Certo deputado, que usa o duplo apelido de M. M. -agora indigitado para Conselheiro de Estado ou coisa queo valha- requereu, com 50 anos de idade e 20 de descontos como deputado na Assembleia da República, a pensão «a que tem direito». Segundo a imprensa (cuja notícia nunca foi desmentida), foi atribuída a este 'grande trabalhador' a pensão vitalícia de 2 905 euros mensais, embora o dito cavalheiro aufira outras chorudas remunerações. Não por ter, alguma vez, produzido riquezas materiais, algo de visível e palpável, mas por ser hábil em botar discursos e por aparecer na TV (como tantos outros figurões da vida pública nacional) a filosofar sobre a crise... dos outros. Não se trata de invejar a sorte dos privilegiados, como certas bestas quadradas para aí têm pretendido; mas de lembrar que, no nosso país, um trabalhador activo (que produz riqueza e não, apenas, pomposo palavreado) tem de 'alancar' até aos 65 anos de idade e de ter uma carreira contributiva de pelo menos 40 anos para poder receber uma pensão de reforma equivalente a 80% da remuneração média dessa tal prestação contributiva; pensão que, muitas vezes, não dá para mandar cantar um cego, quanto mais para ter uma vida digna. Na democracia que temos (e que perdura com o novo desgoverno do PSD/CDS) é assim : somos todos iguais, mas uns são mais iguais do que outros
Interessante. O fosso entre ricos e pobres não é assim tão grande como pensávamos
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