«SLAUGHTERHOUSE» realizado por George Roy Hill e estreado em 1972, foi mais um daqueles filmes que nunca chegou a ser exibido nas salas de cinema portuguesas. -Por falta de interesse das distribuidoras nacionais ou por interdição da cencura ? Confesso que o ignoro. O que sei é que, com essa inexplicável falha, os cinéfilos portugueses e o público em geral, perdeu a oportunidade de ver esta excelente película (do género fantástico) lançada pelos estúdios Universal. Esta fita inspirou-se num livro homónimo da autoria de Kurt Vonnegut Jr., um conhecido escritor de ficção-científica. É uma película colorida, com 104 minutos de duração, que recorreu ao trabalho dos actores Michael Sacks, Ron Leibman, Eugene Roche, Sharon Gans e Valerie Perrine para assegurarem a interpretação dos principais papéis. A propósito do bárbaro bombardeamento da cidade de Breda pela aviação aliada, que ali matou 135 000 pessoas (tantas mortes como as causadas pelos não menos horríveis e dispensáveis bombardeamentos atómicos de Hiroxima e Nagasáqui), que é largamente referido neste filme, o realizador disse : «Nós vencemos realmente um grande mal (o nazismo), mas a violência à qual nós demos rédea solta para o esmagar, adquiriu uma existência própria...». Sinopse : Billy Pilgrim, um pacato cidadão norte-americano da classe média-alta, tem tudo para ser feliz. Mas descobre uma coisa inquietante, que é a faculdade, incontrolável, de poder viajar no passado e no futuro. E, nos seus mais delirantes pesadelos (-serão mesmo pesadelos ?), vê-se frequentemente -durante a 2ª Guerra Mundial- na Alemanha, sendo perseguido por beligerantes. De regresso desses sonhos (-ou da realidade ?), Billy entra em depressão nervosa aguda e é aconselhado a receber tratamento numa clínica especializada de Montreal. Mas o avião em que seguia despenha-se e ele é o único sobrevivente da catástrofe... Depois da morte acidental de sua esposa e para fugir ao terror que a sua situação lhe inspira, Billy Pilgrim vai (a convite de extra-terrestres) refugiar-se no planeta Tralfamadore, onde trava conhecimento com a bela Montana Wildhack, com a qual ele vai recomeçar uma segunda vida; uma nova existência onde há lugar para a alegria de viver, para a harmonia e para o amor. Digo, uma vez mais, que esta fita é uma das minhas preferidas da filmografia de Hill e que é pena não ser conhecida da maioria dos portugueses que gostam de cinema. Para terminar, quero ainda avisar que existe, no mercado espanhol de videogramas, uma cópia (sobre suporte DVD) desta película. Que, no país vizinho é vendida com o título local de «Matadero 5». Tem V.O. e versão castelhana, assim como legendas na língua de Cervantes. Custa menos de 10 euros, mas não oferece outras opções.
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