segunda-feira, 5 de junho de 2017

LEMBRANDO A BATALHA DE TRANCOSO


A batalha de Trancoso terá sido disputada (e vencida pelos Portugueses) no dia 29 de Maio de 1385. É pelo menos essa data a avançada por alguns historiadores e a escolhida para celebrar o feriado municipal daquela vila da Beira Alta. O embate armado decorreu nos tempos da crise dinástica que acabaria por levar à vitória do mestre de Avis e à sua coroação com o nome de D. João I. Nesse tempo, aquando da invasão de Portugal pelos castelhanos, parte do exército estrangeiro entrou no país por Almeida. E nessa sua incursão pilhou os arrabaldes de Trancoso, antes de se dirigir para a cidade aberta de Viseu, que saqueou e incendiou. No regresso dessa tropa a Castela, pelo mesmo caminho, esperava-a as hostes arregimentadas pelos alcaides de Trancoso, Gonçalo Vasques Coutinho, de Linhares, Martim Vasques da Cunha, e de Celorico, João Fernandes Pacheco. A vitória lusa foi indiscutível e os despojos do saque de Viseu foram recuperados, assim como foram libertados alguns cativos feitos pelo inimigo durante essa campanha. Em memória desse acontecimento, os Portugueses mandaram erigir uma igrejinha no sítio chamado Alto da Capela; que, em represália, foi mandada destruir, posteriormente, por João I de Castela, que, um mês mais tarde, por ali passou a caminho de... Aljubarrota. Onde seria definitivamente vencido pelo exército colocado pelo Mestre às ordens do Condestável Nuno Álvares Pereira. Pretende uma tradição antiga, que São Marcos (a quem foi consagrada a capela acima referida (e mais tarde reconstruida) terá aparecido milagrosamente -e participado- na batalha de Trancoso- influenciando a vitória dos nossos. Mas isso é, obviamente, lenda.

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