O infante D. Afonso, de seu nome completo Afonso Henrique Maria Luís Pedro de Alcântara Carlos Humberto Amadeu Fernando António Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis João Augusto Júlio Valfando Inácio de Saxe-Coburgo-Gota e Bragança (chiça !), nasceu no Palácio da Ajuda, em Lisboa, no ano de 1865. Era filho do rei D. Luís I e da rainha D. Maria Pia de Sabóia; e, por via disso, irmão do rei D. Carlos. Feito duque do Porto por obra e graça de seu pai, deteve vários cargos oficiais, tais como os de condestável de Portugal, general de divisão, inspector-geral da arma de artilharia, vice-rei da Índia, herdeiro presuntivo da coroa portuguesa, etc, etc. O título mais original atribuído a este tal D. Afonso terá sido o de comandante honorário dos... Bombeiros Voluntários da Ajuda. Isto em regime republicano chama-se nepotismo, mas -nos tempos da senhora monarquia bragantina- eram direitos adquiridos (pela nobreza) de inspiração divina
O infante D. Afonso (que -depois do triunfo da revolução de 5 de Outubro de 1910- se exilou em Nápoles, cidade onde faleceu em 1920) era, igualmente, conhecido por ser um grande adepto de desportos, sobretudo de vela e de automobilismo. Tendo sido um dos primeiros cidadãos do nosso país a possuir um automóvel, o duque do Porto era notoriamente conhecido por circular, nas pacatas ruas da Lisboa do tempo, com o prego a fundo. E quando os homens, as mulheres e os cachopos da capital lhe estorvavam o andamento, Vossa Senhoria levantava o rabo do assento da viatura e berrava : arreda, arreda ! -Facto que lhe valeu, nesses tempos de transição do século XIX para o século XX, a óbvia alcunha de 'o Arreda'...
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