quarta-feira, 30 de junho de 2010
A ESSÊNCIA DOS NOSSOS POETAS
IDENTIDADE
Matei a lua e o luar difuso.
Quero os versos de ferro e de cimento.
E em vez de rimas, uso
As consonâncias que há no sofrimento.
Universal e aberto, o meu instinto acode
A todo o coração que se debate aflito.
E luta como sabe e como pode:
Dá beleza e sentido a cada grito.
Mas como as inscrições nas penedias
Têm maior duração,
Gasto as horas e os dias
A endurecer a forma da emoção.
** Miguel Torga, in «Penas do Purgatório» **
ESCALA TÉCNICA
Ilha de Santa Maria (Açores) nos anos 50 : um quadrimotor Lockheed 'Constellation' em escala técnica. Isto passava-se no tempo em que os grandes aviões de passageiros ainda não conseguiam atravessar o Atlântico, sem reabastecer os depósitos de carburante a meio da longa viagem entre a Europa e a América do norte...
CABO DAS TORMENTAS
Para os 'navegadores' o cabo da Boa Esperança voltou a chamar-se cabo das Tormentas. Foram ali afundados sem remissão por uma armada espanhola imperial, que tranquilamente lhes mostrou como se peleja jogando futebol; e que só não ganhou de maneira mais dilatada, porque não teve sorte e, também, porque houve um Gama heróico -chamado Eduardo- que soube (com muita segurança, com muita classe) desviar os tiros certeiros das bombardas castelhanas. Será desta vez que, no mundilho do jogo da bola deste país, se vai aprender o que significa a palavra humildade ? -É que perder não é desonra, o que é feio é a fanfarronice
O VALOR DO DINHEIRO
Alemanha, 1923 : nota de 100 milhões de Marcos
O dinheiro desvalorizou tanto na Alemanha de início dos anos 20, que -para ilustrar esse estado de coisas- se contava a seguinte história : um pai de família carregou um carro-de-mão com uns milhões de Marcos e dirigiu-se à padaria mais próxima para comprar uns pães. Chegado à porta do estabelecimento, deixou o carrinho cheio de dinheiro na rua, presumindo que ninguém roubaria os muitos maços de notas que ele continha, visto o seu fraco valor. E entrou na padaria, para se inteirar do preço de um produto que variava todos os dias. Quando de lá saíu, o dinheiro (todo o seu dinheiro) ainda estava lá, espalhado pela calçada. Mas alguém de desonesto tinha levado o carro-de-mão...
Na Alemanha, entre Janeiro de 1919 e Novembro de 1923, o índice inflacionário variou em 1 trilião por cento (1 000 000 000 000%), o maior de sempre. Um pão podia custar mais de 1 milhão de Marcos. Em certas casas, as notas chegaram a servir de material combustível para suprir, no inverno, a falta de carvão. As crianças fabricavam papagaios (foto acima) com cédulas bancárias valendo milhões. A miséria da Alemanha foi engendrada pelas fortíssimas indemnizações de guerra que lhe foram exigidas pelo Tratado de Versalhes e pela ocupação da Rur (pelas tropas francesas), a mais rica região industrial do país. Isto, na sequência da Grande Guerra, desencadeada pelo 'kaiser' Guilherme II. Durante esse primeiro conflito generalizado a Alemanha sofreu 8 milhões de mortos e perdas materiais incalculáveis. E os seus inimigos também...
SAUDADES DE RUÃO
Taverna (alsaciana) Walsheim, na confluência das ruas Damiette e de Martainville. Era aqui que, no tempo em que eu vivi por aquelas bandas, se comia a melhor 'choucroute' da cidade...
...algo parecido com isto
Na rua de Martainville, com as suas características casas normandas do século XVIII, havia alguns pequenos restaurantes que propunham coisas deliciosas; como, por exemplo, a 'tête de veau, sauce gribiche'...
