da presença lusa, que durou de 1471 a 1550 e, numa fase posterior, de 1577 a 1589. E a segunda -uma fotografia- mostra um troço de muralha portuguesa, hoje integrada no casario. Esta cidade litorânea do norte de África foi investida pelos exércitos de D. Afonso V (cerca de 28 000 homens, entre os quais se encontrava o jovem príncipe D. João), que a tomaram no dia 24 de Agosto do já referido ano de 1471. Essa força militar (muito importante para a época) foi transportada por por uma frota de mais de 400 velas, que zarpara de Lagos uma semana antes. A fácil conquista de Arzila (precedida de um espectacular desembarque de guerreiros e de instrumentos de assédio) ficou a dever-se às preciosas informações atempadamente transmitidas pelos espiões d'el-rei -Pero de Alcáçovas e Vicente Simões- que, meses antes, se haviam introduzido na praça travestidos de mercadores e que, sob esse disfarce, ali se inteiraram da melhor maneira de a tomar de assalto. Parece que os Portugueses usaram de extrema violência contra a guarnição moura e também contra a população muçulmana da cidade. De tal modo que, 4 dias após a vitória fulminante dos Portugueses em Arzila, a tão cobiçada Tânger se entregou aos nossos sem luta.


D. Afonso V, cognominado 'O Africano', foi o artesão da conquista de Arzila. Na aventura, arrastou seu filho, o príncipe D. João (futuro rei D. João II), que, ao tempo, contava apenas 16 anos de idade; e que precocemente ali recebeu as esporas e a dignidade de cavaleiro.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

MARIA EUGÉNIA, A ETERNA MENINA DA RÁDIO, DEIXOU-NOS

Faleceu hoje em Lisboa (sua cidade natal), com 89 anos de idade, a cançonestista e actriz Maria Eugénia; que ganhou celebridade nos anos 40 do passado século, graças à sua participação em filmes tão populares quanto «A Menina da Rádio» e «O Leão da Estrela», ambos realizados por Arthur Duarte. Também fez cinema em Espanha e sabe-se que recusou um convite do genial Vittorio de Sica para trabalhar em Itália. Aqui fica a minha homenagem.

EDIÇÃO HISTÓRICA DE UM FILME IMPERDÍVEL

No passado ano (2015), o magnífico filme pacifista de Lewis Milestone « A Oeste Nada de Novo» («All Quiet on the Western Front»), inspirado na obra-prima homónima de Erich Maria Remarque, festejou 85 anos de vida. Editores de vídeo norte-americanos e europeus lançaram, nessa ocasião, uma magnífica reprodução dessa histórica película (em DVD), acompanhada por um precioso livrinho sobre as peripécias que presidiram à sua realização, à recepção que lhe foi reservada pelas plateias e a outras curiosidades. Algumas dessas obras ainda se encontram disponíveis no comércio especializado, inclusivamente naquele que vende 'on line'...

ESPECTACULARES MATADORES DE FOGOS !!!

Este hidroavião (imagem de topo) é um jacto Beriev Be-200 de construção russa; que aqui larga sobre um provável incêndio florestal a sua carga de água e de calda de produtos retardantes. Dois aviões deste tipo estiveram este ano em Portugal, para participarem -ao lado de Canadairs marroquinos, espanhóis e italianos- na luta contra os devastadores fogos de Verão. Lembro que Portugal, onde ardem todos os anos muitos milhares de hectares de floresta (mais do que em qualquer outro país da Europa), é o único do sul do continente que não dispõe de aeronaves de grande porte, concebidas para dar combate ao flagelo dos incêndios em meio florestal.  Como aqueles meios aéreos que existem em Espanha, França, Itália, Grécia, Croácia. E, para lá das Colunas de Hérculos, em Marrocos. A nossa opção na matéria (enfim, a dos nossos sucessivos governantes), foi a de pagar milhões todos os anos a privados; que fazem dos fogos de Verão o seu rentável ganha-pão...
E esta, heim ?


