quarta-feira, 13 de setembro de 2017

JUVENTUDE INQUIETA


Segundo notícias difundidas pela imprensa de hoje (algumas com base em informações da OCDE), a situação dos jovens portugueses com idades compreendidas entre os 15 e os 29 anos(*) continua a ser muito preocupante. Sendo que o número desses jovens, que não estudam nem trabalham, passou -desde o ano 2000- de uma taxa de 11% para 20,8%, em 2016. Sabe-se, igualmente, que 1/3 desses jovens saíram das escolas sem concluir os estudos de ensino secundário. Facto que continua a distanciar-nos -a nível educacional- da maioria dos nossos parceiros da Europa comunitária. Dizem ainda os jornais, que o actual governo quer apostar no ensino técnico-profissional para «melhorar o sucesso no secundário». A pergunta que me ocorre é a seguinte : -Mas ainda andamos nisto ? Valha-nos Santo Eucarário !

(*) Hoje ainda se chamam jovens a pessoas em véspera de atingir a casa dos 30 anos de idade. Isto surpreende-me, pela simples razão de eu ter começado a trabalhar com uns 15/16 anos e de, com 29, já ser casado, pai de duas meninas e de assumir plenamente as minhas responsabilidades profissionais e familiares. Pergunto : -Quando é que se começa a ser adulto neste país ?
Referentemente à situação apresentada, quero dizer que me solidarizo com todos aqueles a quem foram negadas oportunidade. E que incito todos os jovens (esses e os outros) a prosseguirem os estudos interrompidos, porque os diplomas acabarão por servir-lhes num próximo futuro. Tenho três netos e netas e não é por acaso que só aquela que concluiu os seus estudos universitários tem hoje um emprego estável.
Tradução do cartaz que ilustra este texto : «Uma juventude que o futuro inquieta demasiadas vezes». E que, juntarei eu, merece melhor sorte.

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