quinta-feira, 31 de agosto de 2017

SUMPTUOSA GALEOTA


Esta é a soberba popa da galeota do Príncipe Frederick de Gales. Uma embarcação de parada mandada construir no século XVIII, para os passeios da família real inglesa no rio Tamisa. Repare-se na magnificência das esculturas ornamentais em talha, todas elas banhadas a ouro de 24 quilates. Uma feeria que, hoje, se pode admirar no Museu Marítimo Nacional, de Londres; onde esta sumptuosa barca é conservada e mostrada ao público.

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Eis aqui alguns cartazes publicitários promovendo serviços, artigos e/ou produtos nacionais. Algumas das marcas aqui referidas sobreviveram ao tempo e à concorrência estrangeira. Mas este 'post' apenas se preocupa com o lado artístico (ou curioso) de cada um desses 'reclames' (como então eram chamados) e com o facto dos mesmo poderem despertar recordações, quiçá adormecidas, na memória de algumas pessoas que por aqui vão passando... Nada mais do que isso.


DE FAZER CRESCER ÁGUA NA BOCA...

Produtos finos (de entre os quais se destacam as ostras, o salmão fumado e o caviar) para um opíparo banquete de festa. Quem os apanhasse a jeito...

HIPOPÓTAMOS

Os hipopótamos são, no dizer dos peritos e apesar do seu ar aparentemente plácido, dos animais mas perigosos dos rios de África. Aos quais nem um crocodilo esfaimado ousa confrontar-se. Apesar disso, e entre eles, estes volumosos mamíferos (que vivem a maior parte do seu tempo na água) são capazes de manifestar cenas de ternura como as que a foto documenta. Quem tal diria ...

ANDA TUDO DOIDO...


Hoje fecha o mercado de jogadores de futebol; que todos estão à venda a quem mais der, num negócio similar ao dos antigos escravos. Com a (enooorme) diferença, porém, de que estes atletas de alta competição podem render milhões e mais milhões; que lhes enchem os bolsos. Os deles, os dos clubes envolvidos nesses faraminosos negócios e, sobretudo, o dos intermediários (com 'jogadas' nem sempre claras), dos agentes, dos caixeiros-viajantes deste moderno comércio de carne humana. Tudo isto desvirtua o futebol e justifica o afastamento de antigos e fervorosos adeptos da modalidade; que já não reconhecem nas agremiações desportivas que, outrora, vitoriavam e defendiam, o SEU clube... Enfim, nesta guerra deixou de haver moral. A não ser a 'moral' do dinheiro. O que, está bem de ver, justifica as queixinhas de certos energúmenos de trazer por casa e a excitação de certos presidentes de clubes, que tão facilmente e despudoradamente perdem as estribeiras. -Haverá solução para isto, ou, doravante, a palhaçada vai agravar-se ? Responda quem souber.


O ditador da Coreia do Norte continua a fazer das suas e a provocar a comunidade internacional, incomodando, inclusivamente, alguns dos seus amigos. Que, tal como a China, começam a tecer-lhe duras críticas por comportamento suicida; que não descarta a eventualidade de uma guerra nuclear devastadora e com consequências imprevisíveis. A última 'brincadeira' de Kim Jong-un foi a de despachar um míssil de longo alcance (com capacidade para transportar ogivas atómicas) na direcção do Japão, cujo território esse engenho sobrevoou. Isso, numa clara e inútil provocação aos seus vizinhos; que a ONU e praticamente toda a comunidade internacional veementemente condenou. -E agora, em que ficamos ?


