quinta-feira, 26 de novembro de 2009

VERDES ESMERALDAS


(...)
Verdes, os astros no alto abrem-se em verdes chamas;
Verdes, na verde mata, embalançam-se as ramas;
E flores verdes no ar brandamente se movem;
Chispam verdes fuzis riscando o céu sombrio;
Em esmeraldas flui a água do verde rio,
E do céu, todo verde, as esmeraldas chovem...

(de «O Caçador de Esmeraldas», Olavo Bilac)


ESMERALDAS E CRENÇAS

A esmeralda sempre exerceu um extraordinário fascínio sobre o ser humano. A tal ponto, que o homem começou, desde muito cedo, a atribuir-lhe virtudes, tais como a de proteger o seu possuidor contra a fatalidade e de lhe conferir dignidade, magnanimidade, tacto, eloquência e perspicácia. Segundo a mesma antiga crença, os generais em campanha tinham interesse em não se separar dessa preciosa pedra, já que a esmeralda os protegia de pérfidas emboscadas e, infalivelmente, lhes assegurava a vitória nos campos de batalha.
Oferecida como prenda de casamento, a preciosidade verde conferia àqueles que a recebiam a perenidade do amor juvenil. E em matéria de saúde, a esmeralda constituía a parada segura contra ataques de epilepsia, além de curar os males do sistema ocular.
No Egipto dos faraós, a esmeralda estava associada ao culto de Ísis, a deusa da fecundidade e suprema protectora do lar. Por essa razão, os sacerdotes encorajavam as mulheres grávidas (e ricas, obviamente) a usar um amuleto feito com essa maravilhosa pedra e a colocá-la, depois do parto, no berço dos recém-nascidos.
Hernando Cortez, o conquistador do império Asteca, fez referência a uma enorme esmeralda existente num tribunal do México, pedra que, segundo os indígenas, tinha a faculdade de ajudar a determinar o grau de culpabilidade dos suspeitos em instâncias de julgamento. Nem mais, nem menos !...


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