sábado, 28 de junho de 2014

OS 'MAIALE' DO PRÍNCIPE BORGHESE

Esta ilustração mostra dois 'maiale' aproximando-se (discretamente) do casco de um vaso de guerra inimigo; navio que os tripulantes dos mini-submarinos se preparam para destruir ou para avariar seriamente. O 'maiale' foi uma arma subaquática inventada na Itália fascista, desenvolvida pela 'Regia Marina' e utilizada durante a 2ª Guerra Mundial pelos transalpinos. Consistia, 'grosso modo', num pequeno engenho submarino, capaz de transportar dois homens-rãs. A parte dianteira do 'maiale' continha uma forte carga explosiva e separava-se do resto do engenho para ser fixada no bojo dos navios adversos. Depois de executada essa delicada manobra, os tripulantes afastavam-se para evitarem os efeitos devastadores da explosão. A carga era detonada por um simples sistema de relojoaria. O chefe desses militares de elite da armada italiana foi o príncipe Valerio Borghèse; um capitão-de-corveta, que obteve sucessos com os 'maiale' (termo que significa porco, na língua portuguesa) em Gibraltar, onde esses engenhos afundaram -no dia 21 de Setembro de 1941- dois cargueiros do inimigo e no porto de Alexandria, no Egipto, onde -a 18 de Dezembro do mesmo ano- danificaram os couraçados britânicos «Valiant» e «Queen Elizabeth». A partir de então, a eficácia dos 'maiale' diminuiu bastante, devido às medidas de prevenção tomadas pelos adversários da Itália mussoliniana. Vários filmes ilustraram as proezas dos 'maiale'. O mais famoso de todos eles, que eu nunca consegui ver, infelizmente, foi realizado em 1953 por Duílio Coletti e intitulou-se «Os Sete da Ursa Maior» («I Sette dell'Orsa Maggiore»).

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