sábado, 19 de junho de 2010

OS FILMES DA MINHA VIDA (24)


«DIABRURAS DE JANE»

FICHA TÉCNICA
Título original : «Calamity Jane»
Origem : E. U. A.
Género : comédia musical
Realização : David Butler
Ano de estreia : 1953
Guião : James O’Hanlon
Fotografia (c) : Wilfrid Cline
Direcção musical : Ray Heindorf
Montagem : Irene Murra
Produção : William Jacobs
Distribuição : Warner Bros.
Duração : 101 minutos

FICHA ARTÍSTICA
Doris Day ………………………………………….………. Calamity Jane
Howard Keel …………………………………..………… Wild Bill Hickok
Allyn Ann McLerie ………………………………...... Katie Brown
Philip Carey ……………………………………..……..… tenente Gilmartin
Dick Wesson …………………………………..…………. Francis Fryer
Paul Harvey …………….………………………...……… Henry Miller
Chubby Johnson …………………………………….... Ratlesnake
Gale Robbins ………………………………………….….. Adelaide Adams
Billy Bletcher ……………………………………….…… um garimpeiro
Stanley Blystone ………………………………………. proprietário de ‘saloon’

SINOPSE
Maria-rapaz, hábil no manuseamento das armas de fogo, Calamity Jane vive numa modesta localidade do Oeste, isolada no coração do território índio. Amiga de Henry Miller, proprietário de um ‘saloon’ à beira da falência, Jane decide ir buscar à longínqua cidade de Chicago a popular cançonetista Adelaide Adams, para tentar salvar o periclitante negócio do seu conterrâneo.
Mas, na sequência de uma mentira que lhe é pregada, Jane volta à sua cidadezinha na companhia de Katie Brown, uma criada da vedeta, que sonha igualar a fama da rainha dos tablados. A estreia da falsa cançonetista começa com uma enorme pateada do público, que acaba por descobrir que fora alvo de uma infame vigarice. Mas, graças aos encorajamentos de Jane, Katie retoma o fio do espectáculo e termina a sua actuação sob uma chuva de aplausos.
Recolhida por Jane na sua modesta cabana de pioneiros, Katie trava conhecimento com o garboso tenente Gilmartin, por quem se enamora. O que aborrece profundamente Calamity Jane, que salvara a vida do jovem oficial do exército durante uma escaramuça com os pele-vermelhas e pensa poder dispor da exclusividade do seu afecto.
Decidida a enfrentar o desafio da feminidade, Jane abandona os seus trajes masculinos e logra ganhar o amor do famoso Wild Bill Hickok, uma celebridade local conhecida pela sua perícia de pistoleiro ao serviço da lei e da ordem. E é assim que as duas mulheres se reconciliam e são, no mesmo dia, as protagonistas de dois casamentos…

O MEU COMENTÁRIO
Este filme, que narra em tom paródico episódios (alguns verídicos, outros lendários) da vida de Martha Jane Cannary, inscreve-se na linha das grandes comédias musicais produzidas em Hollywood na década dos 50. E conta no seu elenco artístico alguns dos nomes mais representativos desse género tão apreciado pelo público do tempo, tais como Doris Day (que aqui encarna a figura da famosíssima e calamitosa heroína do Oeste selvagem) e como Howard Keel, um apreciado actor-cantor que havia iniciado a sua carreira artística nos palcos da Broadway.
Doris Day, que sempre afirmou ser «Diabruras de Jane» a película preferida da sua filmografia, interpreta oito canções nesta fita, entre as quais se conta «Secret Love», melodia que a Academia de Cinema galardoou com um merecido Óscar.
Refiro, ainda a propósito da quase lendária Calamity Jane, que essa personagem (nascida em 1852) mereceu, várias vezes, o interesse das produtoras hollywoodianas; que conferiram o papel dessa, afinal, triste e infeliz creatura –falecida em 1903, minada pelo alcoolismo e pela tuberculose- a actrizes tão prestigiosas como o foram ou são Jean Arthur, Frances Farmer, Jane Russell, Yvonne de Carlo, Ellen Barkin e Angélica Huston, entre outras mais. Além, obviamente, de Doris Day, vedeta principal deste divertido «Diabruras de Jane».

(M.M.S.)


Imagem da cópia DVD de «Diabruras de Jane»


Não há homem que intimide Calamity Jane


Katie Brown (Allyn Ann McLerie) acaba por conquistar o público do Oeste


Wild Bill (Howard Keel) e Calamity Jane (Doris Day) cantam a sua felicidade


Cartaz francês


Cartaz argentino (repare-se nas similitudes que apresenta com o precedente)

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