A propósito do conflito ucraniano e numa atitude claramente hostil para com a Rússia, a NATO (esse anacronismo dos tempos da Guerra Fria) e os países que a compõem, tomaram o partido de atirar achas para a fogueira; aplicando sanções de carácter económico contra o mais vasto país do planeta. Que, naturalmente e como era de prever, responde aos 'castigos' decretando um bloqueio à entrada nas suas fronteiras dos nossos produtos industriais e agrícolas. À Rússia é fácil colmatar essa brecha nos seus negócios de 'import-export', trocando os parceiros norte-americanos e europeus por outros, que -na Ásia e na América Latina- estarão ansiosos por substituí-los e por encontrar novas oportunidades num mercado com centenas de milhões de potenciais compradores. Com esta atitude, os 'va-t'en-guerre' do senhor Obama e de 'frau' Angela Merkel, apenas estão a sancionar países pequenos como o nosso, que, na impossibilidade de exportar para a Rússia, perdem anualmente muitos milhões de euros e, porventura, terão grandes dificuldades, no futuro, em reimplantar-se nesse espaço geográfico. E não me venham para cá com choradinhos e com frases feitas sobre a liberdade dos povos de dispor deles próprios e dos coitadinhos dos ucranianos. Sob a égide provocatória dos governantes ocidentais, a Ucrânia (lugar onde -com o evento do reino de Kiev- nasceu a Rússia moderna) está-se a vender por um punhado de euros, provocando desequilíbrios geoestratégicos numa região charneira, onde ninguém de bom senso quer que rebente uma guerra a sério. De modo que o melhor, é mesmo os senhores políticos e diplomatas ocidentais mái-los 'súbditos' de Putin sentarem-se à volta de uma mesa de negociações e tratarem de se comportar como pessoas inteligentes e assisadas. Porque as gentes deste continente estão fartas de conflitos que -na melhor das hipóteses- envenenam as relações entre os povos. E já agora, quero deixar um recado aos ucranianos : se esperam que a senhora Merkel resolva os vossos problemas de identidade e económicos estão muito enganados. Se integrarem a C.E., o que vos acontecerá é perderem soberania e verem agravadas as vossas condições de existência. Se não acreditarem no que eu digo, venham dar uma volta ao meu país (que os vendilhões do templo já há muito entregaram numa bandeja a quem manda na Europa comunitária) e observem. Ou, então, ponham os olhos na Grécia e em Espanha...
Mas que falta de vergonha ! Este (des)governo que temos continua a regozijar-se com a 'descida' dos números do desemprego, fazendo abstração de um facto que todos conhecem e que justifica esse menor número de pessoas inscrita nas listas dos inactivos : a emigração. Fenómeno que, como tem noticiado a imprensa, já atingiu cifras impressionantes, muito próximas das do êxodo dos anos 60. A esta habilidade saloia chama-se pura e simplesmente manipulação. Manipulação cínica e impúdica, que muito diz sobre a qualidade destes aventureiros, que se apoderaram do poder graças às mentiras e às artimanhas que todos os Portugueses conhecem.
Confesso que, enquanto cidadão do mundo, estou muito preocupado com a dimensão que atingiu, em tão pouco tempo, o conflito no Próximo Oriente. Sobretudo na Síria e no Iraque, onde um punhado de jihadistas -os tais fanáticos de uma fé medieval, retrógrada- conquistam territórios e exterminam (por enquanto impunemente) populações inteiras. As últimas vítimas não-anónimas destes assassinos sanguinários foram um jornalista norte americano (cruamente degolado) e cerca de 250 soldados do exército sírio, aprisionados durante o assalto a uma base aérea por uma horda de bárbaros desumanizados. É de perguntar : que pensam fazer os Estados Unidos (que sempre se armaram em polícias do mundo e que deram o pontapé fatal no vespeiro árabe) perante este descalabro ? -E que pensam fazer as nações europeias, que por lá têm centenas de jovens combatentes, atirados para essa triste e letal aventura por desesperança. Por se sentirem descriminados e injustiçados nos seus próprios países ? Ficamos a aguardar uma resposta...
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