Estou a seguir, com alguma curiosidade, as consequências visíveis do último grande caso de racismo ocorrido nos EUA, o de Charlottesville. Que consiste em retirar de todas as cidades do sul dos 'states' (outrora apoiantes da causa confederada) as estátuas erguidas à memória do general Robert Lee, comandante-chefe dos 'rebeldes', durante a mortífera Guerra Civil (1861-1865); que, na opinião de estudiosos e de historiadores, terá causado entre 500 000 e 1 milhão de mortes. Ora Lee, segundo fontes fidedignas, sempre manifestou a sua hostilidade à escravatura -praticada, em maior escala, nos estados sulistas- e se optou, enquanto militar, pela Confederação e por contestar o governo de Lincoln, foi mais por razões patrióticas (ele era da Virgínia) do que por motivos políticos. Perdeu a guerra, mas não perdeu a dignidade. Daí ter sido, desde 1865 e do episódio de Appomatox, alvo de admiração de muitos dos seus conterrâneos e partidários; que lhe levantaram estátuas e deram o seu nome a escolas e a outras instituições. Eu -que, juro, não sou racista- não concordo com o bota-abaixo generalizado que se está a viver no sul dos Estados Unidos. Porque não é assim que se vai erradicar o ódio aos negros e às comunidades que não pertencem à casta tontinha dos WASP. Acho que a luta contra o racismo começa por exigir (até à vitória definitiva) a proibição e a acção odiosa de grupos supremacistas brancos, tais como o partido nazi norte-americano e a famigerada organização de criminosos que se intitula KKK. Finalizo dizendo que, para mim, Robert Lee poderá ter sido um factor da desunião política dos americanos, mas nunca símbolo do racismo; que é uma das maiores pechas de um povo multirracial, que terá de aprender a viver harmoniosamente, independentemente do facto de ter muitas origens e inúmeras religiões.

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

LA 'GRANDE SAUTERELLE' NOUS A QUITTÉ

Mireille Darc (1938-2017), actriz icónica do cinema francês das décadas de 60/70, faleceu ontem em Paris com 79 anos de idade. Elegantíssima, sensual, esta comediante natural da mediterrânica cidade de Toulon, foi actriz, modelo e realizadora. Os seus compatriotas chamavam-lhe 'grande gafanhoto' devido à sua silhueta da qual se destacavam duas pernas longas e esbeltas... Adeus beldade !

COISAS DA NOSSA HISTÓRIA : A INFANTA LEONOR, FILHA DO 'ELOQUENTE'


Filha de el-rei D. Duarte -príncipe da 'Ínclita Geração'(*) e um dos soberanos europeus mais cultos do seu tempo- a infanta D. Leonor (1434-1467), era natural de Torres Vedras, onde nasceu num dia 18 de Setembro. Em 1451 contraiu matrimónio com Frederico III, da Alemanha. E, com ele, recebeu das mãos do papa Nicolau V (em cerimónia solene ocorrida no dia 16 de Março de 1452 na basílica de São Pedro) a coroa do Sacro Império Romano-Germânico. Esse rito foi, aliás, o último ali celebrado para distinguir um casal imperial alemão. Mas não se pense que a união da princesa portuguesa honrou mais especialmente a corte lusa do que a dinastia germânica. Pois Frederico sentia verdadeira admiração pela Casa de Avis, que começava a retirar os primeiros frutos da grande aventura dos Descobrimentos e lucrava com, por exemplo, as exportações -para toda a Europa- do açúcar produzido na ilha da Madeira e prestigiara-se com as vitórias militares alcançadas em Ceuta e noutras praças marroquinas. Nessas condições, e já com ligações familiares à coroa portuguesa, Frederico III manteve contactos privilegiados com os nossos monarcas D. João II e D. Manuel I; sendo que este último, o 'Venturoso', era considerado um dos soberanos mais ricos e poderosos da Cristandade. Para finalizar estas linhas, evocando (sucintamente) a infanta D. Leonor (cuja mãe respondia pelo mesmo nome e era de origem aragonesa), quero lembrar que, dela descende, toda a linhagem da Casa de Áustria; e que essa infanta de Portugal foi mãe do imperador Maximiliano I e bisavó de Carlos V, o tal soberano sobre cujo império «o sol nunca se punha».

