domingo, 8 de maio de 2011

O CINEMA WESTERN NA FILMOGRAFIA DE JEFF CHANDLER


Jeff Chandler não é, reconhecidamente, um actor de westerns (*). Ainda assim, a sua filmografia –que compreende cerca de meia centena de películas- comporta doze filmes desse género, sendo alguns deles de grande qualidade. Outros, nem tanto… Para memória dos cinéfilos do meu tempo e de todos aqueles que apreciam as fitas ambientadas no Oeste americano do século XIX, aqui fica a lista exaustiva dessas obras :


01- «A FLECHA QUEBRADA» («Broken Arrow»), de Delmer Daves, 1950. Evoca episódios da vida de Cochise, o grande caudilho Apache. Foi um dos primeiros filmes anti-racistas da cinema do género e também o primeiro grande sucesso da carreira do actor.


02- «ENTRE DOIS JURAMENTOS» («Two Flags West»), de Robert Wise, 1950. Rivalidades amorosas no seio do exército americano, do pós-guerra civil. Tem o conflito contra os pele-vermelhas como pano de fundo.


03- «COCHISE» («Battle of Apache Pass»), de George Sherman, 1952. Nova encarnação de Cochise, num filme por vezes (e impropriamente) apresentado como sendo a continuação de «A Flecha Quebrada».


04- «FÚRIA SELVAGEM» («The Great Sioux Uprising»), de Lloyd Bacon, 1952. No forte Laramie, um médico militar opõe-se às manigâncias de um grupo de traficantes, apostados em fomentar uma guerra entre os brancos e índios.


05- «A ÚLTIMA AVANÇADA» («War Arrow»), de George Sherman, 1953. Um oficial de cavalaria do exército ianque mobiliza os índios Seminolas de uma reserva para afrontar as insubmissas tribos Kiowas do Novo México.


06- «HERANÇA DE HONRA» («Taza, Son of Cochise»), de Douglas Sirk, 1953. Brevíssima intervenção de Chandler, para interpretar -pela última vez- o papel de Cochise. Numa fita que opõe os dois filhos varões do grande chefe Apache numa luta encarniçada pelo poder.


07- «ROCHEDOS HUMANOS» («The Spoilers»), de Jesse Hibbs, 1955. Em finais do século XIX, durante a corrida ao ouro no Alasca, milhares de aventureiros lutam para conquistar a fortuna e o poder. Adaptação de um romance levado à pantalha várias vezes.


08- «PILARES DO CÉU» («Pillars of the Sky»), de George Marshall, 1956. Gerras contra os pele-vermelhas e rivalidades amorosas entre militares, no quadro grandioso do Oregon. Chandler representa o papel de um sargento do exército dividido entre o dever profissional e a paixão suscitada pela mulher de um seu superior hierárquico.


09- «DRANGO» («Drango»), de Hall Bartlett, 1957. Depois do armistício de Appomatox, um oficial do exército unionista é nomeado governador de uma cidade do sul e vê-se obrigado a enfrentar a hostilidade (e até as acções terroristas) dos vencidos da guerra civil.


10- «TORMENTA AO SOL» («Thunder in the Sun»), de Russell Rouse, 1959. Pelos lindos olhos de uma pioneira, um guia beberrão e quezilento aceita conduzir uma caravana de emigrantes bascos até à Califórnia, através do território dos índios hostis.


11- «SENDA DE GIGANTES» («The Jayhawkers»), de Melvin Frank, 1959. Chandler interpreta, nesta fita, o papel do tenebroso Luke Darcy, um aventureiro -admirador de Napoleão Bonaparte- que ambiciona conquistar pelo terror parte do Texas e tornar-se senhor absoluto desse vasto território.


12- «A CIDADE CONTRA MIM» («The Plunderers»), de Joseph Pevney, 1960. Depois de muita hesitação, um mutilado da guerra civil vai afrontar, praticamente sozinho, um grupo de jovens fora-da-lei, que ocupam e saqueiam uma cidadezinha do Oeste.

(*) Deixo de fora, voluntariamente, a película «O Salário do Diabo» («Man in the Shadow»), de Jack Arnold, 1957, pelo facto da acção da dita –também ambientada no Oeste- decorrer em meados do século XX.


Jeff Chandler encarnou, por três vezes e em três fitas distintas, a figura de Cochise, um dos mais carismáticos líderes da nação Apache


Os westerns com Jeff Chandler estão praticamente todos editados em suporte DVD. Mas são raros aqueles que são dobrados ou legendados em língua portuguesa. Eu tenho a sorte de possuir todos eles, com versões em línguas que compreendo; mesmo aqueles que ainda não mereceram a atenção dos editores videográficos. Isto graças a uma rede internacional de fãs, que conseguiu gravar cópias nas televisões de vários países

1 comentário:

Gloria Policano disse...

Adoro Jeff Chandler!
No próximo dia 17 de junho, completar-se-á 50 anos da sua morte, mas ele continua vivo no coração de cada fã!