domingo, 28 de abril de 2013

UMA PORTA ABERTA PARA QUEM A QUISER FRANQUEAR


Nós temos, em Portugal, uma vasta gama de excelentes produtos ditos 'du terroir'. Que nada têm a invejar aos produtos similares de origem estrangeira. O problema, até aqui, é que não temos sabido promovê-los, de modo a torná-los atractivos nos mercados externos. Onde esses produtos (charcutarias, vinhos, azeites, conservas, mel, doçaria, etc) têm uma clientela potencial inimaginável. E não só no chamado mercado da saudade. Aqui há dias vi na televisão uma reportagem sobre uma empresa do nordeste, que descobriu essa fileira e que está a ter muito sucesso na Internet, com a venda de produtos transmontanos. Há que copiar esse e outros bons exemplos, porque Portugal tem imensas coisas boas que é imprescindível divulgar, para melhor as vender. A saúde das economias regionais deste país que é o nosso, tem muito a ganhar com essa política comercial. Estou a lembrar-me que, aqui no Alto Alentejo, onde eu nasci e agora vivo, temos alguns produtos que, tenho a firme convicção, teriam um êxito estrondoso no mercado global que a Internet abriu. Assim soubessem os empresários que os confeccionam promovê-los (de maneira inteligente e em várias línguas) na teia global. Estou a ver, entre outros, os enchidos da região de Portalegre, os vinhos da serra de Sam Mamede, os queijos de Nisa, as azeitonas de Elvas, os rebuçados de ovos, as sericaias, as amêndoas (de Páscoa), os doces e licores, etc. Mas, para além de saber promovê-los, é imprescindível também, adquir as técnicas de venda e de expedição destes produtos e meter na cabeça a ideia (e isso é muito importante) de que 'escaldar' a clientela com preços exagerados ou com produtos sem qualidade pode ser o fim do negócio. Estas ideias também se poderão aplicar, naturalmente, a produtos de outro género, tais como o artesanato genuíno e de bom gosto, etc. Ah ! Se eu tivesse menos 20 anos e soubesse o que sei hoje...

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