quarta-feira, 23 de setembro de 2015

UM PETISCO EXÓTICO : O 'SPRAT'

No norte e centro da Europa, os 'sprats' (peixinhos da família dos clupeídas) são particularmente apreciados pelas populações locais. Sobretudo como acompanhamento de umas cervejolas ou de uns copinhos de vodca. Mas não só... Podem degustar-se fritos (tal como os nossos populares 'jaquinzinhos'), ou fumados e de conserva, servidos em 'canapés' cuja apresentação pode ser bastante variada. De qualquer modo, os 'Sprattus sprattus' (como foram designados cientificamente por Lineu, desde 1758) são apreciadíssimos em todos os países ribeirinhos do mar Báltico (onde são muito abundantes), mas também na Escandinávia, nos Países-Baixos, na Grã-Bretanha, na Irlanda, etc. Mas, com essa designação de 'sprats', são também e por vezes, vendidos outras espécies de peixes miúdos aparentadas aos arenques e que recebem preparação idêntica, antes de serem consumidos. Em França (no norte, sobretudo, onde eu vivi), é fácil comprá-los avulso, fumados e em conserva, para serem degustados à hora tradicional do aperitivo. Momento convivial, arreigado nos hábitos da generalidade dos gauleses. Fonte importante de vitaminas (e de ácidos gordos como o Ómega 3), os 'sprats' raramente faltam nas mesas dos europeus do norte; como entradas deliciosas ou na composição de pratos principais. Em certos comércios de Lisboa (e, presumo, de outras grandes cidades do nosso país) é possível encontrar conservas de 'sprats'. Um pouco mais caras do que na origem, é certo, mas que dão para fazermos umas experiências gustativas com esses intrusos vindos do frio.

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