Muito pouca coisa se sabe sobre Mathieu da Costa (ou Mateus da Costa) que surgiu no Canadá em inícios do século XVII (em 1604). Do que se tem, porém, a certeza é que este homem, de origens obscuras, quase misteriosas, foi o primeiro negro (ou creoulo) a deixar a sua marca na História daquele grande país da América do norte. Daí ter sido homenageado num recente selo dos correios canadianos. Sabe-se também que falava português (presumindo-se, assim, que fosse natural de uma das nossas antigas colónias africanas), para além de outras línguas, como o francês. Foi nessas condições que ele se comprometeu a trabalhar -como intérprete- para um nobre protestante de La Rochelle, Pierre du Gua, sieur des Monts, nos contactos negociais que este manteve com algumas nações ameríndias do Novo Mundo. O que também deixa supor que terá aprendido a falar, pelo menos, um dos dialectos dos nativos. Outro episódio marcante da sua vida, foi o facto de DaCosta (como igualmente escrevem o seu nome) ter sido sequestrado, nas costas orientais do Canadá, pela tripulação do navio holandês «Witte Leeuw», colocado, então, sob o comando de Hendrik Cornelius Long. Navio que o desembarcou em Amesterdão em 1608. Há também registo de que, no ano de 1609, ter sido preso em Ruão (França), por não ter «honrado compromissos». Acontecimento que, segundo documentos sobre o caso constituiu «uma insolência do referido negro». Enfim, à luz da História, pouco se conhece desta figura, que continua a ser estudada no Canadá; até porque -como já acima se disse- é Mathieu da Costa a primeira referência de um negro a pisar solo daquela nação da América setentrional. Que, hoje, tem uma comunidade numerosa de afro-americanos.
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