...que se apresenta assim, com este ar tão apetitoso
GATO INFERNAL EM DIFICULDADE
terça-feira, 29 de junho de 2010
AFECTOS
EQUILIBRISTA
Se quer admirar este Cristo equilibrista (ao natural), vá a Vila de Rei, simpática localidade do distrito de Castelo Branco. Sede de um concelho situado a sudoeste da Beira Baixa (nos limites com o Ribatejo), Vila de Rei é banhada pelo rio Zêzere e tem a particularidade de se encontrar no centro geodésico de Portugal
RECORDANDO O GRUPO DESPORTIVO DA CUF
O Grupo Desportivo da Cuf foi fundado em 1937 (já lá vão 73 anos...) por pessoas ligadas profissionalmente às fábricas que o industrial Alfredo da Silva fundou no Barreiro em inícios do século XX. Sempre foi um clube pluridisciplinar, embora a sua faceta mais conhecida tenha sido projectada pela sua equipa de futebol; que chegou a evoluir na 1ª divisão nacional durante 22 épocas consecutivas. Apesar disso, o G. D. Cuf chegou a alcançar títulos nacionais em muitas outras modalidades, nomeadamente em remo e em hóquei-em-patins. A prática desportiva dos atletas Cuf passou do velho campo de Santa Bárbara (implantado em plena zona industrial) para o belíssimo estádio Alfredo da Silva (inaugurado em 1965) e para um excelente pavilhão multiusos que lhe foi anexado posteriormente
O essencial da massa associativa e dos adeptos cufistas era recrutado entre o pessoal destas fábricas, que chegaram a constituir o maior complexo industrial da península Ibérica, facto que deixava os barreirenses muito orgulhosos
Imagem de um jogo de bola entre o G. D. da Cuf e o F. C. Barreirense -seu rival local- numa época em que as duas equipas principais destes clubes evoluiam no escalão maior do nosso futebol. O melhor lugar classificativo obtido pelos futebolistas cufistas em campeonatos da 1ª divisão foi um honroso 3º lugar, na época 1964-1965. Dessa época, recordamos, igualmente, o brilharete dos atletas da Cuf contra o poderosíssimo Milan, 'team' transalpino que eliminou a equipa do Barreiro (pela margem mínima e após três desafios, dois dos quais disputados em Itália) da Taça das Cidades com Feira, precursora da actual Taça UEFA.
A época de ouro desta admirada e saudosa agremiação desportiva terminou com a desagregação da companhia que lhe servia de suporte. Depois da fragmentação da Cuf em várias empresas, o clube definhou bastante e passou a chamar-se Grupo Desportivo da Quimigal. Depois mudou, mais uma vez, de nome e é hoje conhecido por Grupo Desportivo Fabril. Que é o herdeiro patrimonial e da tradição desportiva do Grupo Desportivo da Cuf. Clube do qual eu fui sócio (ao mesmo tempo que -paradoxalmente- também era sócio do seu rival de sempre : o Barreirense) e que eu vi evoluir, sempre, no então pelado campo de Santa Bárbara
PORTAS DO RÓDÃO
Estas duas fotos -tiradas pelo blogueiro no início do mês de Junho- mostram a beleza do Tejo nas Portas do Ródão. O maior dos rios ibéricos corre ali numa paisagem preservada entre terras da Beira Baixa e do Alto Alentejo. Esta região do interior é pouco conhecida da maioria dos portugueses. Será agora mais visitada, numa altura em que se recomenda aos nossos compatriotas (pelas razões que se conhecem) que passem férias neste nosso país 'que vale por mil' ? A ver vamos...
segunda-feira, 28 de junho de 2010
OS FILMES DA MINHA VIDA (26)
«AMA-ME COM TERNURA»
FICHA TÉCNICA
Título original : «Love me Tender»
Origem : E. U. A.
Género : western
Realização : Robert D. Webb
Ano de estreia : 1956
Guião : Robert Buckner
Fotografia (p/b) : Leo Tover
Música : Lionel Newman
Montagem : Ben Nye
Produção : David Weisebart
Distribuição : 20th. Century-Fox
Duração : 95 minutos
FICHA ARTÍSTICA
Elvis Presley ………………………………………….………. Clint Reno
Debra Paget …………………………………….…..………… Kathy
Richard Egan ……………………………………………...... Vance Reno
James Drury ………………………………………..……..… Ray Reno
William Campbell ………………………………….………. Brett Reno
Neville Brand …………….………………………....……… Mike Gavin
Robert Middleton ………………………………………… Siringo
Bruce Bennett ………………………………………….….. major Kincaid
Ken Clark ………………………………………….……….…… Kelso
Russ Conway ……………………………………………….…. Ed Galt
SINOPSE
Ignorando a notícia da recente rendição do general Lee en Appomatox e o consequente fim da guerra civil, um grupo de cavaleiros sulistas ataca um comboio do inimigo e apodera-se de uma importante soma em numerário.
