Muito apreciados pelos gastrónomos portugueses (mas não só), os sáveis ainda não estão ameaçados de extinção no nosso país, mas são aqui considerados vulneráveis, aliás como no resto da Europa onde ainda subsistem. A população de sáveis tem diminuído, de maneira visível em Portugal, sobretudo no curso de alguns rios do sul, como o Tejo, o Sado e o Guadiana. O sável é uma espécie migratória da família dos clupeídas, que vive no mar (onde se alimenta exclusivamente de zooplancton) e vem morrer nos rios da Europa, onde desova. É durante essa viagem fluvial a contracorrente (efectuada por volta do mês de Março), que o sável é capturado por pescadores desportivos e/ou por populações que vêem na captura desse peixe um importante recurso económico, um tradicional e indispensável ganha-pão. Essa pesca faz-se, essencialmente, junto de açudes e barragens, que constituem obstáculos, muitas vezes intransponíveis para os sáveis. Alguns destes 'bichos' podem, excepcionalmente, medir 70 cm de comprimento e atingir o peso de 4,5 kg. Em Portugal, para além da população migradora, existem populações lacustres, nomeadamente nas albufeiras de certas barragens onde indivíduos dessa espécia ficaram retidos durante a construção dessas gigantescas represas
O naturalista sueco Karl Lineu deu ao sável o nome científico de 'Alosa alosa'
O sável é considerado uma bela presa pelos nossos pescadores desportivos
Na minha terra -situada à beira Tejo, ali onde o Alto Alentejo, o Ribatejo e a Beira Baixa se tocam- o sável é servido assim : em postas finas, bem fritas e com um acompanhamento de açorda de ovas
Sáveis fresquinhos apresentados à clientela de um restaurante de Bordéus
Os Franceses têm muitas maneiras de preparar o sável; que, geralmente, é servido sob forma de lombos nas receitas mais apuradas
Embalagem de 'rillettes' de sável com cominhos, preparada e embalada numa região do vale do rio Loire, França; onde esse peixe (por lá chamado 'alose') é capturado
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