Canadair da Protecção Civil de França e (em baixo) um dos hidros de uma frota de 6 aparelhos adquiridos pelo governo de Zagrebe (Croácia).

DUAS TELAS 'SOCIAIS' DE BERNI

Estas duas telas do grande pintor Antonio Berni (1905-1981) datam, ambas, dos anos 30 do século passado e intitulam-se, respectivamente, «Desocupados» e «Manifestación». E representam momentos difíceis da sociedade argentina do seu tempo, marcada pelo desemprego e pelo desespero. Preocupado com a situação social dos seus compatriotas, este artista (que legou à Humanidade um valiosíssimo espólio) ilustrou, assim, a dificuldade de sobreviver de milhões de compatriotas seus, num país que chegou a ser um dos mais ricos do planeta. Pena é que muito pouca gente na Europa conheça este insigne artista, que foi um dos mais extraordinários pintores do seu tempo... Será que a temática denunciadora (em muitas das suas obras) dos horrores do capitalismo selvagem, é responsável pelo ostracismo a que Berni foi votado ? -Francamente, parece-me que sim...

O FESTIVAL DO CRATO CONTINUA


Ontem pude assistir, no Crato, ao espectáculo de Ana Moura e dos seus músicos. Que foi, simplesmente, fabuloso ! A senhora (que irradia simpatia) continua com uma energia fora de comum e soube adaptar as canções do seu repertório a um ambiente algo ruidoso e pouco propício à interpretação do fado de tradição. Muitos parabéns a esta grande figura da canção nacional e aos 5 músicos que a acompanharam, que foram -também eles- dignos dos fervorosos aplausos do público. O festival prossegue (durante mais dois dias) e conta, hoje, com a presença, entre outros artistas, do guitarrista Custódio Castelo e do flautista Rão Kyao. E, amanhã, para o fecho do evento, será a vez de António Zambujo deliciar a assistência com as suas músicas e canções. Encontros a não faltar.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

32ª FEIRA DO ARTESANATO E GASTRONOMIA DO CRATO


Já está a decorrer -com o sucesso do costume- o 32º Festival do Crato; onde hoje se exibe, entre outros artistas, Ana Moura. Não perca este evento, que, no seu género, é um dos mais interessantes e concorridos do Alto Alentejo. Este Festival, que também tem uma componente gastronómica e artesanal, vai durar até 27 de Agosto; dia em que actuará António Zambujo...

O NOSSO MUNDO É BELO (76) : LAUS

A MORTE DE UM PISTOLEIRO

Segundo a tradição (que tem fundamento histórico), o famoso aventureiro Wild Bill Hickok foi morto traiçoeiramente (com um tiro de revólver nas costas), quando jogava uma partida de póquer num 'saloon' de Deadwood, localidade situada no então território de Dacota. É essa cena que o artista Andy Thomas retratou nesta sua estupenda tela (topo). Na realidade, Wild Bill -de seu verdadeiro nome James Butler Hickok- figura controversa do velho Oeste (pelo facto de se ter encontrado dos dois lados da lei, pois foi quadrilheiro e 'marshall', para além de ter exercido inúmeras outras profissões), foi assassinado, em 1876, por um rival de nome Jack McCall. Ao jogo que Hickok tinha entre mãos nesse momento -também aqui representado- passou a chamar-se 'a mão da morte', em recordação do célebre pistoleiro e do seu funesto assassínio. O retrato abaixo é uma foto do verdadeiro Wild Bill Hickok, figura à qual a literatura de cordel e o cinema 'made in Hollywood' deram consistência e estatuto de herói...

