Se eu pudesse escolher a minha refeição do meio-dia, hoje faria a opção seguinte :
1) uma entrada de vieiras preparadas à moda normanda; quer dizer cozinhadas com natas;
2) um lombo de salmão fresco, cozido no vapor e acompanhado com legumes preparados da mesma maneira;
3) um 'baba au rhum'.
Tudo isto seria acompanhado (à excepção da sobremesa, que seria saboreada com um chá) por um vinho tinto fresco, já que o branco não convém lá muito aos meus rins, grandes produtores de cálculos. Talvez, neste caso, eu escolhesse um Brouilly, pinga da região do Beaujolais, que suporta bem o fresco e que não é ridículo beber (em público) com marisco ou com peixe.
Este menu nada tem de extraordinário, nem é constituído por produtos que sejam, no nosso país, excessivamente caros. À excepção, todavia, das vieiras -raras em Portugal- que podem causar algum dano nas nossas modestas bolsas. O problema que se põe é, na realidade, o de encontrar tudo isto numa aldeia do interior como a minha. Daí as ganas que, por vezes, me assaltam e me levam a desejar ir viver, 6 meses por ano, numa grande cidade...
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