domingo, 15 de novembro de 2009

HORÁCIO HORNBLOWER, OUTRO HERÓI DA MINHA INFÂNCIA


A meninice e a adolescência são tempos para se adoptar heróis, para se inventarem mitos. Eu não escapei a essa fase –tão nostálgica da minha vida- e também vibrei com figuras deslumbrantes, que, quase sempre, fui buscar às páginas dos fascículos de banda desenhada e às dos livros para a juventude («O Mosquito», «O Mundo de Aventuras», «Cavaleiro Andante», colecção Emílio Salgari e outros) e aos filmes de produção variada, mas sobretudo de origem hollywoodiana, que eu via -com muita frequência- nos cinemas do meu bairro. Um desses heróis sem medo e sem mácula era um oficial da marinha de guerra britânica apelidado Hornblower. Cuja carreira e aventuras eu segui (como muitos milhões de outros jovens), a bordo dos navios de linha de Sua Majestade, desde os seus tempos de simples aspirante a oficial, até à sua maturidade, quando recebeu o título de Par do Reino e os galões de almirante da ‘Royal Navy’. O quadro dessas aventuras guerreiras era o vasto oceano e os inimigos a levar de vencida eram os navios das armadas de Espanha e de França, numa altura em que o temível Napoleão Bonaparte pretendia subjugar a Europa inteira.
As aventuras de Horácio Hornblower -personagem inspirada, indubitavelmente, pela vida e carreira de lorde Nelson- foram contadas numa dezena de livros da autoria do escritor britânico C. S. Forester, que (como muito pouca gente se recorda) também escreveu o ‘best-seller’ «A Rainha Africana», obra transposta com grande sucesso para o cinema pelo cineasta John Huston.
No que a Hornblower diz respeito, recordo que as aventuras deste herói foram alvo de várias adaptações fílmicas e televisivas. A mais célebre de todas elas é, sem dúvida, a película «Epopeia nos Mares», realizada em 1951 por Raoul Walsh, com Gregory Peck a representar o papel do intrépido oficial. Para homenagear este singular senhor dos mares, aqui deixo algumas recordações : a reprodução da capa de um livrinho publicado nos Estados Unidos em 1938 (lembrando que a figura de Hornblower fora criada no ano anterior) e a ilustração de dois cartazes de cinema publicitando a já citada fita de Walsh, que na sua versão original se intitula «Captain Horatio Hornblower».



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