'TI' PUNCH

O 'Ti' Punch' é o pendente caribenho da Caipirinha. É um cocktail que, tal como a sua famosa prima brasileira, se prepara com rum branco, açúcar e sumo de lima. Só que, contrariamente à referida bebida continental, o 'Ti' Punch não é, tradicionalmente, servido com gelo. Eis aqui a receita, tal como é transmitida pelas gentes das Antilhas Francesas, nomeadamente da Martinica e da Guadalupe :

Colocar num copo pequeno e baixo 1 colher de chá de açúcar (mascavado, de preferência) ou, em sua substituição, uma dose equivalente de xarope de cana; juntar 1/4 de sumo de lima. Mexer bem com uma colher, até obter uma calda, à qual se juntam 5 cl de rum branco. Colocar no copo a casca (cortada em 2 ou 3 pedaços) da lima exprimida, misturar, de novo, e degustar. O chamado rum agrícola da Martinica confere a esta bebida um gosto e um cheiro originais. Mas à falta dele pode utilizar um rum da Jamaica ou até uma boa cachaça. Como podeis observar, a quantidade de álcool é diminuta. Porque isto é mesmo para desfrutar e não para estragar o dia.


NOTA
Toda a gente conhece os efeitos perniciosos -para a saúde pública e para a vida das famílias- do consumo exagerado de álcool. E ninguém ignora os custos -para a Segurança Social- que implicam os tratamentos e curas daqueles que se deixaram apanhar pelo vício do alcoolismo; que é um verdadeiro flagelo nas sociedades europeias, com particular relevo para a nossa. Tanto mais, que (porque razão ?) os portugueses entraram numa espiral em que se começa a beber cada vez mais cedo. É uma lástima ! Beber socialmente, de tempos a tempos, pode ser um prazer. Mas um prazer que todos nós temos de saber dosear e controlar, antes que aconteça o irremediável : a bebedeira, a grotesca bebedeira, que transforma os indivíduos em bonecos ridículos e, por vezes, até em criaturas más e perigosas. Chegar a esse ponto é expor-se ao juízo implacável dos outros e a vulnerabilidades que nos podem prejudicar (socialmente, mas não só) para o resto da vida. É como a droga. Não se meta nisso. Pense bem !

VELHOS TEMPOS...


Este veleiro de 4 mastros (que aparenta ser um lugre bacalhoeiro...) está a ser construído num estaleiro de Alburrica, no Barreiro. Reconheço, em segundo plano, o edifício das Oficinas Gerais dos Caminhos-de-Ferro, onde meu pai trabalhou (perto de uma década) nos anos 40 e 50 do passado século. A tradição de construir barcos e navios remonta (naquele concelho da beira Tejo) aos tempos áureos das Descobertas, quando se realizavam (ou aprimoravam), na velhinha Telha, as naus dos Gamas e de outros navegadores lusos que desvendaram os segredos de mares e oceanos. Esta fotografia deve datar, no entanto, de inícios do século XX, de uma altura em que havia ainda no Barreiro vários artesãos a construir navios. No esteiro da já citada Alburrica, mas também numa praia existente na actual rua Miguel Pais e noutras zonas ribeirinhas da industriosa localidade.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

CORSÁRIOS SOBRE O CANAL DE SUEZ

Esta ilustração mostra-nos dois Vought F4U-7 'Corsair' sobrevoando o canal de Suez. Estes caças-bombardeiros ostentam as insígnias da marinha de guerra francesa, que participou -com navios e aeronaves- nas operações levadas a cabo contra Nasser (presidente do Egipto), após a sua decisão unilateral de nacionalizar (a 26 de Julho de 1956) o estratégico canal que liga o Mediterrâneo ao mar Vermelho. No dia 5 de Novembro desse mesmo ano, mercê de uma acção militar conjunta, tropas franco-britânico-israelitas apoderam-se da zona do canal; que foram obrigadas a evacuar e a entregar ao Egipto um mês e meio mais tarde (a 22 de Dezembro), devido à pressão exercida pela opinião pública internacional e (sobretudo) à diplomacia desenvolvida pelo governo dos Estados Unidos. O Egipto comprometeu-se a reabrir o canal à navegação mundial, sem distinção de bandeira. O que fez em Abril do ano seguinte, depois de terem sido removidos os navios ali afundados durante a breve guerra que aqui evocamos. O canal de Suez voltou a fechar-se à navegação em 1967, durante a guerra israelo-árabe dos Seis Dias. Mas isso é já uma outra história...

