Diz-se actualmente nos jornais, que nesta nossa terra -já tão marcada pela corrupção- há um novo escândalo à vista. Que envolve, desta vez, o negócio dos malfadados submarinos comprados pelo ex-ministro Paulo Portas a um consórcio armamentista alemão. Refere a imprensa, que, desta vez, houve milhões indevidamente palmados por industriais, políticos, militares de alta patente, diplomatas, etc. Estou disposto a apostar (com quem quizer e dobrado contra singelo) que, neste caso, como em casos similares de roubalheira dos dinheiros públicos, ninguém irá parar à cadeia. Coisa que, em Portugal, não foi feita para pessoas da categoria da gente envolvida nestas negociatas. E, reflexão feita, vem-me à cabeça um conhecido pensamento de Honoré de Balzac (escritor francês do século XIX), que rezava mais ou menos assim : «A justiça é como uma teia de aranha, que deixa passar as moscas gordas e retém os mosquitos».
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