Apercebendo-se, pouco depois, de que a paz fora restabelecida, os combatentes confederados, entre os quais se contam três dos irmãos Reno (Vance, Ray e Brett), decidem partilhar o tesouro que inesperadamente lhes caiu nas mãos, antes de tomarem a direcção dos respectivos lares.
Durante a jornada de regresso, o mais entusiasta de todos eles é Vance, que vai arquitectando planos de felicidade com Kathy, a noiva que ele não vê há quatro longos anos. Mas, ao chegar a casa, a alegria e o optimisto de Vance esvaiem-se, ao verificar que a sua namorada dera ouvidos aos boatos que anunciaram a sua morte em combate e acabara por desposar Clint, o mais jovem dos seus irmãos.
Tentando disfarçar o seu despeito, a sua grande decepção, Vance está a anunciar à família a sua próxima partida para a Califórnia, quando, inopinadamente, surgem na região alguns agentes do governo federal, que reclamam aos irmãos Reno a devolução do dinheiro proveniente do assalto ao comboio militar dos nortistas.
Para agravar o caso do primogénito dos irmãos Reno (que se assume como o chefe de família) o jovem Clint –que ama a sua esposa e venera Vance- apercebe-se que, apesar das aparências, o amor entre esses dois entes queridos refloresce e tende sobrepor-se ao compromisso conjugal e aos sagrados sentimentos da fraternidade. Nessas peníveis circunstâncias, a situação só poderá degradar-se e encaminhar-se para um dramático desfecho…
O MEU COMENTÁRIO
Saído do anonimato pelo facto de se tratar do primeiro dos trinta e três filmes protagonizados pelo rei do ‘rock and roll’, «Ama-me com Ternura» é um desses típicos produtos de série B rodados na década de 50 por um Robert D. Webb sem grandes recursos financeiros e sem grande imaginação. Com efeito, no mesmo ano de realização desta película, vimos Webb melhor inspirado ao dirigir «Homens sem Medo», uma história de cowboys, que ele também realizou para a Fox e que contava com um excelente elenco : Robert Ryan, Virgínia Mayo e Jeffrey Hunter.
Como não podia deixar de acontecer, Elvis interpreta algumas das suas canções em «Ama-me com Ternura». Uma delas é, obviamente», «Love me Tender», que deu o título original a esta fita e que foi o chamariz para atrair público às salas onde foi exibida esta primeira película do ‘king’.
Esta modesta produção conta com a bonita presença de Debra Paget (num papel sem grande fulgor), actriz que o público apreciou particularmente em «A Flecha Quebrada» (Daves, 1950) e «A Última Caçada» (Brooks, 1956). E, ainda, com a participação de James Drury, actor que teve a sua hora de glória aquando da exibição da quase mítica série televisiva «The Virginian» (produzida pelo consórcio NBC/Universal), que teve 225 episódios e foi exportada para um elevado número de televisões estrangeiras.
(M.M.S.)
Debra Paget foi a primeira vedeta do ecrã a contracenar com Elvis Presley
Os irmãos Reno desentendem-se por causa dos lindos olhos de Kathy
Cartaz promocional do primeiro filme de Elvis Presley
Além de «Love me Tender», Elvis canta nesta fita mais três canções : «Let me», «Poor Boy» e «We're Gonna Move»
A BARCA DE AMIEIRA
ÁGUA DA CURIA
domingo, 27 de junho de 2010
EM CASCOS DE ROLHA...
Esta fotografia do bloguista foi tirada em Abril de 1976 junto ao fiorde de Hälle, (província de Bohuslän) na Suécia. O mar ainda se encontrava gelado por aquelas desoladas bandas e as baixas temperaturas justificavam o uso do casacão de peles. Isto numa altura do ano em que -neste nosso jardim à beira mar plantado- já se andava em mangas de camisa. Vá, digam lá que não temos sorte...
Brasão de armas do condado de Västra Götaland, criado em 1999. Este condado é uma das novas divisões administrativas da província de Bohuslän, cuja capital é a cidade de Gotemburgo
Aldeia típica do litoral do condado de Västra Götaland, que é limitado a oeste pelas águas do golfo de Skagerrak e a norte pelo território norueguês
TERNURA
OS FILMES QUE EU VI (OU REVI) ESTA SEMANA :
«SACANAS SEM LEI» (tv)
Impressionante filme de guerra com a assinatura de Quentin Tarantino. A acção decorre na Europa ocupada pelas tropas nazis e ilustra as proezas (sanguinolentas) de um comando de elite do exército norte-americano, que se auto-intitula ‘the inglourious basterds’ e que tem por missão dizimar não os soldados inimigos comuns, mas os hitlerianos assumidos que pululam nas hostes adversas. Particularmente bem feito, explendidamente bem interpretado -por uma pleiâde de bons actores, encabeçada por Brad Pitt- «Sacanas sem Lei» não se recomenda, todavia, aos espectadores mais sensíveis a cenas particularmente violentas. Das mais violentas que alguma vez se viram em fitas do género.
