De planta circular, o castelo de Arraiolos é -pela sua forma- um dos mais originais do nosso país. Coroando o chamado monte de São Pedro, a fortaleza foi erguida no reinado de D. Dinis, sendo dada a sua construção como acabada em 1310, ano em que a vila também recebeu Carta de Foral do mesmo soberano. Em 1367, vila e castelo foram doados a D. Nuno Álvares Pereira, fronteiro do Alentejo e condestável dos exércitos de Portugal, E que, entre outros títulos, também tinha recebido o de conde de Arraiolos. Embora tivesse sido habitada durante todo o século XVI, a fortaleza começou a ser desprezada na centúria seguinte. Mas, aquando da Restauração da independência, em 1640, ainda recebeu melhoramentos, devido à guerra com Espanha e à sua posição estratégica na defesa da região transtagana. Passado o perigo, foi abandonado e as suas muralhas começaram a degradar-se; sofreu o golpe de misericórdia por ocasião do violento terramoto de 1755; que, contrariamente ao que muitos pensam, também causou estragos importantes longe de Lisboa. Curiosamente (ou talvez não), em 1833, o seu Pátio de Armas foi transformado em cemitério, onde foram enterradas muitas vítimas da 'Colera morbus', que assolou a região. Em 1910, com o evento da República, o castelo de Arraiolos foi (como tantos outros edifícios históricos) classificado Monumento Nacional e, entre 1959 e 1963, pôde ser restaurado pelos serviços da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Esta fortaleza é de visita obrigatória para quem passa pela bonita vila alentejana de Arraiolos (no distrito de Évora), que também tem nos seus célebres e valiosos tapetes, nos seus barros artesanais, na sua gastronomia e nos seus vinhos outros atractivos de peso.
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