O mundo está, quanto a mim, cada vez mais perigoso. Talvez pelo facto de não termos, a nível planetário, líderes capazes e com vontade de resolver os gravíssimos problemas que se nos apresentam e que é necessário gerir com cabeça fria, com calma. As ameaças de natureza climática acentuam-se, mas a luta contra a poluição atmosférica e contra o aquecimento global sofreu um rude golpe com a precipitada saída dos EUA do Tratado de Paris. A ONU não consegue resolver (pelo facto das nações que a compõem, especialmente as grandes potências, lhe retiraram autoridade e poder) a questão das guerras, que se multiplicam e perduram. E que são geradoras de miséria, de fome, de perda de dignidade para milhões de homens, de mulheres e de crianças. Agora, neste momento, a Humanidade assiste, estupefacta e receosa, à troca de ameaças protagonizada pelos presidentes Tramp e Kim Jong-un. Situação que, no pior dos cenários possíveis, poderá descambar numa guerra entre potências dotadas de temíveis arsenais nucleares, com as desastrosas (perdoai o eufemismo) consequências que daí poderão advir para todos. Meus senhores, o mundo está farto de conflitos e de sofrimento. Parem, uma vez por todas, com o duelo de orgulhos que travam à custa do medo que inspiram e que, vós os poderosos, vaidosa e inconscientemente cultivam. Olhem bem para esta fotografia(*) e pensem no futuro dos meninos do nosso tempo, nos nossos filhos, nos nossos netos; que têm, todos eles, o direito de viver numa Terra melhor. Numa Terra sem conflitos e limpa. Para tanto, é indispensável que os grandes deste mundo se entendam. Até porque é essa a sua obrigação moral.
(*) Esta fotografia foi tirada em Leninegrado (a actual cidade russa de São Petersburgo) nos anos 40 do passado século. Provavelmente em 1942. As crianças têm estampadas nos olhos o medo de mais um temível bombardeamento aéreo, perpetrado pela aviação hitleriana. A igual cenário se assistiu em Berlim ou Bremen, antes dos ataques dos Aliados; ou em Malta, ou em Coventry, ou em Caen, ou em tantas outras cidades e territórios devastados pela guerra... Seria, pois, bom que aqueles a quem foi dado o poder para recomeçar o impensável olhem para 'isto' e reflictam. Sob pena de passarem à História como os ignóbeis carrascos das novas gerações.
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