«O HOMEM QUE LUTA SÓ» (tv)
Esta é uma das grandes obras de Budd Boetticher, realizador pouco conhecido no nosso país, mas que é, de facto, um dos mestres do cinema western. «O Homem que Luta Só» conta-nos a história de um ex-xerife, apostado em vingar a morte de sua esposa, que fora assassinada por um dos facínoras que, em tempos, ele havia capturado e enviado para a cadeia. O herói da fita é aqui (como em tantas outras fitas de Boetticher) encarnado pelo impávido e sereno Randolph Scott. Há muito que conheço este excelente western, mas quis voltar a vê-lo aquando da sua recente exibição no canal Hollywood, que já nos havia oferecido (no decorrer destas últimas semanas) «Emboscada Fatal» e «Entardecer Sangrento». E, anteriormente, «A Marca do Terror» e «Têmpera de Herói». Esperemos que esse tal canal continue a divulgar a obra deste singular cineasta, programando outras das sua películas que, penso eu, são inéditas na televisão portuguesa. Estou a pensar precisamente em «As Asas do Gavião» (1953) e em «Sete Homens para Matar» (1956); embora este último já tenha a sua edição DVD em vários países do mundo e esteja, assim, ao alcance da generalidade dos cinéfilos.
«EICHMANN, O EXTERMINADOR» (tv)
Esta película foi realizada com base na documentação recolhida pela polícia do estado hebraico durante os interrogatórios feitos ao criminoso de guerra alemão Adolf Eichmann. Sinistro indivíduo que foi capturado -como todos se lembrarão- na Argentina em 1960, aquando de uma ousada operação dos serviços secretos de Israel; país para onde o ex-oficial das SS foi levado para ser julgado pela sua participação na famigerada ‘solução final’. Embora o tema seja apaixonante, a verdade, porém, é que este filme de co-produção anglo-húngara de Robert Young (que o realizou em 2007) me pareceu monótono, não correspondendo, de todo, às minhas expectativas. Paciência…
«SALAZAR – A VIDA PRIVADA» (dvd)
Segundo o realizador do filme, Jorge Queiroga, o ditador terá sido um irresistível sedutor; e isso, desde os tempos do seminário, quando, no intervalo das aulas, ele ia de visita à sua família no Vimeiro. Localidade onde as beldades locais não ficavam indiferentes ao charme discreto do sr. António. Já no poder, o sombrio presidente do Conselho de Ministros terá mantido romances com várias mulheres da alta sociedade lisboeta, além da apregoada ligação com uma jornalista francesa, que por cá passou para fazer a biografia do ‘homem prividencial’; o homem que manteve este país manietado e amordaçado durante várias décadas. Real ou falso ? –A verdade é que o homem sempre me aparecera, até aqui, vestido com a capa da austeridade e da misoginia e vê-lo, agora, nesta película, assumir a posição de um Don Juan me deixou perplexo. A mim e, provavelmente, a muitas pessoas da minha geração, que viveram durante o longo consulado do ‘pai’ do Estado Novo e desconheciam a faceta de Salazar que aqui nos é apresentada. Isto dito, refiro que vi o filme de Jorge Queiroga com muita curiosidade. Os papéis principais foram distribuídos a Diogo Morgado, Soraia Chaves, Margarida Carpinteiro, Catarina Wallenstein, Helena Nogueira e Ana Padrão. Que, na generalidade, estiveram bem na pele das personagens que encarnaram.
