quarta-feira, 15 de outubro de 2014

GRANDES FIGURAS DA EXPANSÃO LUSA (2)

Desta feita quero evocar a figura de Diogo de Teive, um navegador da época henriquina. Que, em meados do século XV, residia na ilha açoriana de Jesus Cristo -hoje chamada ilha Terceira- onde ele era ouvidor do Infante de Sagres. Em 1451/1452, realizou duas viagens para o Ocidente, durante as quais descobriu as ilhas Foreiras. Que são as mais distantes do arquipélago e às quais se dão hoje os nomes de Corvo e de Flores. Dizem certas fontes, que Diogo de Teive não se terá ficado por ali e que -seguindo ordens do Infante- terá explorado uma porção da costa do Canadá actual, na expectativa de encontrar uma passagem para a Ásia. Homem do Atlântico, Diogo de Teive estabeleceu -em data do 5 de Dezembro de 1452- um contrato comercial com D. Henrique, que lhe permitiu levar para a ilha da Madeira um dos primeiros engenhos hidráulicos de açúcar que ali funcionou. Instalados na Ribeira Brava desde 1572, este pioneiro e o seu filho João de Teive, desenvolveram economicamente esse lugar da futuramente chamada 'Pérola do Atlântico', até que os direitos sobre as suas terras nessa ilha foram comprados (em 1474) por D. Fernão Teles de Meneses. Resta a memória de ele ser um dos homens de confiança do Infante D. Henrique -o grande promotor das viagens de descoberta- e de ter sido uma das figuras gradas dos primórdios da expansão lusa no mar oceano. Embora, como a maioria dos navegadores desse tempo, o seu nome nada diga, hoje, à maioria dos Portugueses.

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