O Conselho Internacional para a Exploração do Mar advertiu a Comunidade Europeia sobre a drástica redução das reservas de sardinhas no Atlântico. Isso, devido à prática da pesca intensiva, que é, sobretudo, praticada ao largo das suas costas pelas nações ibéricas. E aconselha Portugal (e os outros captores) a interromper a sua actividade nesse sector -durante um período de 15 anos- para que se volte aos 'stoks' de 1993. A 'coisa' está, naturalmente, a provocar grande alarido no nosso país, onde não há festa nem festinha de Verão em que não se devorem toneladas e toneladas destes clupeídos. E a cuja família também pertencem os arenques e as savelhas, tão desprezados por cá. Aliás a relação dos Portugueses com as sardinhas é uma história de amor de longa data, que também teve um ciclo intenso, nos tempos áureos da nossa indústria conserveira; que privilegiou (a par do atum) o enlatamento destes peixinhos. Ora, como o conselho dado (apoiado pela C. E.) não é vinculativo, as nossas autoridades farão o que muito bem entenderem, desde que respeitem as quotas. Veremos se o bom senso vai prevalecer ou se se irá praticar uma política de pilhagem, que privará os nossos netos e bisnetos de viverem a convivial experiência das sardinhadas e do copo de vinho... Outra coisa : segundo o INE (Institudo Nacional de Estatística), a pesca da sardinha deu, em 2016, trabalho a menos de 2 000 pessoas no nosso país, mas gerou benefícios de 28 milhões de euros. Ora, como nós todos sabemos que não foram os pescadores e respectivas famílias que lucraram com esses milhões, é fácil acredidat haver um 'lobby' que faça finca pé para que o regabofe continue. Até ao fim (definitivo) da macacada e... da tradicional sardinha assada (com ou sem pimentos) e da petinga frita de escabeche (com ou sem arroz de feijão).
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