«O CORREIO DO INFERNO (dvd)
Magnífico suspense realizado por Henry Hathaway em 1950. Visto vezes sem conta e agora uma vez mais, para testar a qualidade do DVD lançado há poucos dias em França. DVD que eu adquiri, para substituir na minha colecção uma cópia VHS muito gasta pelo uso. A acção do filme -que já é um clássico- decorre no faroeste, numa estação de muda das diligências da linha Saint Louis-San Francisco. Quatro criminosos evadidos da sinistra prisão de Huntsville querem apoderar-se de um carregamento de ouro californiano, destinado à casa da moeda de Nova Iorque. Mas os seus planos serão contrariados pelo responsável da estação e por uma jovem e corajosa passageira da mala-posta… Os papéis destas duas personagens são (bem) interpretados pelos saudosos Tyrone Power e Susan Hayword. Mas o grande papel do filme, aquele que marcou verdadeiramente esta película, é o de Travis, um assassino psicopata, magistralmente encarnado pelo actor secundário Jack Elam. Atribuo cinco estrelas a «O Correio do Inferno». E isso, sem a sombra de uma hesitação !
sábado, 26 de junho de 2010
'GINA'
Esta fotografia autografada por Gina Lollobrigida foi oferecida, em 1962, ao comandante e ao corpo de oficiais do NRP «Pero Escobar» com a seguinte dedicatória : «...com o voto sincero de que o vosso belo navio saia sempre vitorioso de todos os perigos». Depois do abate -em 1975- desse navio de guerra, a fotografia emoldurada foi entregue ao Museu de Marinha, que a tem esposta numa das suas salas
Este navio (uma fragata de 1 250 t de deslocamento) era o NRP «Pero Escobar», que esteve ao serviço da Armada entre 1957 e 1975. Foi construído em Itália, nos estaleiros navais de Castellone di Scabia, e a marujada deu-lhe o apodo de 'Gina' (por alusão à estrela do cinema transalpino) devido à pureza das suas linhas. Achando o caso curioso, o cônsul de Itália em Lisboa escreveu à artista informando-a do sucedido e Gina Lollobrigida correspondeu com a oferta da foto autografada
Curiosamente, também ao jacto Fiat G-91 -em serviço na Força Aérea Portuguesa durante o período das guerras coloniais- foi dada a alcunha de 'Gina'. Mas o 'petit nom' desse caça monorreactor já viera com ele de Itália, onde os G-91Y dos 'Frecce Tricolori' (patrulha acrobática) o usavam
Mais um retrato da bela Gina Lollobrigida, grande referência do cinema italiano e internacional do século XX
PORTUGUESES APRECIADORES DE PEIXE
Depois dos islandeses e dos japoneses, os nossos compatriotas são os maiores comedores de pescado do mundo. Os portugueses consomem, com efeito, 57 kg de peixe/ano 'per capita', ou seja cerca de três vezes mais do que a média europeia. Mas apenas 1/3 desse pescado é capturado pelos nossos trabalhadores do mar e pelas suas embarcações. As leis fixadas pela Europa comunitária e a apatia dos nossos políticos são os principais responsáveis por esse estado de coisas, que muito tem prejudicado a economia nacional
O TGV DOS ANOS 30
Este engenho (futurista no início dos anos 30) era accionado por um motor de avião. Respondia pelo nome de 'Schienezeppelin' e foi concebido e construído pela conhecida firma Zeppelin, a dos dirigíveis. Vêmo-lo aqui, durante uma viagem experimental, numa estação de caminhos-de-ferro da cidade de Berlim
sexta-feira, 25 de junho de 2010
FILME, PROCURA-SE
Vi este filme há muitos anos num excelente programa da televisão estatal francesa chamado 'Les Dossiers de l'Écran'. Há também muito tempo que tento (até agora sem sucesso) encontrar uma cópia de «The Dam Busters» em suporte VHS ou DVD
A cópia desta fita já foi editada em DVD no Reino Unido, mas a dita apenas oferece a versão original, facto que para mim representa um problema...
Não haverá por aí alguém -amante de velhas relíquias da 7ª Arte- que disponha de um exemplar legendado em português, francês ou castelhano e que o queira trocar ou vender ?
O filme em causa, cujo título de exploração comercial no nosso país eu ignoro, foi realizado em Inglaterra no ano de 1954 por Michael Anderson e tem como protagonistas principais os actores Richard Todd, Michael Redgrave e Ursula Jeans. O enredo foi inspirado num acontecimento ocorrido durante a 2ª Guerra Mundial : o bombardeamento pela R.A.F. das barragens alemãs do Rur, que forneciam energia à indústria bélica nazi dessa região da Alemanha.
Curiosamente, esta fita tem dois títulos no Brasil : «Labaredas do Inferno» e «Demolidores de Represas»
LANÇA-CHAMAS
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