RELÍQUIAS DO CINEMA NACIONAL

Já lá vão tantos anos, que não me lembro quando vi o filme «CAMÕES - ERROS MEUS, MÁ FORTUNA, AMOR ARDENTE» de Leitão de Barros (1946) pela última vez. Mas, de qualquer modo, foi na RTP há pelo menos cinco décadas. Também não recordo qual foi a minha reacção de jovem cinéfilo perante este clássico do nosso cinema... Revi-o ontem, graças a um DVD comprado (numa das lojas FNAC de Lisboa)  por uns míseros 5 euros. Fiquei agradavelmente surpreendido com a qualidade real e incontestável dessa película (que visionei com muito gosto) produzida por António Lopes Ribeiro e protagonizada (nos principais papéis) por António Vilar, José Amaro, Igrejas Caeiro, Paiva Raposo, Eunice Muñoz, Carmen Dolores, João Villaret, Vasco Santana e Assis Pacheco. «CAMÕES» conta-nos a vida aventurosa e errante dessa grande figura das nossas letras e os amores vividos ou recalcados do poeta. Desde os tempos da sua mocidade, em Coimbra, até à sua morte, que coincidiu -como é sabido- com a perda da independência de Portugal a favor dos Filipes. Esta evocação (romanceada, é certo) passa, naturalmente, pela corte (onde o vate só teve dissabores) e pelos seus desterros ultramarinos, onde ele recolheu -certamente- matéria para produzir um dos mais importantes e mais belos poemas épicos jamais escritos : «Os Lusíadas». Aplaudida e premiada no nosso país, esta película foi apresentada no 1º Festival de Cannes em versão original integral. E agora ponho-me a pensar : com o dinheiro e os meios técnicos de que já, nessa época, dispunham os senhores de Hollywood, que monumental filme não teria sido feito com esta matéria. Talvez um dia...

domingo, 21 de agosto de 2016

VÊM AÍ AS VIDIMAS

Já estamos praticamente em fins de Agosto e o tempo das vindimas aproxima-se a passos largos. Na minha terra, alguns pequenos produtores de vinho não têm uvas... Pelo facto das ditas se terem estragado com as intensas e inesperadas chuvadas e ventanias que precederam o Verão. Não estou preocupado com isso; porque Portugal -que é um dos grandes produtores de vinho do mundo- tem reservas suficientes para estancar a sede de todos os beberrões deste país. E não só. Vêm aí as vindimas; porque qualquer coisa ficou ainda nas parreiras, para ser transformada no néctar do deus Baco. Pelo método já algo folclórico da pisa ou por meio de maquinaria moderna; que é menos espectacular (porque não mete concertinas, nem cantorio), mas que é muito mais rápido e, agora, muito mais corrente.

BONECOS DE ROSA RAMALHO

Estes curiosos bonecos fazem parte do espólio deixado por Rosa Ramalho (1888-1977), a famosa e consagrada artesã barrista barcelense. Dividida entre o sagrado e o profano, a obra 'naïve' de Rosa Ramalho distingue-se -pelo seu pioneirismo e pela sua originalidade- da dos demais parceiros de profissão e foi reconhecida (antes da sua morte) pelas autoridades estatais e pelo mundo (oficial) das artes. Os seus bonecos estão espalhados por diversos museus de olaria (inclusivamente por um que lhe foi consagrado na sua terra) e por colecções particulares. A municipalidade de Barcelos deu o seu a uma das ruas da cidade.


Retrato de Rosa Ramalho da autoria de Eduardo Gageiro