invitaminerva45: OS FILMES DA MINHA VIDA (14)

«A ÁGUIA E O FALCÃO»

FICHA TÉCNICA
Título original : «The Eagle and the Hawk»
Origem : E. U. A.
Género : Western
Realização : Lewis R. Foster
Ano de estreia : 1950
Guião : Geoffrey Homes e Lewis R. Foster
Fotografia (c) : James Wong Howe
Música : David Chudnow e Rudy Schrager
Montagem : Howard Smith
Produção : William H. Pine e William C. Thomas
Distribuição : Paramount Pictures
Duração : 100 minutos

FICHA ARTÍSTICA
John Payne ------------------------- Todd Croyden
Rhonda Fleming --------------------- Madeleine Danzeeger
Dennis O’Keefe --------------------- Whitney Randolph
Thomas Gomez ---------------------- general Liguras
Fred Clark --------------------------- Basil Danzeeger
Frank Faylen ------------------------- Buck Hyatt
Eduardo Noriega --------------------- Roberto
Grandon Rhodes ---------------------- o governador Lubbock
Walter Reed ……………………………..……….. Jones

SINOPSE
Está-se no ano de 1873, numa região fronteiriça do norte do México. Enquanto no país dos ‘gringos’ se travam sangrentos combates entre as tropas federais e os exércitos da Confederação Sulista, o corpo expedicionário de Napoleão III, imperador dos Franceses, tenta vencer a resistência dos simpatizantes de Benito Juarez e colocar o seu parente Maximiliano de Áustria no trono do México.
Apesar da rivalidade política que os separa, Todd Croyden, um oficial dos ‘Texas Rangers’, e Whitney Randolph, um agente secreto do governo de Washington, aliam-se para tentar que o aventureiro Basil Danzeeger e o general Liguras se apoderem do Texas, aproveitando-se da dramática situação que prevalece nos Estados Unidos da América.
A acção dos dois homens vai ser facilitada pela atitude da bela Madeleine, que sucumbe ao charme do capitão Croyden e que, por amor deste, acaba por revelar ao general Liguras (um patriota sincero da causa juarista, mas enganado pelas falaciosas promessas do seu marido) a manipulação de que ele está a ser vítima. Durante o combate que se segue, o agente nortista Whitney Randolph é mortalmente ferido ao tentar salvar o seu companheiro confederado. E o atraiçoado general Liguras sacrifica a sua própria vida para por cobro às manigâncias do ambicioso Danzeeger.
Todd Croyden e a bonita viúva que é Madeleine abandonam um México revoltado contra os Franceses e tomam, juntos, o caminho do norte. O caminho de um país onde os americanos -provisoriamente divididos- ainda prosseguem os combates fratricidas da guerra civil.

O MEU COMENTÁRIO
Com guião inspirado numa novela de Jess Arnold, «A Águia e o Falcão» é um movimentado e agradável filme de aventuras, ambientado num México agitado pelos combates travados entre adeptos de Maximiliano, um monarca europeu imposto por uma potência estrangeira, e os partidários do futuro presidente Benito Juarez. Argumento que, refira-se de passagem, brilhava pelo seu inedetismo, visto esta película de Lewis R. Foster ter precedido «Vera Cruz» e «Major Dundee» -fitas que abordaram o mesmo tema- de quatro e quinze anos, respectivamente.
A propósito do supracitado Lewis R. Foster, talvez seja útil lembrar que ele foi o brilhante autor de «The Gentleman of Montana», livro que inspirou o guião do famoso filme «Peço a Palavra» (de Frank Capra), e que a sua cinematografia (enquanto director de realização) está recheada de obras interessantes, nomeadamente de algumas das mais divertidas fitas com Bucha e Estica, os saudosos Oliver Hardy e Stan Laurel.
Referentemente a westerns, assinale-se também que foi ele quem realizou «Barreirasa Sangrentas» (1949), «Os Passos do Diabo» (1951) e «Tonka, o Herói da Batalha» (1958), entre outros.
Quanto aos detentores dos principais papéis de «A Águia e o Falcão» -John Payne e Rhonda Fleming- diga-se que o primeiro nunca chegou a atingir o vedetariado, embora tenha sido o herói de inúmeras fitas de série B, que obtiveram os aplausos entusiasmados das plateias populares dos Estados Unidos e não apenas desse país. Melhor sorte teve Rhonda –soberba mulher lançada no cinema, em meados da década dos 40, por influência de Selznick, que chegou a adquirir o estatuto de ídolo das multidões, graças, sobretudo, à sensualidade que ela emprestava às suas personagens.
Uma palavra ainda para citar Dennis O’Keefe (que no filme que agora aqui nos interessa interpreta o papel do abnegado Whitney Randolph), um actor que começou a sua carreira com o oscarizado «Cimarron» (Wesley Ruggles, 1931) e que conta com mais meia dúzia de fitas do género western na sua filmografia. Isto, num total de cerca de uma centena de películas, que ele rodou (entre 1932 e 1938) utilizando o seu verdadeiro nome de (Bud) Flanagan.

(M.M.S.)