quinta-feira, 27 de maio de 2010
«FADO DO LADRÃO ENAMORADO»
FADO DO LADRÃO ENAMORADO
Vê se pões a gargantilha
Porque amanhã é domingo
E eu quero que o povo note
A maneira como brilha
No bico do teu decote
E se alguém te perguntar
Dizes que eu a comprei
Ninguém precisa saber
Que foi por ti que a roubei
E se alguém desconfiar
Porque não tenho um tostão
Dizes que é uma vulgar
Jóia de imitação
Nunca fui grande ladrão
Nunca dei golpe perfeito
Acho que foi a paixão
Que me aguçou o jeito
Por isso põe a gargantilha
Porque amanhã é domingo
E eu quero que o povo note
A maneira como brilha
No bico do teu decote
(Esta é a letra de um bonito fado do repertório de José Manuel Barreto*. O poema é de Carlos Tê e a música de Rui Veloso. Consta do CD acima representado)
*Senhor de uma muito bonita voz, José Manuel Barreto é filho do Barreiro. Conheci-o das ruas da então vila, quando eu era miúdo. E ele também. De vista, porque ele já era vedeta desde a idade dos 14 ou 15 anos. Recordo-me que, após uma visita de Joselito, «o Pequeno Rouxinol», ao Barreiro, alguém se ter lembrado de apodar o hoje fadista com a pouco original e dispensável alcunha de «Rouxinol do Barreiro». A minha mulher foi vizinha dele no Bairro Novo da CUF. Ausente muitos anos do país, fiquei deveras surpreendido com o facto de ele ter enveredado (quando e em que circunstâncias ?) pelo fado e, ainda mais, de o ouvir cantar bem esse género muito particular de canção. Que nada tem a ver com o que o Zé Manel Barreto cantou no início da sua carreira. Ainda bem. Para quem o quiser ouvir cantar o fado e não tem a possibilidade de o escutar ao vivo, aconselho vivamente a aquisição (se não estiver esgotado) do CD que acima referi
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