Foi por mero acaso que, um dia (já lá vão muitos anos...), entrei no restaurante 'A Estalagem', em Arronches. Desde então, visito com alguma regularidade(*) essa casa onde entro agora com a certeza de bem comer. Com a certeza de degustar uma cozinha alentejana tradicional e (bem) confecionada com os excelentes produtos da terra transtagana. Confesso que, em 'A Estalagem', tenho um fraquinho pelos Pezinhos de Coentrada; que, apesar de serem propostos como entrada, são, muitas das vezes, o meu prato de consistência. Isso, não desfazendo no famoso e delicioso lacão da casa (um pernil de porco que, depois de cozido, vai ao forno) e nas outras iguarias da sua bem fornecida ementa. Mas, voltando à vaca fria, ou melhor dizendo, aos Pezinhos de Coentrada, juro que nunca comi nenhuns melhores; embora tenha experimentado (por recomendação de amigos) outros confecionados em bons restaurantes espalhados por todo o Norte Alentejano. Não vale a pena, não há mais deleitosos do que aqueles que se saboreiam nesta casa de Arronches. Quero dizer ainda, que a carta é rica de outros pitéus e que os vinhos disponíveis são todos de grande qualidade, com especial menção para os da Serra de São Mamede (ali ao lado), que são ímpares. Tenho nos vinhos da Casa da Urra (colhidos e produzidos numa aldeia vizinha) a minha referência maior; que se construíu na base do conceito qualidade/preço; que, neste caso, é excelente. Outra virtude do supracitado restaurante é, sem dúvida, a maneira supersimpática com que a clientela é nele recebido pelo patrão e pelo pessoal da sala; que é eficaz e discreto. Isto dito, se quiser experimentar é só lá ir (salvo às segundas-feiras, que é o dia de fecho semanal) e deliciar-se. Eu aconselho. Porque se tivesse que definir este restaurante (e o conteúdo do seu cardápio), diria que é simples, sápido e sensato (a nível de preços).
(*) Essa regularidade foi quebrada pela crise, que nos foi imposta com a violência que se conhece. Crise que tem, nestes últimos tempos, reduzido as minhas visitas a esse e a outros restaurantes (mas não só a esse tipo de estabelecimentos) que nos proporcionam prazer. Esperemos por melhores dias, que -com a prometida redução do IVA da restauração- talvez nos permita lá voltar mais vezes. Quien sabe ?
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