sexta-feira, 28 de outubro de 2011
A MALA-POSTA
E a mala-posta ia indo, indo
O luar, cada vez mais lindo,
Caía em lágrimas - e, enfim,
Tão pontual, às onze e meia,
Entrava, soberba, na aldeia,
Cheia de guizos, tlim, tlim, tlim !
Lá vejo ainda a nossa casa
Toda de luz, cor de brasa,
Altiva, entre árvores, tão só !
Lá se abrem os portões gradeados,
Lá vêm como velas os criados,
Lá vem, sorrindo, a minha avó.
(António Nobre)
Já tinha anoitecido quando a diligência, com as lanternas acesas, entrou na ponte, ao trote esgalgado dos seus magros cavalos brancos, e veio parar ao pé do chafariz.
(Eça de Queirós)
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