Esta personagem (imagem de topo) é um aguadeiro da cidade do Porto de finais do século XIX/inícios da centúria seguinte; que tal como os seus camaradas de profissão da capital portuguesa eram, em grande parte, galegos. Trabalhadores esforçados, eles carregavam água nas fontes públicas -em barris e outro vasilhame apropriado- para a entregar no domicílio da sua clientela. Gente poupada, muitos desses aguadeiros galegos acabaram por investir as suas economias em comércios, que souberam fazer florescer. A sua descendência (ou pelo menos parte dela) fundiu-se na população portuguesa; com a qual, como é sabido, tinha inúmeras afinidades culturais, entre as quais a do idioma. Já que o galego é, indubitavelmente, a mãe da língua que, hoje, todos nós falamos.
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