sexta-feira, 29 de setembro de 2017

HOMENAGEM A PEDRO TEIXEIRA

Estas tropas de elite do exército brasileiro pertencem ao 2º Batalhão de Infantaria de Selva e foram investidas na missão de defender a Amazónia. Território sensível da mais vasta nação de toda a América Latina (e também do hemisfério sul) e o quinto país mais extenso do mundo. Esta unidade é também conhecida pelo nome de Batalhão Pedro Teixeira (outra das suas designações oficiais), em homenagem ao capitão-mor do mesmo nome; um militar português, natural de Cantanhede, que chegou ao Brasil em 1607 e por lá serviu e por lá morreu. Pedro Teixeira ilustrou-se, muito particularmente, na luta contra os Franceses e Holandeses (que chegaram a ocupar o norte do Brasil, aquando da União Ibérica) e, sobretudo, por ter chefiado a mais importante expedição que alguma vez explorou territórios amazónicos. A dita viagem, que o levou até Quito (no actual Equador, mas, ao tempo, integrada no vice-reino do Peru) à cabeça de uma coluna de mais de 2 500 elementos -essencialmente índios- durou dois anos e percorreu mais de 10 000 quilómetros de rios, trilhas e floresta nunca antes desbravados. Foi Teixeira quem praticamente desenhou as fronteiras do Oeste brasileiro, contribuindo, assim, para dar (como, aliás, o movimento bandeirante) a esse país-irmão a sua dimensão continental. Pedro Teixeira foi nomeado Capitão-Mor do Grão Pará e recebeu (por serviços prestados) o título de marquês de Aquella Branca. Faleceu a 6 de Janeiro de 1641 na cidade de Belém (do Pará), onde foi solenemente sepultado. É pena que os Portugueses continuem a ignorar este grande homem, este construtor de impérios. Ou, pelo menos, não o conheçam tão bem como os brasileiros. Sobretudo os da região do Amazonas.


Estátua de Pedro Teixeira na sua terra-natal : Cantanhede.

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