O retrato de D. Leonor que ilustra este texto, é obra do pintor alemão Hans Burgkmair, o Velho.
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'Ínclita Geração' foi o epíteto dado (por Camões) aos filhos de D. João I -fundador da dinastia de Avis- e de D. Filipa de Lencastre. Foram, essas ilustres figuras da História de Portugal, as seguintes :

D. Duarte, que herdou a coroa de seu pai e a quem (por ser letrado, culto e avisado) foi dado o cognome de «O Eloquente»;
D. Pedro, duque de Coimbra, chamado «O Infante das Sete Partidas». Era muito viajado e muito sabedor. Foi regente do Reino;
D. Henrique, duque de Viseu. Grão-mestre da Ordem de Cristo, foi o impulsionador das viagens além-mar. Recebeu o apelido de «O Navegador;
D. Isabel, duquesa de Borgonha. Foi em sua honra que se instituiu a Ordem do Tosão de Ouro. Foi mãe do famoso Carlos, «O Temerário», figura grada da História da Europa;
D. João, mestre da Ordem de Santiago e condestável dos exércitos de Portugal (sucessor de D. Nuno Álvares Pereira). Foi avô materno de Isabel, a Católica, e de D. Manuel I;
D. Fernando, «O Infante Santo». Morreu no cativeiro em Fez, depois de ter sido martirizado pelos mouros; pelo facto de seus irmãos terem recusado devolver-lhes Ceuta, única 'moeda' de troca exigida.

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«Mas pera defensão dos Lusitanos,
Deixou quem o levou, quem governasse
E aumentasse a terra mais que dantes,
Ínclita geração, altos infantes»

(Luís Vaz de Camões, in «Os Lusíadas», Canto IV, estância 50).

terça-feira, 29 de agosto de 2017

NEGÓCIOS CHORUDOS

O negócio das armas continua a render biliões de dólares às potências de tecnologia mais avançada; a saber, os EUA, a Rússia, a França, o Reino Unido, a Alemanha, etc. Porque potenciais compradores não faltam, mesmo nos países de economia débil ou mesmo pobríssimos. Que preferem resolver os problemas com os seus vizinhos por via de conflitos, em vez de tentar resolvê-los pela via diplomática, pela negociação. Daí as guerras serem uma constante -desde sempre- em inúmeras regiões do planeta; e a causa de sofrimentos sem nome para muitos milhares de famílias, que (não tenho dúvidas) aspiram à paz e à tranquilidade. E à dignidade que os conflitos armados também lhes roubam. Basta ver o que se passa, actualmente, no Próximo-Oriente e em certos países de África; que estão transformados em campos de ruína, em cemitérios de inocentes e de onde fogem milhões de pessoas, que, dia após dia, engrossam as legiões de refugiados. Para continuarem a colocar nos mercados do mundo a sua mercadoria, os países produtores de armas estão dispostos a fazer saldos, a trocar a sua tecnologia letal por matérias-primas e, até, a consagrar a inteligência dos seus engenheiros para conceber armamento especialmente destinado a países com menos recursos financeiros. Foi, neste último capítulo, o que fez a Rússia(*), ao projectar e construir este caça-bombardeiro Yak 130 (ver imagens anexadas), cujo preço se apropria às possibilidades reais de forças armadas dispondo de orçamentos reduzidos; mas arma que, obviamente, mata que se farta. Assim, todas as nações, mesmo as mais 'desprotegidas pela sorte', podem entrar em jogos de guerra com os seus vizinhos. Sem que isso altere, de maneira excessivamente visível, o seu 'budget' militar. Embora todos saibamos que, muitas vezes, onde há tropa e meios bélicos a mais, há pão, escolas e saúde a menos...

(*) É evidente que a Rússia -aqui especialmente referida- não é mais nem menos culpada do que as outras nações que acima foram referidas. E que tiram, todas elas (mas não só elas), grande proveito dos negócios de armamento, da indústria da morte.

FUMEIRO DE TRÁS-OS-MONTES

Fumeiro de Trás-os-Montes : do melhor que há em Portugal. Mas, cuidado com as imitações e com as vigarices. Que incidem muito especialmente sobre as famosas e sápidas alheiras de caça. As contrafacções deste produto, de caça só têm aquela que se faz ao bolso dos incautos; que, se não comem gato por lebre, a verdade é que ingerem uma mixórdia incompatível com a qualidade do autêntico fumeiro transmontano e com o preço que lhes é exigido por um produto medíocre. Que desvirtua o trabalho e o 'savoir-faire' dos artesãos da mais nordestina de todas as regiões deste país.

