O excesso de chuva, que tivemos ao longo deste ano (mesmo na estação estival) acabou por ser prejudicial à nossa agricultura. Pelo menos a diversos sectores. O azeite produzido em 2014, sofrerá , por exemplo, quebras que podem ir até aos 70 %. Isto no dizer de certos olivicultores de Trás-os-Montes, cujos olivais foram fustigados pela queda de granizo e por fortes e persistentes chuvadas. Também aqui na minha região do Alentejo setentrional as perdas são elevadíssimas. Pelas mesmas razões. E aqui constato eu próprio (que sou, por essência, um citadino) a dimensão dos prejuízos... No domínio da fruticultura a situação é semelhante. As chuvas extemporâneas e as rijas ventanias atiraram abaixo muitos citrinos (já na fase final da sua maturação, que deveria chegar a termo lá para finais de Dezembro) e estragaram, aqui, praticamente toda a produção de romãs. É assim ! A Natureza tem caprichos destes. Sobretudo, quando o bicho homem a desrespeita e a agride, esquecendo-se que ela -a mãe-natura- é a fonte da vida.
Vim morrer a Gondarém
Pátria de contrabandistas.
A farda dos bandoleiros
Não consinto que ma vistas.
Numa banda a Espanha morta
Noutra Portugal sombrio
Entre ambos galopa um rio
Que não pára à minha porta.
E grito, grito: Acudi-me.
Ganhei dor. Busquei prazer.
E sinto que vou morrer
Na própria pátria do crime.
Vou morrer a Gondarém
Pátria de contrabandistas
A farda dos bandoleiros
Não consinto que ma vistas.
Por mor de aprender o vira
Fui traído. Mas por fim,
Sei hoje, que era a mentira
Que então chamava por mim.
Nada haverá que me acoite
Meu amor, meu inimigo,
E aceito das mãos da noite
A memória por castigo.
Vim morrer a Gondarém
Pátria de contrabandistas
A farda dos bandoleiros
Não consinto que ma vistas.
Poema : Pedro Homem de Mello
Música : Alain Oulman
Voz : Amália Rodrigues
Porque razão gosto eu tanto desta melodia ? -Confesso que não sei... Pela violência e exotismo do texto da autoria de um dos grandes poetas portugueses do século XX ? -Pelo tom lancinante, a roçar o trágico, da música de Oulman ? -Pela voz mágica e insubstituível de Amália ? -Talvez pelo todo, envolvido pelo virtuosismo da guitarra de Fontes Rocha e da viola de Martinho d'Assunção.
Ouvir aqui :
https://www.youtube.com/watch?v=eIkSU_O9090
Pátria de contrabandistas.
A farda dos bandoleiros
Não consinto que ma vistas.
Numa banda a Espanha morta
Noutra Portugal sombrio
Entre ambos galopa um rio
Que não pára à minha porta.
E grito, grito: Acudi-me.
Ganhei dor. Busquei prazer.
E sinto que vou morrer
Na própria pátria do crime.
Vou morrer a Gondarém
Pátria de contrabandistas
A farda dos bandoleiros
Não consinto que ma vistas.
Por mor de aprender o vira
Fui traído. Mas por fim,
Sei hoje, que era a mentira
Que então chamava por mim.
Nada haverá que me acoite
Meu amor, meu inimigo,
E aceito das mãos da noite
A memória por castigo.
Vim morrer a Gondarém
Pátria de contrabandistas
A farda dos bandoleiros
Não consinto que ma vistas.
Poema : Pedro Homem de Mello
Música : Alain Oulman
Voz : Amália Rodrigues
Porque razão gosto eu tanto desta melodia ? -Confesso que não sei... Pela violência e exotismo do texto da autoria de um dos grandes poetas portugueses do século XX ? -Pelo tom lancinante, a roçar o trágico, da música de Oulman ? -Pela voz mágica e insubstituível de Amália ? -Talvez pelo todo, envolvido pelo virtuosismo da guitarra de Fontes Rocha e da viola de Martinho d'Assunção.
Ouvir aqui :
https://www.youtube.com/watch?v=eIkSU_O9090













































