quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

HOMENAGEM A UM PIONEIRO : MÉLIÈS


Fez ontem 138 anos que nasceu em Paris (França) um certo Georges Méliès; que, depois de ter feito uma carreira de ilusionista, se entregou de corpo e alma ao cinema. Isto, depois de ter assistido em 1895 -na sua sala de espectáculos Robert-Houdin- à apresentação da invenção dos irmãos Lumière e de ter visto algumas fitas reproduzindo cenas da vida quotidiana de pessoas comuns.
Méliès (que acabaria por realizar várias centenas de filmes) foi o primeiro a ter a ideia de construir um estúdio (em Montreuil), para aí produzir -com uma equipa de actores e de técnicos- as primeiras ficções. Algumas delas inspiradas da História ou de romances de sucesso. O seu primeiro grande êxito popular foi, sem dúvida, uma adaptação do livro «A Viagem à Lua», de Júlio Verne. Por sorte, esse filme sobreviveu às agruras do tempo e, hoje, já com mais de 100 anos, ainda pode ser admirado por todos os cinéfilos. Trechos suficientemente longos e elucidativos do génio de Méliès (sobretudo no domínio dos efeitos especiais) estão, aliás à disposição dos curiosos ou dos estudiosos no ‘you tube’.
Foi, pois, Georges Méliès quem transformou o cinema, fazendo de uma curiosidade científica (e sem futuro, como o chegaram a afirmar os seus inventores) uma arte e uma indústria. Aqui fica a minha homenagem ao pioneiro.


Cena do filme «A Viagen à Lua», de 1902. Além dos seus famosos efeitos especiais, Méliès também introduziu no cinema as beldades em trajes menores, como aqui se pode observar. Atractivo suplementar, sobretudo para os cavalheiros


Espectacular chegada à Lua do obus verniano, disparado por gigantesco canhão. Os cosmonautas de Méliès viajaram para o reino dos Selenitas em fraque, cartola e... chapéus de chuva !!!


Uma colectânea de filmes de Georges Méliès, o pioneiro, foi editada este ano, em França. Trata-se, naturalmente, de um tesouro, indispensável a todos os estudiosos da História do Cinema. E não só...


Ciente da importância histórica desta grande figura, a administração postal francesa consagrou um selo a Méliès em 1961, ano do centenário do seu nascimento

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