'SOCIEDADE MODERNA'

Estas telas são da autoria do artista polaco Igor Morski -um pintor surrealista- e fazem parte de um conjunto de obras à qual o supracitado pintor deu o nome de «Sociedade Moderna». E que não constituem (longe disso) um olhar optimista sobre o porvir dos homens e sobre o futuro do planeta Terra...

COISAS QUE EU PENSO...


-Estarão as sociedades deste início do século XXI a ser 'preparadas' para a robotização do ser humano; onde a nossa espécie (cada vez mais embrutecida, na sua esmagadora maioria) passará a ser dirigida por uma casta de novos esclavagistas ? -Pelo rumo que isto leva, tal facto não me espantaria... Pois parece-me ver os meus semelhantes mais preocupados com o acessório, com o superficial do que com as coisas mais importantes da vida. Aconteça o que acontecer, eu, com a idade que tenho, já não assistirei a uma eventual derrocada da nossa civilização e à perda da dignidade de milhões de seres humanos; que, no mais catastrófico dos casos, irão pagar o preço cobrado pela sua inconsequência. Viver o momento pode ser muito bonito; mas ajudar a construir um mundo mais justo é 'coisa' urgente e mais dignificante. Embora não seja tarefa fácil...

TREINO MILITAR NAS NEVES DO ALASCA...


Nesta sugestiva ilustração -da autoria do incomparável artista que é Mort Künstler- podemos 'assistir' às operações de alijamento da carga de um Fairchild C-123 «Provider' e à sua transferência para trenós puxados por cães. Enquanto sentinelas armadas exercem vigilância apertada à volta do avião; que, como se pode observar, é um modelo devidamente equipado para operar no inverno. Repare-se nalguns detalhes : os guardas estão armados com espingardas datando da 2ª Guerra Mundial (o que nos leva a crer que esta cena decorre em finais dos anos 50 ou princípios da década seguinte) e vestem camuflados de circunstância. O supracitado cargueiro (um aparelho bimotor de asa alta e dotado de esquis) procede, muito provavelmente, de Anchorage, onde a Alaska Air National Guard(*) tinha (e tem) a sua principal base. Note-se, ainda, a utilização de artefactos luminosos, que permitem sinalizar a pista de aterragem...

(*) A Alaska Air National Guard é a componente aérea de uma milícia (ou força de reserva) que se estende a todos os estados da União e que, normalmente, está colocada sob a responsabilidade directa do governador. Pode, no entanto, ser 'federalizada', ficando, desse modo, sob a autoridade suprema do presidente dos Estados Unidos; que é, como se sabe, o comandante-chefe de todas as forças armadas do país.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

POVOAMENTO PROBLEMÁTICO

-Sabia, quem aqui, nos visita, que a colonização do arquipélago da Madeira começou sob maus auspícios ? -Pois é verdade ! A ilha de Porto Santo, que recebeu Bartolomeu Perestrelo (sogro de Colombo) como seu primeiro capitão-donatário, correu o risco de ser abandonada logo após a sua descoberta(*). Porque a referida personagem para ali levou, entre outros animais domésticos, uma coelha prenha, que, em pouco tempo, contribuiu para 'infestar' aquela terra de roedores. Tantos foram eles, que durante anos, devoraram todas as culturas ali introduzidas por colonos vindos de Portugal continental. Essa praga (que valeu a alcunha de 'Coelheiro' a Perestrelo) associada à falta de água doce, quase que deitou por terra os planos de aproveitamento agrícola que o infante D. Henrique traçara para essa primeira terra descoberta no Atlântico.
No que respeita a ilha da Madeira -que era muito arborizada e rica em torrentes- o problema que se pôs foi o seguinte : devido à densidade das matas ali existentes (e que lhe valeram o nome), Gonçalves Zarco, um dos dois capitães-donátários da ilha (o outro foi Tristão Vaz Teixeira), decidiu incendiar parte da ilha, a fim de transformar o solo assim disponibilizado em terras agrícolas. Aconteceu, porém, que o incêndio voluntariamente provocado se estendeu a toda a ilha e levou -segundo certos historiadores- sete anos a extinguir-se. Também, por causa disso, a Madeira esteve para ser desprezada pelos colonos. Mas, na era pós-fogos, chegou-se à conclusão que isso teria sido um erro tremendo, pois a terra revelou ser extremamente fértil, prestando-se ao cultivo de cereais, mas, sobretudo, ao da cana-do-açúcar (importada da Sicília e que se tornou a primeira grande fonte de rendimento da ilha), ao da vinha, dos frutos e de tudo o mais que por lá se semeasse ou plantasse.


