sábado, 14 de abril de 2012
ALCÁNTARA : PONTE ROMANA, MAS NÃO SÓ...
Alcántara é uma modesta localidade espanhola da província de Cáceres (Extremadura), nas margens do rio Tejo. É conhecida por (várias) razões históricas e pela monumentalidade da sua ponte romana de seis arcos simétricos, que, em tempos recuados, facilitava a circulação entre Conímbriga e as regiões orientais da península Ibérica. A ponte (torreada) foi construída em honra do imperador Trajano pelo arquitecto C. Iulius Lacer, cujo nome é lembrado numa inscrição gravada na pedra. A ponte é um dos elementos do brasão de armas desta cidadezinha com cerca de 1 700 habitantes; os outros são as faixas (azul e prata) que simbolizam o Tejo e uma cruz de Calatrava, aposta no escudo em memória do rei Afonso IX de Leão, que para ali transferiu a sede dessa ordem militar, depois de ter conquistado El-Kantara aos mouros, no ano de 1214. Assinala-se, também neste lugar, a batalha dita de Alcântara, disputada -em 1580- entre as tropas do todo poderoso Filipe II de Espanha e as hostes (derrotadas) de D. António, prior do Crato, que quis cingir a coroa portuguesa aquando da crise dinástica provocada pela morte do cardeal-rei D. Henrique
Admire-se aqui, em todo o seu esplendor, a famosa ponte romana de Alcántara sobre o rio Tejo. Da qual se diz que é a maior e a mais bem conservada de todas as Espanhas. Mas há, na cidade, outros monumentos dignos de menção e de visita, tais como restos da cerca medieval (visíveis na foto), a igreja de Santa María de Almocóvar, o convento de San Benito, etc. A visita a esta região fronteiriça espanhola é muito fácil, sobretudo para quem está nos distritos raianos de Castelo Branco e de Portalegre. Fazendo-se o acesso pelos antigos postos fronteiriços de Segura e de Marvão. O passeio vale, realmente, a pena; e, para quem tiver tempo, ainda se recomenda uma breve visita a San Pedro de Alcántara (na província de Badajoz), terra do frade arrábido do mesmo nome. Não hesite em almoçar num restaurante local. A comida é, geralmente, de boa qualidade e com algumas afinidades com a gastronomia beirã (la chanfaina) e/ou alentejana (caldereta de cordero, migas)
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