terça-feira, 9 de março de 2010

NEM O COMPUTADOR LHE VALE


Principal protagonista de uma epopeia sem igual -a viagem pioneira da circum-navegação terrestre- Fernão de Magalhães é, por cá, pouco mais do que um ilustre desconhecido. Talvez por ter servido,com humildade, valentia e glória, os soberanos de um país estrangeiro, nunca teve, por exemplo, a honra de ver figurar o seu nome na amurada de um grande navio de guerra da nossa Armada. Instituição que concedeu essa honra a navegadores infinitamente menos importantes e menos valorosos do que este insigne transmontano, considerado lá fora (a justo título) como o maior explorador marítimo de todos os tempos. No Chile, esta grande figura do Renascimento tem o estatuto de herói nacional e a sua memória está perpetuada em mais estátuas e nomes de ruas e de praças do que aquelas que jamais lhe foram dedicadas na sua própria pátria. O seu nome foi dado a pontos geográficos (províncias, localidades, baías, estreitos), a um sítio lunar, a uma nebulosa, a espécies animais e vegetais, etc. Sempre por sugestão de estrangeiros, que viram nesta figura universal a importância que os seus compatriotas ainda hoje não exergam, nem promovem. Que pena… Aqui fica a nossa homenagem ao grande capitão Fernão de Magalhães (1480-1521), português de Sabrosa, padrinho de baptismo da Patagónia e do oceano Pacífico e um dos mais ilustres varões da História de Portugal.


A nau «Victoria» foi o único navio sobrevivente da famosa viagem à volta da Terra empreendida pelo nosso ilustre compatriota


Na extremidade sul do continente americano, Fernão de Magalhães encontrou uma passagem entre o Atlântico e o 'Grande Mar del Sur', que ele baptizou com o nome de oceano Pacífico...

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