(*) Desconhece-se a data exacta da chegada a este arquipélago dos primeiros navegadores portugueses; que poderão não terem sido os seus primeiros visitantes europeus. Isso, se fizermos fé em mapas do século XIV, que referem essas ilhas. Mas a colonização lusa das terras, é dada como efectiva na transição dos séculos seguintes.

'STAR' DO CINEMA MUDO


Este actor -William S. Hart (1864-1946)- foi um dos míticos cowboys do cinema mudo. Trabalhou sob a batuta de mestres tão conceituados como Thomas Ince e D. W. Griffith. Entre os seus westerns mais conhecidos (para quem agora se debruça sobre a História de Hollywood) refiram-se «The Desert Man» (1917) e «Tumbleweeds» (1925). Quando faleceu, Hart deixou a sua soberba mansão californiana e terrenos anexos ao município de Los Angeles, para que fossem transformados num espaço de lazer público; pretxstando (no seu testamento) que, agindo assim, estava a devolver algo que fora pago com o dinheiro deixado por esse mesmo público nas bilheteiras dos espectáculos que protagonizara. O selo aqui apresentado (imagem de topo), foi emitido pelos correios dos Estados Unidos e pertence a uma série dedicada aos grandes actores do cinema mudo.

O NOSSO MUNDO É BELO (134) : ESTADOS FEDERADOS DA MICRONÉSIA

BD (EXCELENTE) COM FUNDO HISTÓRICO


Constituída por 2 tomos, a BD «Capitaine Perdu» tem acção decorrente, em 1763, na América do norte. Sinopse : por imposição do tratado que pôs fim à Guerra dos Sete Anos, a França vê-se constrangida a entregar aos britânicos todos os territórios coloniais que administra naquela parte do mundo. A tarefa da passagem de poderes é confiada a Saint-Ange, o último comandante militar de Fort de Chartres, construído numa das margens do rio Mississippi... -Mas, como aceitar cumprir o seu dever, quando essa missão choca violentamente com os interesses de nações ameríndias, que, desde sempre, se aliaram aos Franceses para combater os 'casacas vermelhas' e os colonos do rei de Inglaterra ? Que sempre estiveram em número muito superior aos súbditos do soberano que reinava em Paris... É este o dilema que se levanta diante do 'capitão perdido', numa história contada e ilustrada por Jacques Terpant, ilustre figura da escola franco-belga de banda desenhada e que a conhecida e reputada editora Glénat propõe aos leitores francófonos. Refiro, para terminar estas linhas, que se trata de uma obra para pessoas adultas, cujo contexto se enquadra num real contexto histórico. E aproveito, ainda, para lamentar que a BD em Portugal seja, em regime de quase exclusividade, dirigida aos jovens. O que é lamentável e inconcebível numa Europa que, há muitas décadas, publica histórias aos quadradinhos para um público adulto...

CANOAGEM EM RACICE, NA REPÚBLICA CHECA...

