Samuel Cunard (1787-1865) era descendente de uma família que, aquando da Guerra da Independência dos Estados Unidos, jurou fidelidade ao rei de Inglaterra e se instalou no Canadá, em Halifax. Cidade onde o jovem e empreendedor Samuel prosperou nos negócios. Combateu -com o posto de capitão- na guerra anglo-americana de 1812, voltando depois aos negócios, em cujo universo granjeou a reputação de homem probo e empreendedor. Depois, partiu para o Reino Unido, onde foi co-fundador de uma casa armadora de navios, que se tornou, durante muitas décadas, a 'rainha' do transporte de passageiros entre a Europa e a América do norte. Essa companhia que, ainda hoje, se chama Cunard Line (e que está, agora, incorporada na Carnival Corporation) distinguiu-se pela rapidez, segurança e luxo que, ao longo dos tempos, ofereceu às largas dezenas de milhar de pessoas que transportou entre as duas margens do Atlântico. Mas não só, já que a Cunard (em nome próprio ou de sucursais criadas para o efeito) também se dedicou a organizar cruzeiros marítimos a outras regiões do globo. Alguns dos navios da sua prestigiosa frota ainda permanecem na memória das pessoas da minha idade. Mesmo na daquelas (sobretudo nessas) que nunca tiveram o ensejo e/ou a sorte de viajar no «Queen Mary», no «Queen Elizabeth» ou em qualquer outro famoso paquete transatlântico ostentando as suas cores. Samuel Cunard, que, em 1859, foi feito barão pela rainha Vitória, deixou na história dos transportes marítimos (mas não só) uma imagem sem par. A tal ponto que lhe foi erguida uma estátua na sua cidade-natal de Halifax e de o Museu Marítimo do Atlântico (com sede na mesma cidade canadiana) ter consagrado (em parte substancial do 2º andar) uma sala que lhe é exclusivamente dedicada; a si e à sua duradoira companhia de navegação. Também a administração postal do Canadá emitiu o selo que ilustra o topo deste articuleto.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário