segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

PAÍS POBRE OU PAÍS A SAQUE ?


É do conhecimento geral que o nosso país está há muitos anos a saque. Meia dúzia de comilões do mundo da política, da alta finança e dos negócios puseram Portugal na situação penível em que actualmente se encontra : praticamente sem crédito e, segundo diz a imprensa, à beira da insolvência financeira. Em entrevista concedida (a semana passada) à revista «Focus», o Dr. Marinho Pinto -bastonário da Ordem dos Advogados- aponta o dedo, com a frontalidade que lhe é peculiar, a alguns dos responsáveis por este descalabro. Gente que, «com uma mão atrás e outra à frente», chegou há 20 ou 30 anos a altos cargos do Estado e que agora está «podre de rica». Quem devia olhar para isto e por côbro ao escândalo finge não ver e assobia para o lado. Adivinha-se porquê. E os portugueses honestos e que trabalham (ou querem trabalhar) assistem amorfos ao monumental regabofe. Contentando-se com a mesada, que lhes assegura a sobrevivência. Menos de 380 Euros para 20% deles. Situação indigna numa nação da Europa do século XXI. Que, depois de 35 anos de regime dito democrático, se tornou o país (dos 25 da C.E.) onde os níveis de desigualdade são maiores e mais chocantes. Está tudo dito ! –Não, ainda falta juntar isto : se eu fosse político profissional, desses da área do poder, pintava a minha cara de negro e tinha vergonha de aparecer em público a botar discurso.

Não fora a corrupção, Portugal teria (segundo um antigo Comissário Europeu) índices de desenvolvimento equivalentes aos da Finlândia e o nosso povo teria um nível de vida similar ao dos habitantes desse país nórdico. Simplesmente escandaloso !

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