sexta-feira, 26 de outubro de 2012
'SHASTA DAYLIGHT'
O comboio especial «Shasta Daylight» foi utilizado pela companhia de caminhos-de-ferro Southern Pacific (a famosa 'Espee') entre 1949 e finais dos anos 50. Era um comboio de luxo, que ligava Oakland (perto de San Francisco, Califórnia) a Portland, no estado do Oregon. Este comboio percorria uma distância de 1 147 km em 15 h 30, através de uma das regiões mais bonitas do Oeste americano. As suas carruagens panorâmicas ofereciam aos turistas (este comboio só estava operacional durante os meses de Verão) paisagens de uma beleza estonteante. Daí o seu sucesso; que começou a declinar quando o preço dos bilhetes de avião baixaram de maneira substancial. Resta a memória de uma linha quase mítica, percorrida por um comboio que proporcionava um serviço exemplar; nomeadamente no que respeitava o conforto e a qualidade das refeições servidas a bordo Carruagem-restaurante do «Shasta Daylight» Cartaz publicitário dos anos 50 do século XX
FRUGAL E APETECÍVEL !
Apetecível ! -Com mais produtos da horta (favas, cebolas, coentros e azeite) do que de origem animal (uns finos pedacitos de 'bacon'), este petisco é consistente e saboroso quanto baste. Com o qual fazer uma simples e óptima refeição, a condizer com estes tempos tristes, de chuva e de ventania. Que já anunciam o Inverno... Um conselho : dê uma ligeira fervura nas favas (sem casca), antes de as passar pela frigideira. Com um fiozinho de azeite extra vírgem
«FOR GREATER GLORY»
Estes documentos (cartaz + foto) parecem material promocional para mais um western. Mas não são. O filme ao qual fazem propaganda intitula-se «For Greater Glory» e não pertence à categoria de fitas acima mencionada. Ainda sem título em Portugal, esta película foi realizada por Dean Wright (em 2012) e evoca um episódio doloroso da História do México : a chamada Guerra Cristera. Que colocou, frente a frente, as autoridades federais desse país contra uma facção da igreja católica local. A acção decorre nos anos 20 do século passado e as principais personagens do filme foram protagonizadas por Andy Garcia, Eva Longoria, Eduardo Verástegui e Peter O'Toole. Trata-se de uma grande produção (com distribuição a cargo da 20th Century-Fox), que custou muitos milhões de dólares e que tem a duração de 143 minutos. Não sei quando será estreada em Portugal, mas, depois de ter visto o 'trailler' na Internet, confesso que aguardo este filme com grande expectativa. Embora já tenha lido críticas que o dão como pouco fiel à verdade dos factos...
PODEROSO USS «IOWA» !
Estas impressionantes fotografias mostram o momento preciso em que o agora desactivado couraçado USS «Iowa» faz fogo com os seus nove gigantescos canhões de 406 mm. O «Iowa» foi -a par dos seus gémeos «New Jersey», «Missouri» e «Wisconsin»- um dos mais mais poderosos navios de toda a História Naval. Quando foi construído, em inícios da década de 40 (do século passado, obviamente), este navio deslocava mais de 57 000 toneladas e estava equipado com uma panóplia de armas impressionante. Hoje, está desactivado; e, com o estatuto de navio-museu, pode ser visitado num dos cais do porto de Los Angeles. Para saber algo mais sobre este poderoso vaso de guerra do passado e sobre mais de 1 000 outros navios (grandes e pequenos, civis e militares), basta consultar ALERNAVIOS, o meu outro blogue
sábado, 6 de outubro de 2012
IMAGENS DO MEU PASSADO : A PONTE DO SEIXAL
Este postal ilustrado da década dos 50 (do passado século) mostra a desaparecida ponte ferroviária do Seixal, situada -junto ao Barreiro- no confluente dos rios Coina e Tejo. A parte móvel permitia a passagem dos navios de porte médio, que demandavam a seca de bacalhau da empresa Bensaúde e, mais tarde, o porto privativo da (também ela extinta) Siderurgia Nacional. A imagem é da autoria do artista camarro Augusto Cabrita, que através da RTP -onde trabalhou muitos anos- ganhou projecção nacional e até internacional. A ele se ficou a dever, por exemplo, a fotografia de «Belarmino», o excelente documentário de Fernando Lopes (1964), inspirado pela vida do pugilista Belarmino Fragoso
XIII
Já me chegou às mãos a versão francesa do álbum nº 20 de «XIII», a famosa banda desenhada criada por William Vance e por Jean Van Hamme. Mas que é, actualmente, realizada por I. Jigounov e por Y. Sente. Trata-se de «Le Jour du Mayflower», que tem a qualidade de sempre. Aguardo o próximo número desta excelente série, que será publicado já em Novembro do ano em curso
FENÍCIOS
Os Fenícios (cujo território se estendia pelas costas da actual Síria e do Líbano de hoje) foi um dos povos mediterrânicos da Antiguidade mais industriosos e mais evoluídos. Trabalhavam o bronze, a prata e o estanho, fabricavam objectos em vidro, negociavam vinhos e cereais. Para colocarem esses produtos em todas as regiões da bacia mediterrânica, este povo extraordinário (que inventou o seu próprio alfabeto e cunhou a sua própria moeda) desenvolveu uma sólida indústria de construção naval. Os seus navios percorreram o futuro 'Mare Nostrum' dos Romanos em todas as direcções e os seus comerciantes fundaram entrepostos (futuras cidades) em todas as costas do Mediterrâneo. E até para lá desse vasto espaço geogáfico, pois certos eruditos atribuiem aos Fenícios a origem de cidades como Cádiz, Huelva ou Lisboa. Diz-se, também, que navegaram para o sul do agora chamado estreito de Gibraltar e que atingiram as ilhas de Cabo Verde...
Moeda de 10 Euros usada em Malta. Esta ilha foi uma das bases estratégicas dos Fenícios; que dali expandiram a sua influência comercial
Mapa materializando as viagens dos Fenícios no mar Mediterrâneo, seu campo de acção privilegiado
GENTE DA AMAZÓNIA
Brasil : chefes indígenas da Amazónia. Perante a cobiça desmedida dos industriais e de outros grupos económicos (tanto nacionais como estrangeiros), que devastam o território desta região sul-americana, ímpar pela biodiversidade que encerra e verdadeiro e imprescindível pulmão do planeta, estes homens lutam. Lutam pela preservação do seu 'habitat' e pela dignidade que, naturalmente, é devida àqueles que, de memória de homem, sempre viveram nas selvas brasileiras...
...e lutam, também, para garantir aos seus filhos o direito de se deixarem assimilar (se assim o entenderem) pela civilização do homem branco ou de continuarem a viver em paz, nos seus territórios ancestrais, segundo a tradição herdada dos seus avós. Depois de séculos de perseguições e de esbulhos, a Humanidade deve justiça aos primeiros povos amazónicos
A ESSÊNCIA DOS NOSSOS POETAS
ARRÁBIDA
Os olhos meus dali dependurados
Perguntam ao mar, às plantas, aos penedos
Como, quando, por quem foram criados.
O livre passarinho, que voava,
Cantando para o céu deixando a tera,
Da terra para o céu me encaminhava.
(Frei Agostinho da Cruz, séculos XVI e XVII)
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