Depois de ter, no passado sábado, arrebatado a medalha de prata reservada ao vice-campeão planetário de K1/1 000 metros, o nosso compatriota Fernando Pimenta sagrou-se, ontem, campeão do mundo de K1/5 000 metros, arrecadando o ouro. Bravo Fernando ! Só se espera que continues a afirmar-te numa modalidade tão difícil como o é a canoagem; onde já tens o teu lugar entre os maiores.

domingo, 27 de agosto de 2017

PUBLICIDADE DE OUTROS TEMPOS (2)



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NOSTÁLGICOS REIS DOS OCEANOS


O «Campania» -da quase lendária companhia Cunard- foi um transatlântico típico da primeira metade do século passado. E, tal como os seus congéneres de antes do evento da aviação comercial de longa distância, foi um verdadeiro rei dos oceanos. Deles, hoje, só restam as recordações daqueles que ainda tiveram a possibilidade de os ver navegar e, melhor ainda, o privilégio de terem viajado a bordo de um destes magníficos e saudosos paquetes... (Clicar na imagem com o rato para a ampliar).

E, À 4ª JORNADA, O BENFICA... CLAUDICA

O Benfica perdeu ontem, em Vila do Conde, os primeiros pontos para o campeonato de futebol da 1ª Liga. Isso, devido ao mérito da equipa do Rio Ave, que jogou com o tetra-campeão de igual para igual e soube neutralizar os raros assaltos da linha avançada da Luz. Ainda assim, lamenta-se o facto do tento dos locais ter sido fruto do autogolo de um defensor dos encarnados; que, para lá da pouca sorte, não resistiu à pressão dos rivais. Não creio que o resultado deste jogo da 4ª jornada (1-1) tenha afectado muito o moral de jogadores e de adeptos, pois não foi, de todo, inesperado. E outras equipas grandes cairão, porventura, em Vila do Conde. E, por outro lado, estamos ainda numa fase inicial do torneio maior do nosso futebol e é prematuro inquietar-se com o que por aí vem. Pois até Maio de 2018 muita água correrá por baixo das pontes. Acho eu... P. S. : resta-nos o consolo (em relação ao 'match' de ontem) de saber que Jonas já é o líder dos goleadores. E que terá a ocasião de marcar muitas mais vezes.

...À LAGAREIRO

Para mim, a maneira mais agradável de preparar uma refeição de polvo é 'à lagareiro', em que o dito é servido com batatas a murro. Mas há, na minha opinião, que respeitar certas regras. Quero dizer que os tentáculos do molusco têm de ser macios (e não rijos ou elásticos) e confeccionados com azeite quentinho de muito boa qualidade; que é um produto que -desde há milénios, graças à Mãe Natura e ao engenho dos homens- não falta numa terra como a nossa. O alho também deve ser abundante e 'frito' no ponto; e, como diz o outro, que se lixem os problemas que afectam o hálito. Que podem ser neutralizados, 'a posteriori', com o uso de uma escova de dentes e de pasta dentífrica. A maneira de fazer isto, o Polvo à Lagareiro (prato que, geralmente, horripila os turistas estrangeiros), é por demais conhecida, para que eu vos inflija aqui com outras recomendações. Acompanhe com um copo de bom vinho (tinto ou branco e também cá dos nossos) e que tudo isso lhe faça bom proveito !

-QUEM SE LEMBRA ?


-Quem se lembra destas ambulâncias dos Correios de Portugal ? Serviam, sobretudo, zonas rurais, onde não existiam postos dos CTT. Mas também algumas localidades da periferia de cidade e vilas. Recordo-me bem delas passarem no meu bairro da periferia do Barreiro (hoje Santo André), uma vez por dia e a horas fixas, a caminho de Lisboa. A paragem fazia-se na estrada nacional, perto da sede do Grupo Recreativo da Quinta da Lomba; onde os utentes esperavam as ambulâncias postais para entregar cartas e, eventualmente, despachar pacotes. Já lá vão uns bons 60 anos...

DA BELEZA À TERNURA


«É a beleza que começa a agradar e a ternura completa o encanto».

** Bernard de Fontenelle (1657-1757) **


Algumas curiosidades sobre Fontenelle, que foi uma das grandes figuras da cultura francesa do seu tempo : Nasceu em Rouen, na Normandia; foi filósofo, poeta, dramaturgo, ensaísta, matemático e advogado; escreveu (entre outras obras)... livros de ficção-científica; era sobrinho de Pierre Corneille, o 'pai da tragédia francesa'; morreu centenário.