quinta-feira, 9 de setembro de 2010

TURISMO DE OUTROS TEMPOS


Hoje é banal, para o comum dos mortais, ir para Cabo Verde, para a Grécia ou para a República Dominicana em busca de sol e de descanço. Mas, em inícios do século XX, só os ricos (que nada faziam) tinham meios materiais para ir tão longe à procura de repouso. As viagens dos milionários faziam-se, exclusivamente, por via marítima, a bordo de paquetes luxuosos...


Os menos abastados, mas ainda assim com algumas disponibilidades monetárias, partiam para a Praia das Maçãs ou para Espinho em autocarros como estes; que eram lentos, ruidosos e avariavam com frequência. Estes toscos veículos não ofereciam um mínimo de conforto, Até porque as estradas desse tempo eram rudimentares...


Em certos países, como os Estados Unidos, promoveu-se, também no icício do espantoso século XX, o turismo ferroviário. Que permitiu a muitos milhares de americanos descobrir o seu imenso país, sobretudo as vastas e quase virgens regiões do Oeste...


O turismo fluvial ou lagunar também teve os seus adeptos. Sobretudo em países com planos ou cursos de água de boa dimensão e com meios de transporte adequados. Como a França, a Alemanha, a Suíça, a Itália...


Mas foi só a partir dos anos 50, passada a tormenta da Segunda Grande Guerra, que o transporte aéreo entrou verdadeiramente em competição num negócio (ainda em gestação), mas que se adivinhava ser dos mais chorudos : o das viagens turísticas. Uma dúzia de anos bastaram para que os aviões arruinassem o transporte marítimo e para que os preços se democratizassem, a ponto de toda a gente poder agora voar para as mais longínquas regiões do planeta Terra. Mas cuidado ! A crise vai travar (pelas razões que se conhecem : desemprego, salários baixos, endividamento das famílias...) essa apetência natural que tem o bicho homem para ir espreitat o que se passa lá por fora

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