quinta-feira, 23 de junho de 2016

CINE-NOSTALGIA (47)

«O PROCESSO DE VERONA» («Il Processo di Verona»/«Le Procès de Vérone») é uma co-produção franco-italiana, que estreou em 1963. Teve realização de Carlo Lizzani e contou com a presença dos actores Silvana Mangano, Frank Wolff, Françoise Prévost, Salvo Randone, Giorgio De Lullo e Henri Serre. A sua distribuição internacional esteve a cargo da companhia Columbia Films. Esta película tem fotografia a preto e branco e uma duração de 120 minutos. A história contada decorre em meados de 1943, pouco tempo depois dos Aliados terem desembarcado na Sicília. Alarmada com desenrolar dos acontecimentos e pretendendo assinar uma paz separada com os invasores, uma parte da elite fascista convoca uma sessão extraordinária do partido e vota a queda do regime. Entre os votantes que se viraram contra a Itália fascista e o seu mentor, Mussolini, encontra-se o conde Galeazzo Ciano, ministro dos Negócios Estrangeiros e genro do próprio 'Duce'. Após a prisão desde e da sua audaciosa libertação pelos alemães, é instituída a nova República de Salo, que, embora brevemente, Benito Mussolini vai dirigir com forte e vingativa mão de ferro. O conde Ciano, marido de Edda Mussolini, é capturado e julgado sumariamente, em Verona, por traição e condenado à pena capital. A sua mulher recorre a todos meios -inclusivamente à chantagem- para salvar a vida do marido. Em vão, já que -a 11 de Janeiro de 1944- Ciano sucumbe sob as balas de um pelotão de fuzilamento. Refugiada na Suíça, Edda é entregue aos Aliados no final da guerra... Crónica do fim do fascismo e de um homem, Galeazzo Ciano, que se deixou enlear nas teias da 'amizade' italo-germânica'. E que foi testemunha privilegiada de um dos maiores dramas da História da Europa. Formidável filme com excelentes actores. De entre os quais destaco muito especialmente Silvana Mangano; que aqui encarnou -com muita convicção- o papel central desta película : o de Edda Mussolini. Vi este filme (pela primeira e última vez) há muitos anos, aquando da sua programação num canal francês de televisão. Infelizmente nunca me foi possível adquirir (como tanto desejo) um videograma com cópia desta meritória fita de Carlo Lizzani... Por falta de imaginação dos editores, que a ostracizaram. O que é lamentável.

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