quarta-feira, 14 de julho de 2010

A MORTE DE CLEÓPATRA, RAINHA DO EGIPTO


Guido Cagnacci, pintor italiano do século XVII, foi um dos artistas que contribuíu, com esta sua tela, para perpetuar a aldrabice

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Toda a minha vida li, ou ouvi dizer, que a amante de Marco António pôs termo à vida de uma maneira insólita e romanesca : submetendo-se à mordedura venenosa de uma víbora. Ora, isso é agora posto em questão por um pesquizador da universidade (alemã) de Trier, que chegou à conclusão de que a causa da morte de Cleópatra está ligada à ingestão de peçonha, ou melhor de uma mistura de venenos. Segundo a teoria do professor Christoph Schaefer (que, durante anos, queimou as pestanas na consulta de documentos antigos), a morte por mordeduras de cobra teria sido lenta, horrível e teria deixado marcas visíveis, que não são referidas pelos relatos e escritos do tempo. O que esses testemunhos dizem é que a rainha «teve uma morte calma e sem dor». Para reforçar as afirmações de 'herr doctor' Schaefer, foi consultado um toxicólogo (também ele alemão) de nome Dietrich Mebs, que até estabeleceu a composição da mistura letal ingerida por Cleópatra; que continha cicuta, acônito e ópio. Eu até acredito nisto. Acho, no entanto, é que a primeira hipótese era mais teatral, muito mais espectacular. Agora, lá vai ter de aparecer alguém para lançar mãos à obra e desfazer aquilo que J. Gordon Edwards, Cecil B. DeMille e Joseph L. Mankiewicz (entre outros) fizeram naqueles filmes que toda a gente viu

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Estes são os três mais famosos filmes realizados em homenagem a Cleópatra, rainha do Egipto :


o de J. Gordon Edwards (1917), com Theda Bara


o de Cecil B. DeMille (1934), com Claudette Colbert


o de Joseph . Mankiewiz (1963), com Elizabeth Taylor


Esta víbora aldrabona (da espécie 'vipera aspis') acabará, num futuro próximo, por ser banida dos livros de História. Bem feito !

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